quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nuvens polares mesosféricas

O cientista atmosférico Matthew DeLand (Science Systems and Applications Inc. e NASA’s Goddard Space Flight Center) tem vindo a acompanhar as nuvens polares mesosféricas, usando os instrumentos do satélite Aura, criados objectivamente para estudar ozono.

As imagens mostram as medições dos instrumentos do Aura de nuvens polares mesosféricas, em 10 de julho de 2007. São as nuvens vistas ao longo de seis órbitas consecutivas entre 7:16-15:52 Tempo Universal. Durante o dia, uma vasta área de nuvens polares mesosféricas desenvolveu-se ao longo do norte da Gronelândia e do Canadá, com um pico por volta das 10:30 UTC (a terceira órbita).
As nuvens são detectáveis porque são as únicas coisas que refletem a luz nessa parte da atmosfera, aparecem em branco e rosa. O satélite Aura, com uma órbita polar, tem oportunidade de tirar várias imagens dos polos em cada dia.

As nuvens polares mesosféricas são um bom indicador da mais pequena mudança na atmosfera. Por vezes são chamadas de “night-shining clouds" ou (em tradução livre) "nuvens nocturnas brilhantes". São finas, nuvens de gelo onduladas que se formam a altitudes muito elevadas, entre 80 e 85 km na mesosfera, e refletem a luz solar, muito tempo depois do Sol se pôr no horizonte.
Os instrumentos do satélite fornecem observações mais frequentes e detalhadas, proporcionando a  DeLand uma ferramenta útil para aperfeiçoar as suas medições anteriores, realizadas com os instrumentos Solar Backscatter Ultraviolet, e compreender a tendência que mostram, a longo prazo, para mais nuvens e mais brilhantes ligada ao aumento dos gases de efeito de estufa.
As observações das nuvens várias vezes ao longo do dia ,com os instrumentos do Aura, são importantes porque permitem aos cientistas ver como mudam as nuvens durante o dia. Esta informação ajuda a combinar os dados de vários sensores para determinar como elas estão mudando de década para década. As correcções desenvolvem uma visão mais precisa da evolução a longo prazo. Mesmo com as correções, a tendência indica que a atmosfera tem vindo a responder ao aumento dos gases de efeito de estufa nos últimos 30 anos.
Fonte: Earth Observatory

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