segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Apollo 14 foi há 40 anos

Apollo 14 foi a oitava missão tripulada do programa Apollo dos EUA, a terceira a pousar na Lua. Foi comandada por Alan Shepard, o primeiro norte-americano a ir ao espaço, dez anos depois da sua viagem pioneira do Projeto Mercury.
Apollo 14 foi lançada em 31 de janeiro de 1971 e quatro dias depois, Shepard e Edgar Mitchell desceram na Lua, com o módulo lunar Antares, na formação de Fra Mauro.

Antares, o Módulo Lunar da Apollo 14, na formação Fra Mauro da Lua mostra um reflexo circular causado pelo Sol brilhante. Segundo os astronautas, parecia uma jóia. No extremo esquerdo pode ver-se o início do sopé da cratera Cone. Crédito: NASA

Os dois astronautas passaram cerca de 33 horas na Lua, das quais 9 horas e meia em actividades fora do módulo lunar, sobre a superfície do nosso satélite. Durante este tempo recolheram 42 Kg de rochas e realizaram experiências científicas diversas, incluindo estudos sísmicos. Foi aqui que o comandante Shepard deu as suas famosas tacadas numa bola de golfe que levou da Terra, acertando apenas à terceira tentativa e que atirou a bola para longe da vista.
Para estes dois astronautas a missão foi cansativa, eles caminharam bastante e chegaram a subir uma colina, a cratera Cone, que ficava perto de Fra Mauro, para fazer o seu estudo geológico. Na realidade, era este o objectivo principal desta missão Apollo, mas que não foi totalmente atingido porque os astronautas, por falta de tempo, não conseguiram chegar exactamente ao bordo da cratera. No entanto demonstraram que era possível caminhar no solo lunar.
Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA, ou LRO, fotografou os locais de pouso das missões Apollo, em julho de 2009. As fotos mostram os módulos de descida das missões Apollo na superfície lunar, como longas sombras de um ângulo de sol baixo (pode ver-se aqui todas as fotos).

Módulo lunar de descida Antares da Apollo 14 (imagem equivalente a 538 metros)

Módulo lunar de descida, Antares, da Apollo 14, a sua sombra, o "Apollo Lunar Surface Experiment Package", um conjunto de instrumentos científicos deixados na superfície lunar e ainda o trajecto da caminhada dos astronautas.
A NASA oferece um recurso interactivo para conhecer melhor a missão Apollo 14 e as outras misões do projecto Apollo.
Crédito das imagens: NASA/Goddard Space Flight Center/Arizona State University
Fonte: NASA / wikipédia

50 anos do primeiro chimpanzé no espaço

Em 31 de Janeiro de 1961chimpanzé Hamtornou-se o primeiro animal lançado para o espaço, no programa espacial americano.A sua viagem, na nave'Mercury Redstone', durou 16 minutos e meio. Embora cansado e desidratado, os exames médicos, depois do regresso, revelaram que o seu estado de saúde geral era bom.

Ham antes de partir para o espaço - Fonte: wikipédia

Em 1957, quando Ham nasceu, a cadela russa Laika fez o seu vôo inaugural, a bordo do Sputnik 2, mas faleceu poucas horas depois da partida, com o stress e as altas temperaturas.
O nome de Ham é um acrónimo do laboratório onde recebeu o treinamento antes de embarcar, o Hollomans'Aero-Medical. Os resultados do seu teste de vôo conduziram à missão do astronauta Alan Shepard que, em 5 de maio de 1961, a bordo do Freedom 7 se tornou a segunda pessoa e o primeiro americano a viajar para o espaço. O primeiro humano foi Yuri Gagarine, em 12 de abril de 1961, a bordo da nave 'Vostok 1.
Após a sua participação espacial, Ham viveu durante 17 anos no Zoológico Nacional em Washington, DC , e depois, no Zoo da Carolina do Norte, onde faleceu a19 de janeiro de 1983.
O Instituto da Patologia das Forças Armadas dos EUA ficou com o esqueleto de Ham para novas pesquisas e, actualmente, está no Museu Nacional da Saúde e Medicina, em Washington DC. O restante do seu corpo encontra-se no International Space Hall of Fame, em Alamogordo, Novo México-EUA.

Sepultura de Ham, em Alamogordo, Novo México
Fonte: wikipédia 

Tal como Ham, muitos animais foram enviados ao espaço, macacos, cães, moscas, aranhas e outros mais. A sua aventura prestou um grande serviço à humanidade, eles ajudaram os cientistas a compreender os efeitos dos vôos espaciais, principalmente da microgravidade, sobre organismos vivos, abrindo o espaço à aventura humana.
Fonte: El Mundo /Wikipédia

Tribo indígena brasileira ameaçada por madeireiros

A organização Survival International revela fotos inéditas de índios isolados, que vivem no Brasil perto da fronteira com o Peru. As imagens mostram uma comunidade próspera e saudável, mas cuja sobrevivência está em perigo sério com a entrada de madeireiros ilegais que invadem o lado peruano da fronteira (mais fotos aqui).

A sobrevivência desta tribo de índios brasileiros está em perigo, com a entrada de madeireiros ilegais vindos do Perú

As autoridades brasileiras acreditam que o fluxo de madeireiros está empurrando os índios isolados do Peru para o Brasil, e os dois grupos tendem a entrar em conflito.
Como indica a Survival, as imagens foram captadas por uma organização de defesa dos índios brasileiros (Departamento dos Assuntos Indígenas do Brasil), que autorizou a sua utilização numa campanha para proteger o seu território.
Apesar de todos os contactos com o governo peruano para terminar esta invasão ilegal de madeireiros, pouco ou nada tem sido feito.
Para Stephen Corry, director da Survival "Os madeireiros ilegais irão destruir essa tribo. É vital que o governo peruano os detenha enquanto é tempo. As pessoas nas fotos estão evidentemente bem, e o que precisam de nós é que ajudemos a proteger seu território, para que possam tomar as suas próprias decisões sobre o futuro.
Mas essa área está em risco real, e se a onda de extração ilegal de madeira não pára rapidamente, eles ficam sem futuro. Isto não é apenas uma possibilidade: é história irrefutável, reescrita sobre os túmulos de inúmeras tribos nos últimos cinco séculos".
Fonte: Survival International / ÚltimoSegundo

Vulcão do Monte Shinmoedake em actividade

O vulcão do Monte Shinmoedake, do complexo de Kirishima, na ilha de Kyushu, no sul do Japão, entrou em actividade na manhã de 26 de Janeiro. Kirishima é um grande grupo de mais de 20 vulcões localizado a norte da baía de Kagoshima.

Imagem do vulcão do Monte Shinmoedake, obtida pelo satélite Terra, da NASA, em 26 de Janeiro de 2011, mostrando nuvens de cinzas deslocando-se para sudeste do vulcão. As nuvens de cinzas finas são cinzentas enquanto as nuvens mais espessas são brancas. As áreas florestadas são verde escuro e os campos agrícolas (sobretudo campos de arroz), nas zonas urbanas, são pardos.Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center

O vulcão, a 1421 metros de altitude, lançou grandes quantidades de cinzas e fragmentos de rochas de lava incandescente (conhecida como uma erupção estromboliana), obrigando a evacuar a localidade mais próxima, Takaharu. Esta erupção tem causado alguma perturbação nos voos aéreos domésticos do Japão. No entanto, as autoridades da Agência Meteorológica do Japão não esperam que o vulcão possa ameaçar vidas e propriedades.
Nos vídeos, erupções espectaculares do Shinmoedake (melhor em HD).


Neste vídeo podem observar-se fluxos piroclásticos e nuvens vulcânicas de várias cores.


Aqui notam-se claramente as explosões estrombolianas na abertura da cratera.


Fonte: Earth Observatory

domingo, 30 de janeiro de 2011

Astronautas do Challenger imortalizados na Lua

Crateras no centro da bacia (cratera) Apollo, no hemisfério sul lunar (lado oposto), (36°S, 152W), com os nomes dos sete astronautas do vaivém Challenger (mosaico obtido pela câmara do LRO )
 Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University

Após a catástrofe do vaivém Challenger, em homenagem aos seus tripulantes, sete crateras na margem este da bacia (cratera) Apollo, na Lua, ficaram com os seus nomes: Gregory Jarvis, Christa McAuliffe, Ronald McNair, Ellison Onizuka, Judith Resnik, Dick Scobee, Michael Smith.
Apollo é uma cratera duplo-anel de impacto, de 524 Km de largura, situada no nordeste da bacia gigante Aitken, uma estrutura de impacto que domina o hemisfério sul do lado oposto da Lua (junto ao Pólo Sul).

Bacia Apollo - Crédito: NASA/Goddard

A cratera Apollo foi seleccionada como um dos 50 lugares a investigar detalhadamente pelo Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), uma possível área para exploração lunar humana e robótica, no futuro. A região de interesse fica localizada no canto sudoeste do 'mare' que preenche esta depressão dentro de outra depressão.
O vídeo mostra a cratera Apollo, tal como foi observada pela nave espacial japonesa orbital lunar, KAGUYA.


Fonte: Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) / Universe Today

A Pata do "Gato Cósmico" (NGC 6334)

Nebulosa Pata de Gato (NGC 6334) - Crédito: ESO

A Nebulosa Pata de Gato (NGC 6334), uma vasta região de formação de estrelas. A imagem foi obtida com o Telescópio MPG/ESO, no Observatório de La Silla, no Chile. Combina imagens obtidas com filtros azul, verde e vermelho, bem como um filtro especial para deixar passar a luz de hidrogénio incandescente.
NGC 6334 fica a cerca de 5.500 anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião. A nuvem de gás inteiro tem cerca de 50 anos-luz de diâmetro.
Esta nebulosa é uma das regiões mais activas, na nossa galáxia, de formação de estrelas massivas. Ela esconde estrelas recém-formadas, azuis  e brilhantes, com quase 10 vezes a massa do Sol, nascidas nos últimos milhões de anos e, ainda, proto-estrelas enterradas na poeira e difíceis de observar. A Nebulosa Pata de Gato pode conter dezenas de milhares de estrelas.
A nebulosa parece vermelha porque a luz azul e a verde são dispersas e absorvidas de forma mais eficiente pelo material entre a nebulosa e a Terra. A luz vermelha resulta sobretudo do gás hidrogénio incandescente por acção do brilho intenso das estrelas jovens e quentes.

Nebulosa Pata de Gato, em infravermelho, observada pelo Telescópio VISTA
Crédito: HST/NASA/ESA

Fonte: ESO

Os pintos têm sons próprios para reclamar a sua comida

Tal como acontece com os bebés, que choram quando têm fome, as crias de aves também emitem sons específicos para chamar a atenção dos pais que querem comer. Uma equipa de ornitólogos alemães e suissos chegou a esta conclusão, depois de estudar uma colónia de pássaros 'Ploceus jacksoni', no Lago Baringo, no Quénia.

Os pais distinguem as suas crias pelos sons que emitem. Esta espécie, 'Ploceus jacksoni', emite, primeiro, um som parecido com um apito e, em seguida, um trinado. Com fome, o silvo é mais curto e o trinado mais enérgico.
Fonte: wikipédia

Já se sabia que os pássaros são capazes de distinguir as suas crias pelos sons que emitem, mesmo no meio de outras aves. O estudo publicado na revista BMC Ecology, permite concluir que também conseguem perceber quando as crias têm fome, e até se estão muito ou pouco famintas.
Os investigadores instalaram câmeras e microfones, nos ninhos, e gravaram o seu comportamento e os sons que eles emitem. Verificaram que, à medida que vão tendo mais vontade de comer, os sons das crias eram mais volumosos e enérgicos. Elas modificavam a duração, o tom e a amplitude das suas chamadas de atenção, tornando-as cada vez mais distintas das dos seus companheiros.
Fonte: El Mundo

sábado, 29 de janeiro de 2011

Nave russa Progress a caminho da ISS

Ontem, 28 de Janeiro, um foguete Soyuz foi lançado com a nave de carga russa Progress 41 para a Estação Espacial Internacional, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A nave Progress M-09M, carregada com equipamentos, um propulsor, água, oxigênio e ar, vai juntar-se à japonesa Kounotori 2, que já se encontra acoplada à ISS. A chegada está prevista para domingo, 30 de janeiro.
A nave transporta, ainda, o microssatélite Kedr, com uma massa de 30 quilos, que será posto em órbita pelos cosmonautas russos Oleg Skripochka e Dmitri Kondratiev durante a caminhada que devem realizar em 16 de fevereiro.
Durante meio ano, o microssatélite, criado por universitários para radioamadores, enviará 25 mensagens de saudação em 15 idiomas, fotografias da Terra, assim como informação sobre o funcionamento do seu equipamento científico. Além disso, transmitirá frases pronunciadas por crianças de diversos países por ocasião do 50º aniversário da primeira viagem do homem ao espaço, realizada pelo cosmonauta soviético Yuri Gagarin, em 12 de Abril de 1961.
O vídeo mostra diferentes "visões" do lançamento da Progress russa.


Fonte: ÚltimoSegundo (actualizado em 30/01/2011)

Recuperação dos pântanos da Mesopotâmia, o jardim do Éden do Iraque

Os sapais (Pântanos) da Mesopotâmia formam uma área húmida localizada no sul do Iraque e, parcialmente, no sudoeste do Irão. Historicamente a região foi o maior ecossistema húmido da Eurásia.
É uma paisagem rara no deserto, proporcionando habitat para os árabes Marsh e populações importantes de vida selvagem.

Sapais da Mesopotâmia, Jardim do Éden iraquiano - Fonte: wikipédia

Os Sapais da Mesopotâmia, plenos de água e vida natural, são tidos por muitos cristãos como o berço da humanidade, o verdadeiro Jardim do Éden.
A drenagem dos pântanos começou na década de 1950 e continuou até à década de 1970, para recuperar as terras para a agricultura e a exploração de petróleo.
Contudo, na década de 1990, ex-líder iraquiano Saddam Hussein drenou os rios que abasteciam a área para punir as tribos árabes nativas da região pantanosa, que se haviam revoltado contra seu governo após a primeira Guerra do Golfo, e outros opositores que se refugiaram no local. Foi construída uma rede de canais para desviar a água dos rios Eufrates e Tigre, direcionando-a para o mar. A área de pântanos e lagos, que cobria 15 mil quilómetros quadrados no sul do país, passou a ocupar perto de 10% do seu território original, de acordo com o relatório da Agência para o Ambiente 2001 da ONU, com graves consequências para a vida selvagem e os povos que ali viviam.
Actualmente tenta-se recuperar os pântanos da Mesopotâmia com o retorno da água e dos pássaros.
Após a ocupação do Iraque, em 2003, o iraquiano Azzam Alwash e um grupo de engenheiros e biólogos trabalham para restaurar os pântanos e trazer de volta as inúmeras espécies de animais e plantas nativas da região. Azzam Alwash fundou a organização Nature Iraq, dedicada a proteger e restaurar o património natural iraquiano.

A pardilheira (pato Marbled Teal ), Marmaronetta angustirostris, voltou aos sapais da Mesopotâmia
Fonte: wikipédia

Pouco a pouco os pântanos foram sendo recuperados, no entanto voltaram a sofrer com a disputa pelo abastecimento de água. As represas locais reduziram o volume de água que chega à região. Já não há inundações na primavera, que retiravam os depósitos de sal acumulados no pântano e reabasteciam os leitos das lagoas com minerais. Por isso os sapais estão a ficar cada vez mais salinos, o que afecta o ecossistema da região, agravado com a seca regional prolongada, que está provocando um segunda onda de desertificação no local, ameaçando a vida selvagem e dificultando a sobrevivência das poucas tribos árabes que retornaram aos sapais.
Para reverter a situação estão a ser tomadas algumas medidas, como fechar um dos canais de drenagem construídos por Saddam, prevendo-se a redistribuição da água que chega aos sapais, para garantir um suprimento contínuo para os pântanos centrais.
Apesar de tudo, a recuperação possível dos sapais fez voltar plantas, insectos e peixes, criando uma vasta área de alimentação para a migração e reprodução de aves, incluindo o Sagrado Ibis, a toutinegra endémica Basrah Reed, o Iraq Babbler (Turdoides altirostris) e a maioria da população do mundo de patos Marbled Teal (Marmaronetta angustirostris), abelharucos e outros.
Fonte: ÚltimoSegundo

A galáxia escondida

Maffei 2, a galáxia escondida atrás do pó da Via Láctea

 Maffei 2 é uma galáxia observada em infravermelho pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA, que consegue atravessar as nuvens de poeira da nossa Via Láctea que a tornam quase invisível aos telescópios ópticos. Está localizada aproximadamente a 10 milhões de anos-luz de distância, na direção da constelação de Cassiopeia.
É uma galáxia com uma barra central e braços espirais assimétricos, o que ajuda a explicar a zona de formação "explosiva" de estrelas no seu núcleo. Essas explosões dramáticas de formação de estrelas ocorrem quando grandes quantidades de poeira e gás são dirigidos para o centro de uma galáxia, muitas vezes por interações gravitacionais que criam as estruturas em espiral barrada.
Fonte: NASA

Seis meses após as inundações, o drama do Paquistão ainda continua

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o drama do Paquistão ainda continua, 6 meses depois das gigantescas inundações. A maioria das populações regressam a casa e só encontram destruição.
As inundações do Paquistão, que cobriram uma quinta parte do seu território, mataram quase 2.000 pessoas e afectaram 20 milhões, desencadeando a pior crise humanitária do mundo.

Metade dos 20 milhões de afectados pelas cheias do Paquistão são crianças e jovens.

O representante da UNICEF neste país, Pascal Villeneuve, assegurou que o Paquistão ainda se encontra num período de emergência, pois cerca de 3,5 milhões de pessoas ainda recebem, cada dia, água potável da UNICEF, um indicador da grandeza das necessidades que ainda persistem. A petição internacional de fundos rendeu cerca de 2.000 milhões de dólares, mas só recebeu 56% para atender 14 milhões de pessoas durante um ano.
Por sua vez, a organização internacional de defesa dos direitos da infância, PLAN, alertou sobre a situação de vulnerabilidade em que vivem as crianças do país, cerca de 48% da população do país e metade dos 20 milhões de afectados.
A organização também denuncia que a situação continua sendo de emergência e corre o risco de agravar-se com as baixas temperaturas e a escassez de alimentos.
O estudo realizado pela PLAN e a organização Interact Worldwide, na região de Punjab, mostra que num contexto em que os adultos não podem atender às necessidades dos menores, aumenta o risco de matrimónios infantis e dispara o absentismo escolar, especialmente entre as meninas.
Fonte: El Mundo

Lagarto de 1,5 metros, animal de estimação

Um lagarto com 1,5 metros de comprimento foi encontrado nas ruas de Riverside, na Califórnia. O animal de estimação fugiu quando o dono limpava a sua gaiola.


Fonte: ÚltimoSegundo

"Explosão" de fitoplâncton no Mar de Ross, na Antárctida

Na primavera e no verão da Antárctida, o Mar de Ross enche-se de vida. Plantas microscópicas flutuantes, conhecidas como fitoplâncton, absorvem a luz solar e os nutrientes do Oceano Meridional e crescem de forma "explosiva", tornando-se num grande banquete para o krill, peixes, pingüins, baleias e outras espécies marinhas que vivem nas águas frias do extremo sul.

A imagem desta "explosão" de fitoplâncton foi captada em 22 de Janeiro de 2011 no Mar de Ross, pelo satélite Aqua da NASA, onde o verde das plantas de vida substituiu o azul escuro das águas do oceano aberto. - Crédito: NASA/Norman Kuring, Ocean Color Team at NASA Goddard Space Flight Center

O Mar de Ross é uma baía relativamente rasa, na costa da Antárctida a sul da Nova Zelândia. À medida que o tempo de primavera derrete o gelo marinho ao redor da Antárctida,  áreas de mar aberto cercadas por gelo - polynyas - surgem sobre a plataforma continental. Nestas águas abertas, a luz solar fornece o combustível e vários sistemas de correntes fornecem os nutrientes de águas mais profundas, para formar as "explosões" de vida (fitoplâncton) que podem ir até 100 ou 200 Km, as maiores em extensão e abundância em todo o mundo.
 Este mês, os investigadores a bordo do navio quebra-gelos dos EUA , Nathaniel B. Palmer , vão cruzar o Mar de Ross procurando evidências desse sistema de correntes, que os cientistas consideram responsáveis por retirarem das águas profundas os nutrientes que sustentam o crescimento do plâncton.
Fonte: Earth Observatory

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eventos solares simultâneos

Crédito: NASA/SDO

Imagem do Observatório Solar Dinâmico (SDO) mostrando dois eventos solares simultâneos, em 28 de Janeiro: um filamento no lado esquerdo tornou-se instável e explodiu, enquanto uma erupção de plasma da superfície do Sol (valor médio) e uma ejeção de massa coronal à direita são expelidas para o espaço.
O vídeo (26-28 janeiro de 2011) mostra vários flashes e outras explosões da região ativa do lado direito também. Nenhum evento foi dirigido em direção à Terra.



Fonte: NASA

Foma do cavalo-marinho é própria para caçar

De acordo com um estudo publicado na revista Nature Communications, os cavalos marinhos evoluiram para uma forma curva, parecida a um cavalo, para caçar melhor.

A forma do cavalo-marinho ajuda-o na caça - Fonte: wikipédia

O cavalo-marinho é um peixe que descende de um antepassado do peixe-pipa ou peixe-agulha, Syngnathoides biaculeatus, da mesma família e que tem o corpo recto. O cavalo-marinho foi adaptando a sua morfologia até se parecer com os cavalos, com uma posição da cabeça inclinada em relação ao tronco, terminando numa boca alongada.
Os cientistas Sam Van Wassenbergh, Gert Roos e Lara Ferry estudaram o processo de caça do peixe-pipa e do cavalo-marinho e afirmam que o processo evolutivo do cavalo-marinho se verificou de modo a melhorar as suas capacidades como predador.

O peixe-pipa nada, perseguindo as suas presas - Fonte: wikipédia

Os cavalos-marinhos não são bons nadadores, com apenas uma barbatana dorsal e duas peitorais pequenas. Por isso são predadores que ficam escondidos e camuflados nas ervas marinhas, à espera que o alimento passe por ele, pequenos camarões e larvas de peixes, movendo rapidamente a cabeça para alcançar as presas e sugando-as. A sua forma em "S" ajuda o movimento rápido da cabeça.
Os peixes-pipa, de corpo alongado e direito, bons nadadores, têm uma estratégia de alimentação diferente, deslocam-se nadando atrás das presas e já não é tão importante a rapidez de movimento da cabeça.


Fonte. Público.pt / El Mundo

Ano Internacional da Química 2011


O Ano Internacional da Química 2011, sob o tema-unificador "Química- a nossa vida, nosso futuro" pretende mostrar as conquistas no mundo da Química e as suas contribuições para o bem-estar da humanidade. Faz parte dos seus objectivos, aproximar a Química do público em geral para que a possa conhecer melhor e perceber a sua importância na satisfação das necessidades do dia-a-dia, assim como incentivar o interesse dos jovens por esta ciência e seu desenvolcimento.
Em 2011 também se celebra o centenário da atribuição do prémio Nobel a Marie Curie, uma oportunidade para destacar o papel das mulheres na Ciência.
O Ano Internacional da Química 2011 quer realçar o contributo essencial da Química para a sustentabilidade e melhoria dos nossos estilos de vida, com particular atenção para a pesquisa química que é fundamental para resolver os problema globais mais críticos, envolvendo alimentos, água, saúde, energia, transportes e outros.
A Cerimónia Oficial de Lançamento do Ano Internacional da Química 2011, decorrerá durante dois dias, 27 e 28 de Janeiro, e terá lugar na sede da UNESCO, em Paris, França e contará com cientistas e personalidades de todo o mundo.
Em Portugal, o Ano Internacional da Química 2011(AIQ) arrancou na Universidade do Minho e Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.
Actividades programadas, ideias sobre possíveis actividades e informações como participar no site oficial português do AIQ2011 e ainda no site oficial internacional IYC2011.

Desastre do Challenger foi há 25 anos

Todos os anos, em Janeiro, a NASA homenageia todos aqueles que deram a sua vida pela exploração do espaço, como os astronautas mortos nas missões da nave Apolo 1 e dos vaivéns espaciais Challenger e Columbia, na semana em que se completam 25 anos do desastre do vaivém Challenger, 44 anos do incêndio da Apolo 1 e o oitavo aniversário do acidente do vaivém Columbia.
Para ver as homenagens online, com fotos, vídeos e informações sobre os membros da tripulação da Apollo 1 e dos vaivéns espaciais Challenger e Columbia, clique aqui.

A catástrofe do Challenger foi há 25 anos - Fonte: wikipédia

Em 28 de Janeiro de 1986, 73 segundos após o seu lançamento o vaivém Challenger partiu-se, resultando na morte de todos os sete membros da tripulação, entre os quais a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a viajar para o espaço.
As missões com vaivéns foram retomadas em 1988, com o lançamento do Space Shuttle Discovery na missão STS-26. Challenger em si foi substituído pelo vaivém espacial Endeavour , que foi lançado em 1992.
No dia 1 de Fevereiro de 2003, durante o regresso da sua 28ª missão, o vaivém Columbia desapareceu dos radares quando sobrevoava, a grande altitude, o estado do Texas. Durante a reentrada na atmosfera, o calor causado pela fricção com a atmosfera aumentou o tamanho de uma fissura feita ao decolar e não detectada, acabando por destruir toda a nave e causando a morte dos sete tripulantes.
O primeiro grande desastre do programa espacial americano foi o incêndio dentro da cabine de comando da nave Apollo 1, em 27 de Janeiro de 1967, durante um treino dos astronautas que a iam pilotar. Acabaram por morrer no seu interior com a inalação de fumo.
Contudo, apesar de todos estes acidentes mortais, os vaivéns continuaram a voar. No próximo dia 24 de Fevereiro, está previsto o lançamento do Discovery, supostamente na sua última missão e penúltima da Era dos Vaivéns. Depois da missão do Endeavour, em Abril, as naves serão retiradas de serviço.
Resta saber como serão as futuras naves com que os Estados Unidos pretendem relançar o seu programa espacial para chegar a Marte.
Fonte: El Mundo / Estadão / NASA

Marte em alta resolução


Vídeo com imagens seleccionadas de Marte, obtidas pela câmera de alta resolução HiRISE, a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO). São crateras de impacto, ravinas, vales, cristas ... com acompanhamento musical.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Gorila caminha como um ser humano

Ambam é um gorila de 21 anos, que vive num zoológico de Kent e está a tornar-se uma celebridade na internet por ser capaz de caminhar normalmente como um ser humano.
Segundo o seu tratador, o gorila foi criado por humanos durante vários meses, quando tinha um ano de idade, o que pode explicar a sua postura diferente de outros gorilas que, ocasionalmente, caminham em posição erguida.


Fonte: ÚltimoSegundo

As melhores fotos de aves ameaçadas

Uma foto do kakapo (Strigops habroptilus), da autoria de Shanne McInnes, obteve o 1º lugar na categoria "Extinto na natureza ou sob grave ameaça" do concurso "Os pássaros mais raros do mundo" (The World’s Rarest Birds), em que participaram fotógrafos de todo o mundo.
O objetivo do concurso era reunir o maior número de fotos das 566 espécies ameaçadas, chamando a atenção para aves que correm risco de extinção (fotos premiadas aqui)

Fonte: wikipédia

kakapo (Strigops habroptilus), espécie de papagaio noturno, endémico da Nova Zelândia, a única espécie da ordem Psittaciformes incapaz de voar. O seu nome comum significa papagaio da noite. O kakapo é uma ave em perigo crítico de extinção, com uma população total de apenas 86 exemplares, todos eles monitorados por equipas científicas. A plumagem do kakapo constitui uma boa camuflagem na vegetação nativa.
Fonte: ÚltimoSegundo / The World’s Rarest Birds

Plano da ONU para preservar os tubarões falhou

A nível mundial, as populações de tubarões estão em declínio devido à pesca massiva. Cerca de 73 milhões de tubarões são mortos anualmente, principalmente pela grande procura das suas barbatanas, usadas na sopa de barbatana de tubarão, um prato tradicional e popular em muitos países do Leste Asiático. 30% de todas as espécies de tubarão estáo ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção.

Cerca de 73 milhões de tubarões são mortos anualmente, principalmente pela grande procura das suas barbatanas 
 Fonte: wikipédia

Em 2001, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) aprovou um plano internacional para a conservação de tubarões, no entanto uma nova análise da situação considera que ele ainda não foi totalmente implementado, sendo mesmo um fracasso.
O estudo The Future of Sharks: A Review of Action and Inaction, uma parceria da TRAFFIC e do grupo americano Pew Environment, divulgado hoje (27 de Janeiro), responsabiliza os 20 maiores países pescadores de tubarão, a maioria dos quais falhou no cumprimento do plano para salvar esta espécie ameaçada.
De acordo com o estudo, apenas 13 dos 20 países desenvolveram planos nacionais de acção para proteger os tubarões, uma das principais recomendações de 2001, e ainda não está claro como esses planos foram implementados ou que tenham sido eficazes.
Estes vinte países são responsáveis por mais de 640 mil toneladas por ano, cerca de 80% do total das capturas de tubarões reportadas mundialmente. O top 10, na ordem, são: Indonésia, Índia, Espanha, Taiwan, Argentina, México, Paquistão, Estados Unidos, Japão e Malásia.
Indonésia, Índia, Espanha e Taiwan representam mais de 35% de todos os tubarões capturados anualmente, com base nos próprios dados fornecidos.
Este estudo surge antes da reunião do Comité da FAO sobre a Pesca (COFI), que acontecerá entre 31 de Janeiro e 4 de Fevereiro em Roma, Itália, para examinar os resultados do Plano de Acção Internacional para a preservação de tubarões e arraias. As organizações responsáveis por esta nova análise da situação dos tubarões no mundo recomendam, como prioritário, uma revisão sobre a aplicação dos princípios do plano por parte dos 20 países, a maior parte dos quais faz parte do COFI.
O futuro dos tubarões depende de 20 países!
Fonte: TRAFFIC / ÚltimoSegundo

Nave japonesa, não tripulada, Kounotori 2 chegou à ISS

A nave de reabastecimento japonesa, não tripulada, "Kounotori 2" ou  (HTV2), foi capturada e atracou na Estação Espacial Internacional, após  um vôo automático de cinco dias. Foi lançada no foguetão H-2B, da base de Tanegashima, no sul do Japão, em 22 de Janeiro.

Kounotori 2 aproxima-se da ISS - Crédito: ISS/NASA


O braço robótico Canadarm2 da ISS agarra a nave japonesa Kounotori 2
Crédito: NASA/ISS

A nave trouxe abastecimentos e peças de reposição para os seis membros da tripulação do laboratório orbital. Os coordenadores de vôo Cady Coleman e Paolo Nespoli, da Expedição 26, controlaram o trabalho robótico na Cúpula da estação espacial, manobrando o braço robótico Canadarm2, para agarrar a nave HTV2, que permanecerá na ISS até o final de Março .


Crédito: NASAtelevision

Fonte: NASA

Orangotango e homem compartilham 97% dos seus genes

Uma equipa internacional conseguiu sequenciar o genoma completo do orangotango. Foi escolhida como referência “Susie”, uma orangotango de Sumatra, Pongo abelii, que vive no Jardim Zoológico Gladys Porter, em Brownsville, no Texas. É a primeira orangotango a ter o seu genoma conhecido.

Orangotango de Sumatra, Pongo abelii, está criticamente em perigo de extinção - Fonte: wikipédia

A equipa concluiu que Orangotangos e humanos partilham 97% do ADN, o que os coloca como nossos parentes mais afastados que o chimpanzé, com uma semelhança de 99%.
A sequenciação do genoma do orangotango foi realizada por cientistas de 34 instituições de vários países, incluindo os biólogos portugueses Rui Faria e Olga Fernando. Tendo como base a leitura do genoma completo de Susie, os cientistas fizéram o estudo menos pormenorizado do genoma de outros cinco orangotangos da sua espécie, Pongo abelii, da ilha Sumatra, e de cinco orangotangos do Bornéu, Pongo pygmaeus, todos em estado selvagem. Actualmente os orangotangos habitam as florestas tropicais das ilhas de Sumatra e Bornéu, cada uma com uma espécie distinta.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cicatriz de Júpiter em infravermelho

Júpiter em infravermelho, mostrando os restos do impacto de um asteróide, em 19 de Julho de 2009

Imagens de Júpiter em infravermelho, obtidas pelo Telescópio de Infravermelho Facility, em Mauna Kea, no Havaí, mostrando os detritos do impacto na atmosfera do planeta, depois de um objecto ter batido na atmosfera em 19 de Julho de 2009. De acordo com dois artigos publicados recentemente na revista Icarus, foi um asteróide rochoso do tamanho do Titanic.
A imagem da esquerda foi tirada em 20 de Julho de 2009, e a imagem da direita foi tirada em 16 de Agosto de 2009. O impacto e suas conseqüências podem ser vistas como o ponto brilhante no canto inferior esquerdo da imagem de 20 de Julho e como a mancha brilhante no canto inferior esquerdo da imagem de 16 de Agosto. Nesta data, os destroços haviam sido separados pelos ventos de Júpiter e espalhados numa extensão maior.
As imagens foram obtidas em comprimentos de onda da radiação cerca de 2,1 microns. Os cientistas atribuíram a cor branca para mostrar as elevadas concentrações de detritos. A Grande Mancha Vermelha, uma tempestade gigante, pode ver-se de cor laranja no lado direito do planeta.
Fonte: NASA

Cão resgatado do gelo

Depois de ser salvo das águas geladas da Polónia, o cão Baltic preferiu a companhia da tripulação do barco que o retirou de bloco de gelo.


