sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sonda Cassini acompanha o desenvolvimento de gigantesca tempestade de Saturno

A série de imagens da sonda Cassini da NASA mostra o desenvolvimento da maior tempestade observada em Saturno desde 1990. - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute

A NASA divulgou novas imagens e animações do nascimento e evolução de uma gigantesca tempestade que percorreu o hemisfério norte de Saturno, durante quase um ano.
As imagens, obtidas pela sonda Cassini, mostram o início da tempestade na forma de uma pequena mancha, em 5 de Dezembro de 2010, e o seu desenvolvimento até envolver todo o planeta, no final de Janeiro de 2011.
A monstruosa tempestade, que se estende por quase 15.000 Km, é a maior observada em Saturno nas últimas duas décadas e a maior, de longe, testemunhada por uma nave espacial. A tempestade foi acompanhada por actividade eléctrica que também foi detectada pela Cassini, revelando que era uma tempestade convectiva. A fase activa de convecção da tempestade terminou no final de Junho de 2011, mas as nuvens turbulentas que criou permanecem na atmosfera ainda hoje.

O mosaico de cores falsas, obtido pela sonda Cassini da NASA, mostra a cauda da monstruosa tempestade que percorreu o norte de Saturno - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute

A tempestade, que teve uma fase activa de 200 dias, foi a mais longa que circundou Saturno, superando uma tempestade anterior detectada em 1903, que durou 150 dias. A grande perturbação que causou, fotografada há 21 anos pelo Telescópio Espacial Hubble, foi comparável em tamanho à actual tempestade durante apenas 55 dias. Estas tempestades parecem acontecer cada 20 ou 30 anos, embora não se saiba porquê.
As novas imagens e outras de alta qualidade recolhidas pela Sonda Cassini, desde 2004, permitem aos cientistas acompanhar o progresso da tempestade em grande detalhe. Simultaneamente, a sonda faz outras observações de Saturno, os seus anéis e luas.
A sonda Cassini foi lançada, em Outubro de 1997, chegando a Saturno em 2004, para iniciar o estudo de Titão, a maior lua do planeta. A sua missão, que deveria ter terminado em 2008, foi prolongada pela NASA até 2017, para que os cientistas possam estudar as mudanças climáticas no planeta e nas suas luas, através das informações fornecidas pelos 12 instrumentos científicos a bordo da nave.
Fonte: NASA

Sem comentários: