terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Em Espanha, o veneno mata algumas das espécies mais ameaçadas

Na última década, em Espanha, morreram 7 mil exemplares de espécies ameaçadas, por comerem iscos envenenados, dos quais 7 ursos pardos, 40 quebra-ossos, 114 águias-imperiais, 348 abutres-do-Egipto, 168 águias-reais, 638 abutres-negros, 2.355 milhafres e 2.146 grifos, um verdadeiro atentado à biodiversidade e dão uma ideia do que poderá passar-se a nível global.

O milhafre-real, Milvus milvus, ameaçado pelo uso ilegal do veneno- Fonte: wikimedia commons

O Projecto Life+ VeneNo, coordenado pela organização Seo BirdLife, tem como objectivo reduzir o uso ilegal de veneno em Espanha, onde é considerado uma das principais causas de mortalidade para algumas das espécies mais ameaçadas da Europa.

Águia-imperial ibérica, Aquila adalberti, ameaçada pelo uso ilegal do veneno
Fonte: wikipédia

A situação é particularmente grave para a o milhafre-real, com cerca de 50% da sua população reprodutora morta por envenenamento. Para a águia-imperial ibérica, o veneno é a segunda causa mais importante de mortalidade, chegando a levar ao seu desaparecimento em alguns lugares. Actualmente tem vindo a registar-se um aumento do uso de veneno ligado à pecuária e, especialmente, nas áreas de expansão do lobo.
A águia-imperial ibérica, o quebra-ossos, o milhafre-real e o grifo estão incluídas no Anexo I da Directiva das Aves e no anexo II e IV da Directiva Habitat.
Fonte: El Mundo

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