quinta-feira, 31 de março de 2011

Impactos deixaram marcas nos anéis de Júpiter e Saturno

A nuvem de poeira do cometa Shoemaker-Levy 9 criou ondulações no anel de Júpiter -  Crédito: M. copyright Showalter

A ilustração mostra o cometa Shoemaker-Levy 9 indo contra Júpiter, em Julho de 1994, enquanto a sua nuvem de poeira cria um rastro ondulante no anel de Júpiter.
O cometa, tal como foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble, aparece como uma seqüência de fragmentos avermelhados caindo em Júpiter, a partir do sul. A imagem do Hubble mostra, mais tarde, as manchas escuras onde pedaços do cometa já tinham colidido com o planeta. O débil anel, com base em imagens obtidas pela missão Galileo da NASA, normalmente é muito fraco, mas foi reforçado para a ilustração. As faixas mostram os rastros das nuvens de poeira do cometa. Os impactos destas partículas de poeira inclinaram o anel do seu eixo.

O anel de Júpiter mostra as ondulações provocadas pelo cometa Shoemaker-Levy 9 em julho de 1994 - Crédito: NASA / JPL-Caltech / SETI

Estas imagens, obtidas a partir de dados da sonda Galileo da NASA, mostram as ondulações subtis no anel de Júpiter e que os cientistas associaram com o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9, em Julho de 1994. A imagem do topo foi obtida pela Galileo, em 9 de Novembro de 1996, e mostra a ponta do anel de Júpiter. A imagem do meio é uma versão da primeira, reforçada por computador para mostrar as ondulações. A terceira imagem mostra um modelo de computador construído a partir dos dados.

As imagens dos anéis de Saturno, obtidas pela sonda Cassini, revelam que também foram perturbados. Os cientistas atribuem as ondulações de Saturno a um objecto semelhante - provavelmente uma outra nuvem de fragmentos do cometa, no segundo semestre de 1983. O estudo vem publicado num artigo da revista Science.


Esta imagem da Cassini, obtida em Agosto de 2009, um mês antes do equinócio de Saturno, permite observar faixas alternadas claras e escuras, que se estendem a uma grande distância entre os anéis D (à direita) e C (à esquerda) de Saturno. Mostram variações no brilho dos anéis que são quase certamente causadas pelas mudanças no plano ondulado dos anéis, tal como as ondulações de um telhado de zinco.
Mais tarde, imagens durante o equinócio revelaram a verdadeira dimensão desta ondulação, estendendo-se completamente através do anel C, até a borda do anel B, numa extensão de cerca de 19.000 km - ver imagem de alta resolução.
Ver animação, numa série de três imagens, mostrando como os anéis de Saturno se comportaram como um anel de papelão ondulado, depois de ficarem inclinados em relação ao plano equatorial de Saturno (animação).

Fonte: NASA

Apresentação da nave espacial da Virgin Galactic


O repórter da BBC Richard Scott visitou a nave espacial da Virgin Galactic no deserto de Mojave, na Califórnia, Estados Unidos. Foi o primeiro jornalista a entrar na nave, ainda em construção dentro do hangar da empresa.
Matt Stinemetze, de uma das empresas que está construindo a nave, diz que o objetivo é levar milhares de pessoas ao espaço nos primeiros anos.
No entanto, o preço da viagem não é para qualquer um. Apesar do preço, mais de 400 pessoas já compraram o bilhete para uma curta viagem no espaço.
Mais informações sobre a nave Virgin aqui.
Fonte: ÚltimoSegundo

Imagem detalhada da gravidade da Terra obtida por satélite

Após dois anos em órbita, o satélite GOCE da ESA reuniu dados suficientes para mapear a gravidade do nosso planeta no modelo mais preciso e detalhado já produzido. O novo "geóide", apresentado hoje em Munique, Alemanha, durante uma conferência internacional sobre o satélite, irá ajudar os cientistas a compreender melhor o funcionamento do nosso planeta.

Novo geóide, a superfície terrestre moldada pela gravidade - Crédito: ESA

No geóide a superfície do planeta aparece moldada apenas pela gravidade, com zonas a amarelo (onde esta é maior) e zonas a azul (onde a gravidade é menor). Como modelo preciso de geóide da Terra, é uma referência essencial para medir a circulação oceânica, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo terrestre, todos afectados pelas alterações climáticas. Também pode ser usado como uma superfície de referência no mapeamento da topografia do planeta.

Gravidade global terrestre

Além disso, compreender melhor as variações do campo gravitacional levará a uma compreensão mais profunda do interior da Terra, como a física e a dinâmica associada à actividade vulcânica e terramotos, como o catastrófico sismo que atingiu o Japão recentemente.
Dado que este terramoto foi causado pelo movimento das placas tectónicas sob o oceano, o movimento não pode ser observada directamente do espaço. No entanto, os terramotos criam assinaturas em dados de gravidade, o que poderia ser usado para compreender os processos que conduzem a estas catástrofes naturais e até ajudar na sua previsão.

GOCE foi desenvolvido para aumentar o entendimento sobre uma das forças fundamentais da natureza da Terra, a força da gravidade - Crédito: ESA-EOEA Medialab

O satélite GOCE foi lançado em Março de 2009 e, de momento, já recolheu mais de doze meses de dados. Ainda tem combustível para continuar a medir a gravidade até ao final de 2012, duplicando assim a vida da missão e tornando o modelo geóide ainda mais preciso.
Fonte: ESA

Aniversário do nascimento de Robert Bunsen

Robert Wilhelm Eberhard Bunsen (31 de Março de 1811 - 16 de Agosto de 1899) foi um químico alemão, cujo nome foi imortalizado, curiosamente, por uma peça essencial do equipamento de laboratório, conhecida por bico de Bunsen, um queimador de gás, que ele não inventou mas apenas melhorou o funcionamento, com a colaboração do seu assistente Peter Desaga.

