quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Descodificado o genoma do ácaro-aranha, uma praga agrícola

Ácaro-aranha (forma vermelha) sobre folha de feijoeiro - Fonte: wikipédia

Uma equipa multinacional de cientistas, incluindo dois portugueses, descodificou o genoma do ácaro-aranha, considerado uma praga agrícola. A descodificação e estudo do seu genoma, publicados na edição de quinta-feira da "Nature", abrem o caminho para o desenvolvimento de novas técnicas de controlo de pragas agrícolas.
O projecto foi desenvolvido por 55 cientistas, de dez países, onde se encontram Élio Sucena, do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e Sara Magalhães, do Centro de Biologia Ambiental da FCUL.
O ácaro-aranha (Tetranychus urticae) é uma grande preocupação para os agricultores de todo o mundo, incluindo os portugueses, e é responsável por prejuízos agrícolas de milhões de euros por ano. Produz uma teia que ele usa para protecção, constituindo uma barreira contra intempéries e predadores.
Além de comer uma grande variedade de plantas e sendo capaz de resistir às suas toxinas de defesa, o ácaro-aranha é bastante resistente aos pesticidas. É o artrópode (um grupo que inclui as aranhas, as carraças e os insectos) que resiste a um maior número de pesticidas. “É esta facilidade de adaptação e de resistência que o torna uma dor de cabeça agrícola”, sublinha um comunicado de imprensa conjunto do IGC e do Centro de Biologia Ambiental da FCUL.
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