Fonte: ÚltimoSegundo

Galáxia mais longínqua do Universo

Utilizando o telescópio espacial Hubble, os astrónomos encontraram o que acreditam ser a galáxia mais distante já vista no Universo. Está localizada a 13,2 bilhões de anos-luz, cerca de 150 milhões de anos mais que o anterior recorde. O Universo tem 13,7 bilhões de anos.

Uma das mais longínquas e das mais jovens galáxias do Universo aparece como um ponto vermelho fraco, nesta imagem do Hubble. É a imagem mais profunda do Universo, obtida com infravermelhos.

A galáxia de nome UDFj-39546284 é uma galáxia compacta de estrelas azuis que existiu 480 milhões anos após o Big Bang, o que a torna na mais jovem (mais primitiva) das que se conhecem. É uma galáxia minúscula, na direcção da constelação de Fornax. Seriam precisas mais de uma centena para fazer a Via Láctea.
O anterior record era da galáxia UDFy-38135539, também encontrada pelo telescópio Hubble e posteriormente observada com o telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Os astrónomos encontraram evidências de que a taxa com que o universo estava a formar estrelas cresceu vertiginosamente em cerca de 200 milhões de anos. A taxa de nascimento de estrelas aumentou em cerca de um factor de dez ao passar de 480 milhões de anos para 650 milhões de anos após o Big Bang.

Os resultados do Hubble mostram que a taxa de nascimento de estrelas no Universo mudou radicalmente ao longo de apenas 170 milhões ano, aumentando dez vezes de 480 milhões de anos após o Big Bang, a 650 milhões de anos, e duplicando novamente nos próximos 130 milhões anos.

Esta grande mudança na taxa de nascimento de estrelas significa que, se for possível observar um pouco mais para trás no tempo, talvez se possa encontrar as primeiras estrelas que apareceram no Universo. A descoberta desta galáxia sugere que se está cada vez mais perto. Os astrónomos esperam que o Telescópio Espacial James Webb, sucessor do Hubble, consiga ir um pouco mais além no conhecimento da origem e história do Universo.

O Telescópio Espacial Hubble encontrou a maioria das candidatas a galáxias mais distantes do Universo.


O estudo, publicado na revista Nature, foi realizado por um grupo internacional de astrónomos liderados por Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia e Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden (Holanda).
Mais informações em: HubbleNewsCenter e El Mundo

Tyrannosaurus Rex era um predador

Uma nova pesquisa publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, revela que o Tyrannosaurus Rex era um predador e não um necrófago como as hienas.

T rex era um predador - Fonte: wikipédia

Cientistas da Zoological Society of London usaram um modelo ecológico baseado nas relações predatórias do parque Serengeti para determinar se o conhecido carnívoro se alimentava apenas de animais mortos.
Os hábitos de caça do T rex têm sido explicados até agora com base na sua morfologia, o que pode levar a erros pois duas espécies podem ter características físicas semelhantes e ter hábitos de alimentação muito diferentes, como acontece com os abutres e as águias.
Os pesquisadores concluiram que a única opção viável para o T. Rex era ser um predador e apenas os dinossáurios menores podiam ser necrófagos, pois conseguiam encontrar carcaças mais rapidamente.
Fonte: Estadão

Corredores ecológicos entre as áreas protegidas permitem salvar os tigres asiáticos

A Declaração de S. Petesburgo, assinada a 24 de Novembro, estabeleceu o compromisso de 13 países para salvar o tigre asiático, Panthera tigris, duplicando o seu número até 2022. Agora um estudo científico, realizado por uma equipa internacional de pertos, afirma que é possível cumprir essa meta, se forem criados corredores entre as várias reservas naturais.

Panthera tigris tomando banho - Fonte: wikipédia

Segundo o estudo publicado na revista "Proceedings of National Academy of Sciences" (PNAS), é preciso actuar a nível da paisagem, unindo as várias áreas protegidas por  corredores ecológicos, o que permitirá aumentar a população de tigres para mais de dez mil animais, um número três vezes maior do que o actual, cerca de 3600 em estado selvagem.
Para os investigadores, as reservas existentes constituem um habitat suficiente para duplicar ou triplicar a população de tigres. O estudo refere 324 reservas dentro das grandes Paisagens de Conservação do Tigre – que incluem savanas, florestas e estepes – e abrangem 380 mil quilómetros quadrados.
De acordo com Eric Dinerstein, investigador principal na organização WWF e um dos co-autores do estudo, “negligenciar corredores numa região com rápida perda de habitat não vai garantir a sobrevivência da espécie. Apesar de ser importante proteger os habitats cruciais, um programa de recuperação do tigre com sucesso precisa de ser mais ambicioso”. Além disso, a ligação entre as reservas possibilita a dispersão de animais, o que diminui consanguinidade e aumenta a variabilidade genética entre sub-populações.
Como exemplo, a WWF recorda o caso dos tigres no Nepal, cujo número diminuiu substancialmente por causa dos conflitos civis entre 2002 e 2006, no entanto não desapareceram porque as reservas naturais no Nepal e Índia estão ligadas por corredores florestais.
A caça ilegal e a perda do habitat diminuiram drasticamente a população de tigres na Ásia. O seu habitat continua ameaçado pela construção de estradas, barragens e exploração de minas. Para a WWF, defender apenas as áreas protegidas pode levar a uma maior destruição do espaço fora delas.
Fonte: Público.pt

Redefinição do quilograma

Os cientistas estão a trabalhar em todo o mundo para redefinir o quilograma, a última unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI) ainda definida por um artefacto material, a massa de um cilindro composto por 90% de platina e 10% de irídio, fabricado em Londres em 1879 e conservado sob uma redoma de vidro no Escritório de Pesos e Medidas de Sèvres (BIPM), nas proximidades de Paris. A alteração não será breve, mas o tema está a ser discutido esta semana na Royal Society, a Academia Nacional da Ciência do Reino Unido.