Robert Wilhelm Eberhard Bunsen - Fonte: wikipédia

No entanto, as contribuições de Bunsen no campo da química não se limitam ao aperfeiçoamento do "bico de Bunsen". As suas pesquisas abrangeram áreas muito diversificadas, como a química orgânica, compostos de arsénio, medições e análise de gases, a bateria galvânica, espectroscopia elementar e geologia. A sua obra centra-se no desenvolvimento de várias técnicas utilizadas na separação, identificação e medição de várias substâncias químicas.
Conjuntamente com o cientista Gustav Kirchhoff , Bunsen estudou espectros de emissão de elementos aquecidos, uma área de pesquisa chamada de análise de espectro.

Espectroscópio de Bunsen-Kirchhoff - Fonte: wikipédia

Em 1859, os dois cientistas construiram um instrumento adequado, um protótipo de espectroscópio. Com este aparelho, Bunsen e Kirchhoff conseguiram identificar os espectros característicos do sódio, lítio e potássio. Bunsen provou que muitas amostras de substâncias puras têm espectros originais. Investigando os espectros de emissão de elementos aquecidos, Bunsen descobriu o césio (em 1860) e o rubídio (em 1861) com Gustav Kirchhoff.
Os trabalhos de Bunsen e Kirchhoff rapidamente abriram o caminho para a descoberta de novos elementos, usando o espectroscópio, tais como o tálio (Crookes, 1861), o índio (Reich e Richter, 1863), o gálio (Lecoq de Boisbaudran, 1875), o escândio (Nilson, 1879) e o germânio (Winkler, 1886). A visão original de Bunsen de analisar a composição das estrelas foi concretizada em 1868, quando se descobriu o hélio no espectro solar, durante um eclipse solar.
Dois de seus alunos mais famosos foram Dmitri Mendeleiev, criador da Tabela Periódica dos Elementos, e Lothar Meyer. Em 1860, Robert Bunsen foi eleito membro estrangeiro da Academia Real Sueca de Ciências.

Kounotori2 H-II Transfer Vehicle partiu da Estação Espacial Internacional

Crédito: NASA/ISS

A nave espacial automática Kounotori2, da Agência Espacial japonesa, carregada de lixo e outros itens desnecessários, libertou-se da Estação Espacial Internacional em 28 de Março. Ao entrar na atmosfera terrestre, quarta-feira, será destruída.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A nave Messenger fotografa Mercúrio na sua órbita


Imagem a cor de Mercúrio obtida pela nave Messenger na sua orbita pela utilização de três filtros, vermelho, verde e azul. O diferente colorido (castanho e azul na imagem) indica material com composição distinta (reflectem a luz de modo diferente). A imagem é atravessada pelos raios claros de uma cratera (Hokusai).
Os conjuntos de imagens em cores ajudam a conhecer a variação na composição de lugar para lugar do planeta.

Primeira imagem de Mercúrio, obtida em órbita, com a "Narrow Angle Camera" (NAC), da Messenger, uma câmara com um campo de visão menor do que a câmara Wide Angle Camera (WAC) que tirou a primeira imagem de Mercúrio da mesma região.


A cratera que sobressai na imagem é um belo exemplo de uma cratera de impacto em Mercúrio, relativamente pequena, simples e recente. Ela ilustra uma cratera característica na sua faixa de tamanho. A forma é muito semelhante a uma tigela, com apenas uma pequena área plana no fundo. As paredes e os bordos são nítidos e não parecem ter sofrido colapso. Os raios claros de material ejectado estão distribuídos simetricamente à volta da cratera, indicando que o corpo que atingiu Mercúrio, para formar a cratera, se aproximou numa direcção quase vertical.
Outras imagens de Mercúrio neste endereço.
Mais informações sobre a missão actual da nave Messenger aqui

Tabela Periódica dos Elementos


Também a "velhinha" Tabela Periódica dos Elementos, recurso indispensável no estudo da Química, se vem adaptando às novas tecnologias, tornando-se muito mais interessante. A folha impressa com a disposição dos elementos químicos criada por Dmitri Mendeleiev no século XIX compete, actualmente, com outros meios mais estimulantes que a Internet proporciona.
Com alguns 'clics' podemos consultar, por exemplo, esta Tabela Periódica Online mas, se o aspecto visual também é importante, temos a Tabela Periódica em Gravuras. Os apreciadores de música encontram várias versões da Canção da Tabela Periódica, esta é uma delas. Por último, o som e a imagem aparecem associados na nova tabela do site The Periodic Table of Vídeos (Tabela Periódica de Vídeos), que apresenta um vídeo explicativo para cada um dos 118 elementos, para além doutros vídeos sobre Química e Física (como uma área só sobre moléculas e uma área de vídeos gerais).


O projecto, uma colaboração da Universidade de Nottingham, do Reino Unido, com o jornalista Brady Haran., apresenta no seu canal no  YouTube uma área só com vídeos legendados em português.

Os responsáveis pelo site também produziram o Sixty Symbols (Sessenta Símbolos), projecto dedicado a explicar, em vídeos curtos e divertidos, os símbolos e letras utilizados na Física e na Astronomia.

