terça-feira, 15 de novembro de 2011

Consumo de cannabis e cocaína está a diminuir na União Europeia - Ecstasy e novos opiáceos preocupam

O relatório do OEDT, tal como em anos anteriores, evidencia a sua preocupação com o mercado das substâncias sintéticas, em particular com a produção de opiáceos e de Ecstasy - Fonte imagem: wikipédia

O relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (OEDT) apresentado hoje em Lisboa refere que o consumo de cannabis e cocaína, as duas drogas mais usadas na União Europeia, está a estabilizar ou a diminuir.
Relativamente à cannabis, a droga ilícita mais consumida na UE, a diminuição do seu consumo pode estar associada a alterações do estilo de vida e a novas atitudes, nomeadamente a queda do consumo do tabaco, entre os jovens adultos com idades entre os 15 e os 34 anos.
As políticas de austeridade aplicadas em alguns países europeus e a consequente diminuição do poder de compra, podem estar a afectar o consumo, fazendo-o decair. Além disso, actualmente os problemas de saúde relacionados com o uso de drogas são mais conhecidos e cada vez tende a ser maior a consciência que elas matam.
O relatório do OEDT, tal como em anos anteriores, evidencia a sua preocupação com o mercado das substâncias sintéticas, em particular com a produção de opiáceos e de Ecstasy.
É também grande a preocupação com o facto da crise europeia poder diminuir a acção dos países nos serviços de tratamento da toxicodependência, a par do surgimento de novos surtos de infecção. É apontado o exemplo do que aconteceu na Grécia, onde foi detectado um grande surto de infecções por VIH, no ano em curso, entre consumidores de droga por via endovenosa. O número de casos detectados também tem vindo a crescer na Bulgária, Estónia ou Lituânia.
O relatório refere que, em 2009, o índice de novos casos de infecção pelo VIH – por milhão de habitantes – manteve-se relativamente elevado na Estónia (63,3), Litania (34,9), Letónia (32,7, Portugal (13,4) e Bulgária (9,7).
No relatório do OEDT de 2008, Portugal surgia como o país da UE com o número mais elevado de novos casos de sida, embora a tendência decrescente fosse visível desde 2005. As estimativas do OEDT apontam para um número entre 10 e 20 mil mortes anuais entre consumidores problemáticos de opiáceos na Europa.
Informações mais pormenorizadas em Publico.pt  e relatório OEDT

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