sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Forte degelo no Árctico abre duas rotas navegáveis

Segundo informações divulgadas pela Agência Espacial Europeia (ESA), medições por satélite mostram que a cobertura de gelo no Árctico, este ano, está abaixo da média.

A animação mostra a fusão das geleiras do Árctico, desde de 1 Junho até 24 Agosto 2011. Todos os anos, há formação seguida de fusão de grandes quantidades de gelo flutuante no Oceano Árctico, mas a taxa de perda global acelerou - Crédito: Animação baseada em dados do US National Ice Center

Com a fusão do gelo nos meses de verão ficaram abertas, outra vez, duas grandes rotas de navegação no Oceano Árctico. Em 2008, os satélites observaram que a Passagem do Noroeste e da Rota do Mar do Norte foram abertas simultaneamente, pela primeira vez, desde que as medições por satélite começaram na década de 1970.
Enquanto a Rota do Mar do Norte, acima Rússia (também conhecida como a Passagem do Nordeste), ficou aberta ao tráfego de transporte desde meados de Agosto, dados de satélite recentes mostram que a Passagem do Noroeste agora parece ser navegável também.
A Passagem Noroeste, localizada no arquipélago árctico do Canadá, é uma rota mais directa para o transporte entre a Europa e a Ásia, mas pode originar reivindicações de soberania e a possibilidade de migração de espécies marinhas em todo o Oceano Árctico.
Em 2007, o gelo do mar Árctico atingiu um nível mínimo recorde desde que as medições por satélite começaram há quase 30 anos. Os cientistas receiam que a extensão mínima de gelo, que deverá acontecer no final de verão em Setembro, possa ultrapassar o mínimo desse ano, quando a Passagem Noroeste, considerada historicamente intransitável, abriu pela primeira vez. Em 2007, o gelo atingiu um mínimo histórico de apenas 4,2 milhões de quilmetros quadrados, cerca de metade do início dos anos 1980.
As condições meteorológicas de 2007 foram invulgares, como a chegada de ventos quentes à região central do Oceano Árctico que provocaram forte degelo.
De acordo com os cientistas, o clima tem sido diferente este ano, mas a abertura adiantada das passagens navegáveis indica que poderemos estar prestes a bater um novo recorde de perda de gelo.
Fonte: ESA

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