Protótipo internacional do Quilograma, composto por 90% de platina e 10% de irídio, guardado no BIPM, em Sévres, França - Fonte: wikipédia

O Sistema Internacional de Unidades (SI) é o sistema de unidades de medida mais usado do mundo, para o comércio e ciência. Apresenta sete unidades base (metro, quilograma, segundo, ampère, kelvin, mol candela), a partir das quais todas as outras unidades são derivadas.
O objectivo final é que todas as unidades base devem ser estáveis ao longo do tempo e universalmente acessíveis, o que não acontece com o quilograma, que é a única unidade de base ainda definida por um objeto fabricado, um protótipo internacional mantido no BIPM, em França desde 1889. Medições efectuadas nos últimos cem anos indicam que a massa do protótipo internacional pode ter mudado em cerca de 50 mg, a massa um pequeno grão de areia 0,4 milímetros de diâmetro.
Os cientistas estão realizando experiências para que a definição do quilograma possa ser baseada, em breve, no valor numérico fixo de uma constante fundamental. Foi seleccionada a constante de Plank, a constante fundamental da física quântica. Tal como em redefinições anteriores no SI, será mantida a continuidade e o tamanho da nova unidade será o mesmo que no presente, um quilo!
Fonte: CiênciaHoje / End of the kilogram as we know it

Vulcão Nevada del Ruiz, Columbia

Vulcão Nevada del Ruiz, na Colombia - Crédito: Tripulação da Expedição 23 a bordo da ISS

Vulcão Nevada del Ruiz, localizado aproximadamente a 140 Km para noroeste da capital da Colombia, Bogotá. A imagem foi obtida pela tripulação da Expedição 23, a bordo da Estação Espacial Internacional, em 23 de Abril de 2010.
Nevada del Ruiz é um grande vulcão de cone, construído a partir de sucessivas camadas de lava, cinzas e depósitos de fluxos piroclásticos. O topo do vulcão e os flancos superiores estão cobertos por várias geleiras que aparecem como uma massa branca ao redor da cratera Arenas. À sua volta estendem-se os fluxos de lava solidificada.
As erupções do vulcão remontam a 1570, mas a mais prejudicial em tempos recentes passou-se em 1985, a 13 de Novembro, em que uma erupção explosiva na Cratera Arenas derreteu  o gelo e a neve do topo do vulcão. Uma avalanche de lama precipitou-se por dezenas de quilómetros, através dos vales dos rios, ao longo dos flancos do vulcão, matando pelo menos 23.000 pessoas.  A maioria das mortes ocorreu na cidade de Armero, que foi ficou completamente inundada por lama.
Fonte: Earh Observatory 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Em Espanha, o veneno mata algumas das espécies mais ameaçadas

Na última década, em Espanha, morreram 7 mil exemplares de espécies ameaçadas, por comerem iscos envenenados, dos quais 7 ursos pardos, 40 quebra-ossos, 114 águias-imperiais, 348 abutres-do-Egipto, 168 águias-reais, 638 abutres-negros, 2.355 milhafres e 2.146 grifos, um verdadeiro atentado à biodiversidade e dão uma ideia do que poderá passar-se a nível global.

O milhafre-real, Milvus milvus, ameaçado pelo uso ilegal do veneno- Fonte: wikimedia commons

O Projecto Life+ VeneNo, coordenado pela organização Seo BirdLife, tem como objectivo reduzir o uso ilegal de veneno em Espanha, onde é considerado uma das principais causas de mortalidade para algumas das espécies mais ameaçadas da Europa.

Águia-imperial ibérica, Aquila adalberti, ameaçada pelo uso ilegal do veneno
Fonte: wikipédia

A situação é particularmente grave para a o milhafre-real, com cerca de 50% da sua população reprodutora morta por envenenamento. Para a águia-imperial ibérica, o veneno é a segunda causa mais importante de mortalidade, chegando a levar ao seu desaparecimento em alguns lugares. Actualmente tem vindo a registar-se um aumento do uso de veneno ligado à pecuária e, especialmente, nas áreas de expansão do lobo.
A águia-imperial ibérica, o quebra-ossos, o milhafre-real e o grifo estão incluídas no Anexo I da Directiva das Aves e no anexo II e IV da Directiva Habitat.
Fonte: El Mundo

Fêmea de urso-polar nadou 687 Km em nove dias

Durante a sua busca por alimento, uma fêmea de urso polar conseguiu percorrer 687 Km, durante nove dias continuamente, nadando nas águas geladas do Mar Beaufor, no norte do Alasca.

O urso-polar é bom nadador, mas depende do gelo para caçar e descansar
Fonte: wikipédia

O animal tinha um colar GPS e foi seguido, durante dois meses, por um grupo de investigadores americanos do Instituto Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey), que assim puderam seguir a sua rota na procura de alimento, verificando quando estava na água ou em terra e controlando a temperatura através de um termómetro na sua péle.
Normalmente os ursos polares, 'Ursus maritimus', nadam para caçar focas, no entanto necessitam de plataformas geladas para descansar e alimentar-se. Com o degelo das regiões polares, sobretudo no verão, há menos superfície gelada, obrigando os animais a nadarem cada vez mais, o que este estudo publicado em 'Polar Biology', acaba de comprovar pela primeira vez ao controlar uma viagem por inteiro.
Embora sejam bons nadadores, os ursos polares não estão adaptados a caçar as presas na água, preferem capturar o seu alimento preferido, como as focas 'Pusa hispida', sobre o gelo. Precisam de uma dieta rica em calorias que lhes permita suportar as baixas temperaturas. Por isso são animais muito dependentes do gelo e um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas. Para os investigadores, estas viagens de longa distância nas águas geladas do Árctico podem ter custos energéticos (a fêmea perdeu 22% da sua gordura corporal nos dois meses) e afectar a capacidade reprodutiva dos ursos-polares.
Fonte: El Mundo

Zeta Ophiuchi, correndo através da poeira do espaço

A estrela Zeta Ophiuchi desloca-se rapidamente através da nuvem de gás e poeira formando um arco de choque brilhante. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA

Imagem em infravermelho obtida pelo Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), que mostra a estrela Zeta Ophiuchi, na constelação Ophiuchus, a estrela azul brilhante do centro da imagem, quente e muito massiva, que se desloca através de uma grande nuvem de poeira interestelar e gás. Vista em luz visível, surge como uma estrela vermelha, relativamente fraca, e cercada por outras estrelas fracas e sem poeira.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Linhenykus monodactylus, o dinossáurio de um só dedo

Uma equipa internacional de paleontólogos descobriu uma nova espécie de dinossáurio, com um único dedo em cada uma das suas mãos (ver imagens aqui).
Os restos fósseis foram encontrados preservados em rochas do Cretáceo Superior, na formação Wulansuhai, localizada perto da fronteira entre a Mongólia e a China, com idade entre 84 e 75 milhões de anos. O novo dinossáurio, da família dos Alvarezsauridae, tem o nome científico de Linhenykus monodactylus, porque foi encontrado perto da cidade de Linhe.