(reprodução)


Fonte: Estadão

Música para despertar os astronautas


Desde o Projecto Apollo a NASA usa músicas para despertar os astronautas durante as suas missões espaciais. No início, a selecção era feita por parentes e colegas. Na última missão da Discovery, pela primeira vez a escolha final resultou do voto popular.
Desta vez a NASA convida o público a escolher a música que irá acordar os astronautas da missão do vaivém espacial Endeavour, cuja partida está prevista para 19 de Abril de 2011.
Para participar basta aceder ao site Space Rock, e votar na preferida dos 10 temas originais finalistas apresentados, selecionados entre 1.350 músicas. As duas músicas com maior número de votos serão anunciadas e tocadas durante a missão STS 134 do Endeavour.
A votação pública começou terça-feira, em 29 de Março de 2011, e vai decorrer até ao dia do lançamento.

Em 7 de Março, a tripulação do vaivém Discovery foi acordada com o som da voz de William Shatner e a música tema do filme "Star Trek" por Alexander Courage.



Fonte: NASA

Estrelas e planetas Kepler

Estrelas e planetas Kepler - Crédito: Jason Rowe, Kepler Mission

Utilizando o Telescópio Kepler foi possível descobrir 1.235 candidatos a planetas orbitando outras estrelas, desde que a missão Kepler iniciou a procura de mundos semelhantes à Terra, em 2009 . Para encontrá-los, Kepler monitorou um campo rico de estrelas para identificar os trânsitos planetários através do escurecimento ligeiro da luz das estrelas, causado por um planeta atravessando na frente da sua estrela-mãe. Esta imagem notável mostra todos os candidatos a planeta Kepler, em trânsito com as suas estrelas e ordenados por tamanho, a partir de cima e da esquerda para a direita. 
Os discos representativos das estrelas e as silhuetas dos planetas em trânsito estão na mesma escala relativa, as estrelas com cores saturadas. Algumas estrelas mostram mais do que um planeta em trânsito, mas é preciso ver a imagem em alta resolução para identificá-los todos.
O Sol aparece na mesma escala, isolado e abaixo da linha superior à direita. Em silhueta contra o disco solar estão Júpiter e a Terra em trânsito.
Imagem em HD no endereço http://www.flickr.com/photos/astroguy/5552363328/sizes/l/in/photostream/
Fonte (texto): APOD

terça-feira, 29 de março de 2011

Primeira imagem de Mercúrio a partir da sua órbita

Primeira imagem de Mercúrio, em 29 de Março de 2011, já com a nave Messenger em órbita - Crédito: NASA / Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory / Instituição Carnegie de Washington

Imagem histórica de Mercúrio, a primeira obtida pela nave espacial Messenger em órbita em torno do planeta mais interior do Sistema do Solar.
A cratera dominante na parte superior é Debussy com os seus raios com centenas de quilómetros. A oeste está a pequena cratera Matabei, com os seus invulgares raios escuros. A parte inferior da imagem é perto do pólo sul de Mercúrio, e inclui uma região da superfície não observada anteriormente pelas naves espaciais. Comparando esta imagem com a primeira imagem orbital planejada para 29 de Março, pode identificar-se a nova região fotografada, a sul de Debussy.
Nos próximos três dias, a nave Messenger irá adquirir 1.185 imagens adicionais de apoio às actividades. A primeira fase científica da missão, com a duração de um ano, começará em 4 de Abril, durante a qual a nave Messenger tirará mais 75.000 fotos para apoio científico.
Em 17 de março de 2011 (18 de março de 2011, UTC), MESSENGER tornou-se a primeira nave a orbitar o planeta Mercúrio. Actualmente a missão está numa fase de verificação de funcionamento dos seus instrumentos, através de uma série de actividades especialmente adequadas. A missão científica principal da Messenger vai usar sete instrumentos científicos e investigação científica via radio para desvendar a história e evolução do planeta do Sistema Solar mais pequeno e mais próximo do Sol.
Fonte: NASA / Página Web Messenger

Censo indica um aumento do número de tigres na Índia, mas há dúvidas

Uma nova pesquisa realizada pelo governo da Índia registou um aumento na população de tigres adultos do país, o que acontece pela primeira vez em dez anos.
O censo realizado no país em 2006 estimou um número de tigres entre 1165-1657. Esta última pesquisa contou 1571-1875, quase 60% ​​da população selvagem no planeta, onde existem apenas cerca de três mil tigres. No último século sofreu um declínio de 97%.

Tigre-de-Bengala, da Índia (Panthera tigris tigris) - Fonte: wikipédia

Os números apresentados pelo ministro indiano do Ambiente, Jairam Ramesh, na Conferência Internacional de Conservação dos Tigres, trouxeram alguma esperança em conseguir salvar o tigre, mas também levantaram algumas dúvidas. Esta conferência, durante três dias, surge após o lançamento do inovador Programa de Recuperação Global do Tigre, um plano mundial para recuperar as espécies em vias de extinção.
Alguns especialistas em tigres contestam os resultados, pois o método utilizado no censo permite que o mesmo tigre seja contabilizado várias vezes. Além disso, questiona-se o aumento do número de tigres quando se sabe que a caça ilegal continua e o seu habitat foi reduzido. A maior ameaça é a perda de corredores que ligam as 39 reservas de tigres existentes na Índia.
Na década de 1970, a população de tigres indianos caiu para perto de 1.000. O estabelecimento de reservas e maior protecção fez triplicar o seu número até ao final da década de 1990. No entanto, a caça ilegal devida à procura crescente de medicamentos tradicionais na China fez diminuir drásticamente a população de tigres nos parques nacionais.
Apesar das tentativas de repovoamento, os problemas continuam pois muitas vilas e aldeias ainda estão dentro das reservas ou perto delas, com uma população humana a crescer. Há menos alimento para o tigre, cada vez maior pressão no seu habitat, que vai sendo reduzido e fragmentado. A pesquisa revela que o território do tigre diminuiu ceca de 22% nos últimos 5 anos.
O crescimento económico do país afecta directamente o habitat natural dos tigres-de-bengala. A construção de estradas cruza-se com corredores ecológicos usados pela espécie para migrar de uma reserva para outra, conforme a época do ano. O perigo de conflito directo entre a população humana e o tigre é cada vez maior.
Fonte: Público.pt / Science / Guardian

