quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mamute lanoso e rinoceronte lanoso viveram na Península Ibérica há 150 mil anos

Investigadores espanhóis encontraram os restos fósseis de fauna do clima glacial em 72 lugares da Península Ibérica, a maioria dos quais situados a norte. São os mais antigos restos de mamíferos adaptados a climas frios, encontrados na península, e pertencem a grandes mamíferos pré-históricos que, embora em pequenos números, viviam isolados na Espanha, há 150 mil anos atrás.
Foram encontrados restos do mamute lanoso (Mammuthus primigenius), rinoceronte lanoso (Coelodonta antiquitatis), rena (Rangifer tarandus) e, em memor número, o carcaju (Gulo gulo) e raposa-do-árctico (Alopex lagopus).

Mamute lanoso (reprodução artística), Mammuthus primigenius
Fonte: wikipédia

Estes animais de clima frio entraram na península quando as condições ambientais, na Europa central e do norte, se tornaram muito extremas e eles foram obrigados a migrar para sul, onde o clima era um pouco menos rigoroso.
Os fósseis mais recentes destas últimas espécies de frio datam de 10 mil anos atrás, o que coincide com o fim das glaciações. Nesta altura verificou-se o aumento das temperaturas e o clima tornou-se mais quente em todo o hemisfério norte, reduzindo o habitat destes animais e deslocando-o para latitudes cada vez mais a norte.

Rinoceronte lanoso (reprodução artística), Coelodonta antiquitatis
Fonte: wikipédia

O aumento das temperaturas afectou a fauna de climas muito frios. A rena, a raposa-do-árctico e o carcaju conseguiram adaptar-se ao novo habitat, nas regiões árcticas da Terra, onde sobrevivem actualmente. No entanto, o mamute lanoso e o rinoceronte lanoso não sobreviveram, acabando por extinguir-se.
De acordo com o artigo publicado no Science Daily, estas espécies conviveram com diferentes culturas humanas. Há evidências no território espanhol que os Neanderthals coexistiram com os mamutes e as renas. A caça de mamutes pode ter contribuído, também, para o seu desaparecimento.

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