Dinossáurio Alvarezsauridae (Shuvuuia) com três dedos na mão, sendo os dois exteriores muito rudimentares
Fonte: wikipédia

De acordo com o estudo publicado na revista 'Proceedings of National Academy of Science' (PNAS), trata-se de um terópode carnívoro, o grupo que originou as aves modernas e a que pertencem, também, o Tiranossaurio ou o Velociraptor. Devia ter um peso semelhante a um papagaio e aproximadamente 70 cm de altura. Em cada mão tinha apenas uma garra, que os cientistas acham que servia para escavar ninhos de insectos. É o único dinossáurio conhecido com um só dedo.
Para Michael Pittman, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade College London e co-autor do trabalho, os terópodes começaram por ter cinco dedos e evoluiram para formas com três dedos. O Tiranossáurio era invulgar com apenas dois dedos, mas o Linhenykus com um só dedo mostra a grande variedade de modificações evolutivas da mão que existiam em diferentes terópodes.
A maioria dos terópodes tinha três dedos em cada mão, mas exceptuando o Linhenykus, na maioria dos Alvarezsauridae os dois dedos exteriores eram rudimentares, estruturas aparentemente inúteis.
Linhenykus viveu em estreita relação com dinossáurios terópodes de tamanho semelhante, mas as especializações do seu esqueleto podem reflectir diferenças no comportamento ou na estratégia de aproveitamento do seu meio ambiente.
Linhenykus também viveu ao lado de pequenos mamíferos, lagartos, anquilossauros e dinossáurios com chifres (Ceratopsidae).
Fonte: El Mundo  / Science Codex

Crocodilo-do-Nilo: a divindade do Antigo Egipto está a recuperar no país

O crocodilo-do-nilo, Crocodylus niloticus, é uma espécie africana das maiores do mundo, sendo o crocodilo de água salgada o maior.

O crocodilo-do-Nilo, espécie ameaçada pelo comércio ilegal da sua péle
Fonte: wikipédia

No Antigo Egipto, os crocodilos-do-Nilo ocorriam no rio Nilo e no seu delta, onde eram venerados como um deus, Sobek, uma figura humana com cabeça do réptil, era o deus criador do Nilo, deus da fertilidade e da vida. Actualmente povoam as margens do lago Nasser, a grande represa do rio Nilo, no sul do país, revelando alguma recuperação, depois de ter estado em perigo de extinção.

Subespécies diferentes do leopardo-nebuloso nas ilhas de Bornéu e Sumatra

Em 2006 os cientistas descobriram que o leopardo-nebuloso das ilhas de Bornéu e Sumatra (Neofelis diardi) é uma espécie geneticamente diferente da espécie de leopardo-nebuloso continental asiática (Neofelis nebulosa). Uma nova investigação acaba de verificar que na população de leopardos-nebulosos das ilhas indonésias existem duas subespécies diferentes.

Leopardo-nebuloso-do-Bornéu, Neofelis diardi (reprodução)

Uma equipa internacional de investigadores, liderados pelo Instituto Leibniz para a Investigação em Vida Selvagem, em Berlim, demonstrou que o leopardo-nebuloso-do-Bornéu (Neofelis diardi) se subdivide em duas subespécies, uma que apenas ocorre em Sumatra e outra endémica do Bornéu. Neste estudo, os cientistas fizeram análises genéticas e morfológicas de amostras de pêlos e ossos em vários museus de História Natural.
Nas ilhas de Bornéu e Sumatra os leopardos-nebulosos estão geograficamente isolados, desde a Idade do Gelo, facto que terá contribuído para a sua diferenciação genética e morfológica, apesar de ambas as populações apresentarem padrões de tonalidades da pelagem muito parecidos, por viverem em habitats tropicais semelhantes, de acordo com os cientistas.

Leopardo-nebuloso continental, Neofelis nebulosa - Fonte: wikipédia commons

Os investigadores explicam que a separação dos leopardos-nebulosos em subespécies pode dever-se a catástrofes naturais como a erupção vulcânica do Toba, em Sumatra, há 75 mil anos. Desta catástrofe talvez tenham sobrevivido apenas duas populações: uma no sul da China (Neofelis nebulosa) e outra no Bornéu (Neofelis diardi). A população desta ilha pode ter recolonizado a ilha de Sumatra, através de línguas de terra na Idade do Gelo, tendo evoluido para uma subespécie diferente quando as duas ilhas ficaram isoladas, depois da subida do nível das águas do mar, no degelo.
As duas subespécies estão classificadas como Ameaçadas pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza). As suas populações têm poucos indivíduos e exigem grandes habitats para sua sobrevivência. Para salvar o leopardo-nebuloso-do-Bornéu é de extrema importância proteger as grandes áreas de floresta em Bornéu e Sumatra, ou pelo menos geri-las de forma sustentável.


Fonte: Science Daily / Público.pt

Amigos improváveis

Um caso de amizade entre uma cria de elefante e uma ovelha.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Aerossóis na atmosfera de Marte

Aerossóis na atmosfera de Marte - Crédito: NASA/JPL/University of Arizona

Observação de aerossóis (partículas de poeira e gelo) em suspensão na atmosfera de Marte e outras depositadas no solo, obtida a partir de imagens da câmara HiRISE do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, em 14 de Novembro de 2010.
No inverno, a região polar sul de Marte fica coberta por uma camada de gelo de dióxido de carbono (gelo seco). Na primavera, o gelo sublima ( passa directamente a gás) a partir do topo e no fundo da camada de gelo sazonal (tipicamente com dezenas de centímetros de espessura), aumentando a pressão da atmosfera rarefeita de Marte.
Quando há fendas no gelo o gás escapa-se vindo debaixo, transportando partículas finas da superfície do planeta até ao topo. As partículas maiores voltam a cair no chão, formando depósitos em forma de leque e orientados de acordo com os ventos locais.
Na imagem podem ver-se as partículas finas (poeiras) em suspensão na atmosfera de Marte a nível local sobre as fissuras assim como o tom azulado sobre as regiões com os leques.
Nas regiões sem os leques, onde o gás e o pó da superfície não escapam para a atmosfera, a superfície tem um tom mais rosado.
Fonte: HiRISE

Há 25 anos, a sonda Voyager 2 visitou Urano

Urano, visto pela Voyager 2 em 17 de Janeiro de 1986
Crédito: NASA / JPL

As duas imagens de Urano, à esquerda de cor verdadeira e a outra em cor falsa, foram compiladas a partir de imagens da sonda Voyager 2, em 17 de Janeiro de 1986. A nave estava a 9,1 milhões de quilómetros (5.7 milhões de milhas) do planeta, a vários dias da maior aproximação.
A Voyager 2 foi lançada a 20 de Agosto de 1977, 16 dias antes da Voyager 1. Depois de completar a sua missão principal de voar por Júpiter e Saturno, a Voyager 2 foi enviada até Urano, que está a cerca de 3 bilhões de Km de distância do sol. A Voyager 2 fez sua maior aproximação - a 81.500 km do topo das nuvens de Urano - em 24 de Janeiro de 1986.