Fóssil de animal marinho, com 525 milhões de anos, conserva partes moles

Pesquisadores da China e da Grã-Bretanha anunciaram a descoberta de um fóssil de um importante grupo de animais marinhos primitivos. O fóssil de 525 milhões de anos, pertence a um grupo de criaturas com tentáculos, que viviam no interior de tubos rígidos. Anteriormente, apenas os tubos foram observados com detalhe, mas este novo espécime demonstra claramente as partes moles do corpo, incluindo os tentáculos que usava para se alimentar.

Hemichordate "abilus Galeaplumosus" (cerca de 4 cm), com 525 milhões de anos - Crédito: Professor Siveter Derek, Universidade de Oxford

O animal era um hemichordata Pterobranchia, grupo relacionado com as estrelas-do-mar e ouriços-do-mar, mas que também demonstra algumas características que oferecem pistas sobre a evolução dos primeiros vertebrados. Embora com menos de 4 centímetros de comprimento, o novo fóssil, o mais antigo registo fóssil de hemichordata conhecido, está muito bem preservado, incluindo 36 pequenos tentáculos, permitindo uma visão detalhada da biologia primitiva do grupo e um contributo para o conhecimento da sua evolução.
O fóssil foi encontrado na província de Yunnan, na China. Foi nomeado abilus Galeaplumosus, que significa "capacete de penas além das nuvens", com referência à sua forma e localização (Yunnan traduz " a sul das nuvens '). A sua descoberta foi publicada, em 24 de Março de 2011, na revista Current Biology.
Fonte: Eurek Alert

segunda-feira, 28 de março de 2011

Imagens ternurentas também ajudam a Natureza

A divulgação das imagens dos animais nos zoológicos também ajuda na sua conservação, dando a conhecer muitas espécies ameaçadas e sensibilizando as pessoas em geral para a sua protecção. É este o objectivo do site Zooborns dedicado a divulgar os nascimentos de animais em zoológicos no mundo inteiro, através de imagens ternurentas e histórias de conservação.

Hora do banho para Baylor e Tupelo, dois pequenos elefantes do zoológico de Houston

De acordo com os seus criadores, Chris Eastland e Andrew Bleiman, as imagens apresentadas em Zooborns vêm de instituições credenciadas pela Association of Zoos and Aquariums (caso seja da América do Norte), European Association of Zoos and Aquariums (caso seja da Europa) ou pela World Association of Zoos and Aquariums (no resto do mundo).
Fonte: ÚltimoSegundo

Violência contra elefante doente num circo do Reino Unido

Shocking new ADI cruelty exposé shames UK circus industry from Animal Defenders on Vimeo.

A organização Animal Defenders International (ADI) divulgou as imagens chocantes dos bastidores do Circo Bobby Roberts Super, da Grã-Bretanha, que mostra a extrema violência sobre um elefante fêmea, Anne, de 57 anos. O animal é espancado várias vezes com uma barra de ferro, forcado ou ancinho e pontapés. A crueldade ainda é maior por se tratar de um animal acorrentado que já tem problemas de mobilidade por sofrer de artrite.
O vídeo, que também mostra maus tratos a outros animais, foi registado por uma câmara oculta colocada num celeiro onde os animais são mantidos quando não estão em turné. A organização já se preocupa com Anne há muitos anos. Perante estas imagens, a ADI pretende a guarda do animal, que poderá ser hospedado num dos muitos santuários mantidos pela organização.
Há muito que Animal Defenders International e outros grupos de defesa dos animais lutam pela proibição total da utilização de animais selvagens nos circos como a única forma de acabar, para sempre, com a privação e a violência exercida sobre eles.

Novas evidências sobre o início do Sistema Solar

De acordo com a pesquisa publicada ontem, 27 de Março, na revista Nature Geoscience, as primeiras rochas do início da formação do Sistema Solar eram mais do tipo "algodão doce" do que as rochas compactas que se conhecem actualmente.

Os investigadores utilizaram uma amostra do meteorito Allende, um meteorito condrito carbonáceo dos mais primitivos, caído no México em 1969, perto da aldeia de Pueblito de Allende - Fonte: wikipédia

O trabalho, realizado por pesquisadores do Colégio Imperial de Londres e outras instituições internacionais, fornece a primeira evidência geológica sobre como se formaram as primeiras rochas, apoiando teorias anteriores já existentes e baseadas em modelos computacionais e experiências de laboratório.
O estudo fortalece a ideia de que o primeiro material sólido no sistema solar era frágil e extremamente poroso, muito parecido a algodão doce, e sugere que foi compactado em rochas rígidas, em períodos de turbulência, formando os blocos de construção que originaram planetas como a Terra.
Os cientistas acreditam que as primeiras rochas condrito carbonáceas foram moldadas pela nebulosa turbulenta inicial na qual viajaram durante milhões de anos, tal como os pequenos seixos são alterados pelas águas revoltas. A pesquisa sugere que a turbulência fez com que estas partículas primitivas se tornassem compactas e duras com o tempo para formar as primeiras minúsculas rochas.
No seu trabalho, os pesquisadores analisaram um fragmento de asteróide, conhecido como um meteorito condrito carbonáceo, o meteorito Allende, que veio do cinturão de asteróides entre Júpiter e Marte. Originalmente formou-se no início do Sistema Solar, quando partículas microscópicas de poeira colidiram umas com as outras e se agregaram, unindo-se em torno de partículas maiores em forma de grãos, designadas por chondrules, com cerca de um milímetro de tamanho.

Chondrules (grãos) do meteorito de Allende agregados por partículas microscópicas de poeira - Fonte imagem: wikipédia

A equipa de investigação usou uma técnica que permite estudar a orientação e a posição individual das partículas granulares micrométricas que se aglutinaram em torno dos chondrules. Eles descobriram que os grãos revestiram os chondrules num padrão uniforme, o que só poderia ocorrer se esta pequena pedra fosse submetida a choques no espaço, possivelmente durante esses períodos de turbulência.
A equipa também definiu um novo método para quantificar a quantidade de compressão que a rocha tinha experimentado e deduzir a frágil estrutura original da rocha.
Para o Dr. Phil Blan do Departamento de Ciências da Terra e Engenharia do Colégio Imperial de Londres e principal autor do estudo, "O que é interessante nesta abordagem é que nos permite - pela primeira vez - reconstruir de forma quantitativa a história da acreção e impacto dos materiais mais primitivos do Sistema Solar em grande detalhe. O nosso trabalho é mais um passo no processo, ajudando a perceber como se formaram os planetas e luas rochosas que fazem parte do nosso Sistema Solar".
Fonte: Science Daily

domingo, 27 de março de 2011

50º aniversário do primeiro vôo espacial tripulado

Em 12 de abril de 1961, Iuri Gagarin foi o primeiro homem a ver a Terra do espaço, a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta, durante 108 minutos.

Em 12 de Abril de 1961, Iuri Gagarin viu, pela primeira vez, o Planeta azul do espaço - Fonte: wikipédia

Para comemorar o 50º aniversário desta data histórica, o cineasta Christopher Riley, a Agência Espacial Europeia e os tripulantes das Expedições 26 / 27 da Estação Espacial Internacional realizaram um filme "First orbit" (Primeira órbita), sobre o que Gagarin terá visto pela primeira vez há 50 anos.
Através da cúpula da Estação Espacial Internacional, o astronauta Paolo Nespoli captou as imagens da Terra que Gagarin terá observado durante o trajecto que a nave Vostok seguiu no seu vôo histórico. A estação espacial orbita a Terra a cada 90 minutos e nem sempre segue o mesmo caminho que levou Gagarin. No entanto, por vezes, a sua órbita aproxima-se do trajecto da nave Vostok, o que permitiu filmar tanto quanto possível as mesmas paisagens.
O filme "First orbit" utiliza as novas imagens juntamente com as gravações históricas da época sobre Gagarin e uma banda sonora original do compositor Philip Sheppard. Tem estreia global especial no Youtube, em 12 de Abril de 2011. Este é um pequeno trailer do filme:


Mais informações em "First orbit"

Hora do Planeta em imagens

Às 20.30 horas deste sábado, 26 de Março, muitos monumentos e pontos turísticos de diversos países apagaram as luzes, durante uma hora, num gesto simbólico de apoio à luta contra as alterações climáticas. As fotos neste endereço.
Veja também o antes e o depois da "Hora do Planeta" no Brasil e outras partes do mundo

Momento musical

O Músico Michael John Blake faz uma interpretação musical do número irracional Pi, celebrando o Dia do Pi, em 14 de Março de 2011.

sábado, 26 de março de 2011

Actividade solar

Proeminência solar (ampliada) captada pelo SDO em 19/03/2011 - Crédito: NASA

O Observatório Solar Dinâmico captou a erupção desta proeminência solar bem arredondada, em 19 de março de 2011, quando uma proeminência ficou instável e explodiu no espaço com um movimento de torção distinto.
O vídeo mostra o evento solar, em luz ultravioleta extrema, durante um período de cerca de 5 horas.
Proeminências são nuvens de plasma mais frio que pairam acima da superfície do Sol, presas por forças magnéticas.

Circinus, uma galáxia "activa"

Circinus é considerada uma galáxia "activa" - Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA

Imagem da galáxia Circinus observada pelo Telescópio de infravermelho WISE da NASA. O seu núcleo brilha intensamente com luz de cor vermelha. A galáxia Circinus está localizado na constelação de Circinus, a uma distância de 14 milhões de anos-luz. É uma das galáxias mais próximas, no entanto é pouco conhecida, porque é obscurecida pela quantidade de estrelas e poeira do plano da nossa galáxia Via Láctea.
Esta imagem WISE mostra dois braços em espiral, com a forma de um grande "S" verde. Estes braços foram revelados pelos Observatórios Spitzer e WISE da NASA. Os comprimentos de onda da luz infravermelha detectada por estes observatórios perfuram a poeira do plano da Via Láctea, descobrindo aspectos da galáxia Circinus.

Novos artefactos humanos sugerem que as Américas foram povoadas mais cedo

A descoberta de novos artefactos humanos no sítio arqueológico Debra L. Friedkin, no Texas, Estados Unidos, revelou evidências de ocupação humana anterior, à volta de  2.500 anos, à cultura Clóvis, que se acredita ter sido a primeira a povoar as Américas há cerca de 13.000 anos.

Artefactos
Clicar para ver imagens e vídeos da pesquisa e artefactos encontrados

Uma equipe liderada por Michael Waters, da Universidade do Texas A&M, descobriu milhares de peças, cerca de 16.000, onde algumas são ferramentas e outros são lascas de pedra afiada associadas ao fabrico, por exemplo de facas e ferramentas para cortar e raspar. A sua datação por luminescência, mostrou que eles têm entre 13.200 e 15.500 anos, portanto anteriores ao povo Clovis. A técnica por luminescência determina a data dos sedimentos que circundam os artefactos, indicando a última vez que eles estiveram expostos ao Sol. O trabalho vem publicado na revista Science.
De acordo com esta descoberta, muito antes da cultura Clóvis, um grupo de seres humanos terá chegado ao chamado Novo Mundo, depois de atravessar o estreito de Bering vindo da Ásia, e depois ter-se-ia espalhado pela América do Norte, América Central e do Sul.
A Cultura Clóvis é uma cultura pré-histórica da América que surgiu no final da última Idade do Gelo. Chama-se assim por causa dos artefactos encontrados perto da cidade de Clovis (Novo México). O povo de Clóvis era considerado o mais antigo habitante do Novo Mundo.

Vestígios da Cultura Clovis - Fonte: wikipédia

Acreditava-se que os primeiros povos tinham cruzado o Estreito de Bering da Sibéria para o Alasca quando o nível do mar entre os continentes baixara, iniciando assim uma caminhada em direcção ao sul do continente. Contudo, novas evidências têm sido encontradas em vários locais, indicando que a cultura Clóvis pode não ter sido a primeira das Américas.
Para Michael Waters, "Essa descoberta desafia-nos a repensar o início da colonização das Américas. Não há dúvida de que estas ferramentas e as armas são de fabrico humano e datam de cerca de 15.500 anos atrás, fazendo deles os mais antigos artefactos encontrados tanto no Texas e na América do Norte". E, referindo-se à continuação do estudo dos artefactos, "Esses estudos vão ajudar-nos a descobrir de onde vieram essas pessoas, como se adaptaram aos novos ambientes que encontraram, e compreender as origens de grupos posteriores como os Clovis".
Fonte: ÚltimoSegundo / Artigo sobre a investigação

É tempo de ir mais além da Hora do Planeta


Como participar? (em português)

Acção para além da Hora do Planeta

Mais informações em Earth Hour (em inglês)

A Terra vista da Estação Espacial Internacional

Uma bonita imagem da Terra, obtida pela tripulação da Expedição 27 a bordo da Estação Espacial Internacional. Na foto é possível perceber a fina camada da atmosfera. Em primeiro plano está a nave japonesa Kounotori2, acoplada à estação espacial e parte do sistema robótico conhecido por Dextre.
Fonte: NASA

sexta-feira, 25 de março de 2011

Cientistas projectam amenizar o calor no campeonato do Catar


Cientistas da Universidade do Catar apresentaram o projeto de um aparelho que funcionaria como uma "nuvem artificial" e que, comandado por controle remoto, flutuaria sobre os estádios para bloquear o Sol e amenizar o calor previsto nos jogos do Campeonato do Mundo de 2022, a realizar no país. O calor de verão no Catar preocupa a Fifa e a organização do Mundial.
Fonte: ÚltimoSegundo

Hora do planeta 2011, 26 de Março de 2011

A Hora do Planeta começou em 2007 em Sydney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas apagaram as luzes por uma hora para afirmarem a sua posição contra as alterações climáticas. Um ano depois, Hora do Planeta era um movimento global, com a participação de um número de países cada vez maior. Em 2010, um número record de países (128) uniu-se na celebração do nosso planeta.
Em 2011 está prevista uma maior adesão na Hora do Planeta. Com o seu gesto simbólico de apagar as luzes durante uma hora, pretende sensibilizar as pessoas para o seu empenho na luta contra as alterações climáticas que afectam a todos.
O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, na sua mensagem de apoio à Hora do Planeta 2011 afirmou:
"Em todo o mundo indivíduos, comunidades, empresas e governos estão criando novos exemplos para o nosso futuro em comum - uma nova visão para a vida sustentável e novas tecnologias para realizá-lo", disse Ban Ki-moon.
"Amanhã, vamos unir-nos para comemorar esta busca compartilhada para proteger o planeta e assegurar o bem-estar humano. Vamos usar 60 minutos de escuridão para ajudar o mundo a ver a luz. "
Este ano o movimento Hora do Planeta desafia todos a tomar um compromisso que “Vá Para Além Desta Hora”, apelando a que, depois das luzes acesas novamente, cada um ajude a marcar a diferença, contribuindo para um mundo melhor e mais sustentável.


Como participar? (em português)
Mais informações em Earth Hour (em inglês)

Herbívoro pré-histórico, com dentes de sabre, descoberto no Brasil

Foi descoberto no Brasil o fóssil de um animal pré-histórico, que viveu há 260 milhões de anos, um herbívoro mas com caninos semelhantes a dentes de sabre.
Trata-se de uma nova espécie, com o nome científico  Tiarajudens eccentricus, que significa "dente excêntrico de Tiaraju", em homenagem ao lugar onde foi encontrado, o distrito de Tiarajú, em São Gabriel, na região central do Rio Grande do Sul.

(reprodução)
O fóssil foi identificado como pertencendo ao grupo dos terapsídeos e que viveu no Período Permiano, da Era Paleozoica. O animal apresentava uma dentição de herbívoro, com incisivos e molares, mas com os molares implantados no palato e, além disso com grandes dentes de sabre (12 cm).
Segundo o pesquisador Juan Carlos Cisneros, principal autor do artigo publicado na revista Science, o fóssil, com a sua estranha dentição, constitui uma nova espécie para a ciência, sendo o registo mais antigo de um terapsídeo com capacidade de mastigar de forma eficiente os alimentos e também o mais antigo herbívoro com dentes de sabre, talvez utilizados para defesa de predadores, disputa de território e de fêmeas. Neste fóssil há evidência de encaixe perfeito entre os dentes superiores e os inferiores (oclusão dentária), uma característica que se pensava própria dos mamíferos, que surgiram posteriormente.
A habilidade de mastigar do Tiarajudens eccentricus permitiu-lhe processar plantas com grande quantidade de fibra, mais abundantes, e ele pôde expandir-se para novos nichos ecológicos, um primeiro passo em direcção a um ambiente com predomínio de vertebrados herbívoros e um número menor de carnívoros, mais semelhante aos ecossistemas modernos.


Fonte: Estadão

Link relacionado:
Pesquisadores apresentam fóssil marinho de 525 milhões de anos
Science Daily

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pinguins Rockhopper do Norte ameaçados por derramamento de combustível em Tristão da Cunha

Os pinguins Rockhopper do Norte, Eudyptes moseleyi crestatus, do arquipélago de Tristão da Cunha, no Atlântico Sul, encontram-se ameaçados por um derramamento de óleo e combustível, depois do naufrágio de um cargueiro na zona.

Os pinguins Rockhopper do Norte estão classificados como ameaçados de extinção na Lista Vermelha da IUCN - Fonte: wikipédia

As operações de resgaste dos pinguins começaram e já foram recolhidos várias centenas cobertos de óleo. Serão tratados e limpos para depois voltarem ao seu habitat natural, quando as condições o permitirem. As operações de limpeza estão a encontrar algumas dificuldades, dado o isolamento das ilhas.
A Ilha de Tristão da Cunha é a principal do arquipélago, que inclui outras pequenas ilhas entre as quais a Ilha Inacessível, Património Mundial da Humanidade. O arquipélago é administrado pelo Reino Unido.
Mais de 99% dos pinguins Rockhopper do Norte têm o seu habitat no arquipélago de Tristão da Cunha e Ilha Gough, também no sul do Oceano Atlântico.
Um estudo recente sobre a população desta espécie de pinguim, publicado em 2009, mostrou que colónias de reprodução nas ilhas de Tristão da Cunha e Gough perderam mais de um milhão de aves, o que equivale a uma diminuição superior a 90% da sua população em ambas as ilhas. Em Gough esta perda ocorreu em apenas 45 anos.
Não se conhecem as razões do rápido declínio em Gough, mas o pingüim pode sofrer aumento dos níveis de predação, bem como a competição por alimento, devido ao rápido aumento da população da foca Subantarctica "Arctocephalus tropicalis" que tem uma grande colónia de reprodução nessa ilha. Outros factores podem ser o aumento de perturbação e poluição, a introdução de predadores, alimentação reduzida devido à pesca excessiva e alterações climáticas. Os pinguins Rockhopper do Norte estão classificados como ameaçados de extinção na Lista Vermelha da IUCN.
Fonte: ÚltimoSegundo

Remanescente de supernova de Tycho

A Supernova de Tycho, observada pelo Chandra, revelou um padrão de "listas" de raios X, que podem explicar como se produzem os raios cósmicos que bombardeiam a Terra - Crédito: X-ray: NASA/CXC/Rutgers/K.Eriksen et al.; Optical: DSS

A imagem, obtida a partir do Observatório Chandra, dos restos da supernova de Tycho, produzida pela explosão de uma estrela anã branca na nossa galáxia. As zonas a vermelho, de raios X de baixa energia, mostram a expansão dos detritos da explosão de supernova e a azul, raios X de alta energia, mostram a onda de choque, uma concha de electrões extremamente energéticos. Estes raios X de alta energia revelam tabém um padrão de "listas" de raios X que nunca foi observado num remanescente de supernova.
Algumas das mais brilhantes bandas podem ser vistas no lado direito do remanescente, num fundo óptico do Digitized Sky Survey. Essas faixas podem fornecer a primeira evidência directa de que restos de supernova podem acelerar partículas a energias cem vezes superior ao alcançado pelo acelerador de partículas mais poderoso da Terra, o Large Hadron Collider.

Esta imagem do Chandra mostra a área de raios X de maior energia, detectada a partir do remanescente de supernova de Tycho. Estes raios-X mostram a onda de choque em expansão da supernova, uma concha de electrões extremamente energéticos. Na zona ampliada A as listas de raios X são mais brilhantes; em B as listas são mais fracas - Crédito: X-ray: NASA / CXC / Rutgers / K.Eriksen et al

Supõe-se que as listas de raios X são regiões onde a turbulência é maior e os campos magnéticos mais emaranhados do que as áreas circundantes. Os electrões ficam presos nessas regiões e emitem raios X enquanto se movimentam em redor das linhas do campo magnético.
Estes resultados poderiam explicar como se produzem os  raios cósmicos, partículas altamente energéticas que bombardeiam a Terra, e fornecer suporte para uma teoria sobre como os campos magnéticos podem ser dramaticamente amplificados em tais ondas de choque.
O remanescente de supernova de Tycho deve o seu nome ao famoso astrónomo dinamarquês Tycho Brahe, que registou ter visto a supernova em 1572. Está localizada na Via Láctea, a cerca de 13.000 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopeia. Devido à sua proximidade e brilho intrínseco, a supernova era tão brilhante que podia ser vista durante o dia a olho nu.
Fonte: NASA

Cavalo recebe prótese numa pata


Nos Estados Unidos, um pequeno cavalo chamado Midnite, que nasceu sem parte de uma pata traseira recebeu uma prótese humana adaptada. Agora já pode correr. O animal, de quatro anos, foi retirado ao antigo dono que o maltratava.
Fonte: ÚltimoSegundo

Dinossáurios de pescoço comprido eram como aspiradores antigos

Um estudo de cientistas britânicos sugere que os dinossáurios saurópodes evoluiram os seus pescoços longos para colher alimentos em grandes áreas com o mínimo de esforço.

Brachiosaurus, saurópode do Jurássico - Fonte: wikipédia

Os cientistas comparam os dinossáurios de pescoço longo aos aspiradores de pó mais antigos, máquinas pesadas que eram colocadas na parte mais central da sala e a mangueira comprida permitia aspirar o pó à sua volta, numa área grande sem ter que deslocar o aspirador, numa economia de esforço.
Segundo o relatório publicado na revista Biology Letters, o longo pescoço dos saurópodes gigantes do período Jurássico permitia aos animais alimentar-se em grandes áreas sem ter que gastar energia movendo os seus corpos pesados.
Os cálculos efectuados pelo Prof Graeme Ruxton, na Universidade de Glasgow e Dr. David Wilkinson, na Universidade de John Mooresem, em Liverpool, mostram que um brachiosaurus de 25 toneladas utilizava 80% menos energia ao procurar comida com um pescoço de nove metros do que se tivésse seis metros.
Com um pescoço de 6 metros, o Brachiosaurus só poderia ter alcançado o alimento imediatamente abaixo ou acima dele e teria que deslocar-se para conseguir mais, mas um pescoço mais comprido deu-lhe a capacidade de atingir as plantas mais longe sem se mover.
O pescoço longo e esguio apenas podia suportar uma cabeça pequena e leve, por isso os saurópodes mal mastigavam as plantas antes de as engolir, tendo digestões mais demoradas no estômago.
No entanto, os cientistas acrescentam que os benefícios de um pescoço longo rapidamente desaparecem se ele crescer muito.
Os saurópodes incluem muitos dos mais conhecidos animais pré-históricos, como o Diplodocus e o Apatosaurus - o dinossauro conhecido anteriormente como brontossauro. Alguns saurópodes tinham mais de 40 metros de comprimento do focinho à cauda e pesavam mais de 100 toneladas.
Fonte:
Guardian

quarta-feira, 23 de março de 2011

A nebulosa vermelha quadrangular

MWC922 possivelmente resulta de uma explosão supernova - Crédito: Peter Tuthill (Sydney U.) & James Lloyd (Cornell)

O sistema estelar quente MWC922 parece estar incorporado numa nebulosa de forma quadrangular. A imagem, em infravermelho, foi obtida a partir do Telescópio Hale de Monte Palomar, na Califórnia , e o Telescópio Keck-2, em Mauna Kea, no Havaí.
A principal explicação para a forma quadrada desta nebulosa diz que a estrela central ou estrelas de alguma forma expeliram um cone de gás durante uma fase final de desenvolvimento. Para MWC 922 , estes cones formaram-se quase em ângulo recto e são vistos de lado. Esta hipótese do cone tem por base os raios dispostos radialmente na imagem e que devem estender-se ao longo das paredes do cone. Os investigadores especulam que os cones vistos de outro ângulo, deviam parecer semelhantes aos gigantescos anéis da supernova 1987A, possivelmente indicando que, um dia, uma estrela em MWC 922 explodiu numa supernova análoga.
Fonte: APOD

A ave selvagem mais antiga conhecida sobreviveu ao tsunami

Um albatroz Laysan, chamado Wisdom (Sabedoria), com mais de 60 anos de idade e considerada a ave selvagem mais antiga dos Estados Unidos, sobreviveu ao tsunami que atingiu o seu ninho, no Atol de Midway, no Pacífico, após o grande terramoto no Japão. A ave e a cria foram vistos na Ilha Sand (Areia), uma das ilhas que constituem o atol, cerca de uma semana após o tsunami.

Wisdom alimentando a cria após o tsunami - Crédito: Pete Leary/U.S. Fish and Wildlife Service

O Refúgio Nacional de Vida Selvagem de Midway é conhecido pela sua população de albatrozes Laysan, embora seja apenas uma das 23 espécies de aves marinhas que aí nidificam, num total de cerca de 3 milhões de aves, para além de outras espécies. O atol fica situado a noroeste das Ilhas do Havai e pertence aos Estados Unidos.
Midway foi atingido por ondas de cerca de 1,5 metros de altura depois do terramoto, matando dezenas de milhares de crias de albatrozes Laysan e cerca de 2.000 adultos. As perdas noutras espécies ainda não foram contabilizadas.
Os albatrozes Laysan ( immutabilis Phoebastria ) passam metade do ano no mar e voltam a terra apenas para procriar. O tsunami surgiu na época de criação dos filhotes para esta espécie. Wisdom e a sua cria tiveram sorte.
Galeria de imagens do atol depois do tsunami
Fonte: ourAmazingplanet

Drama humano no Japão


Em Minasoma, a 25 Km da central nuclear de Fukushima, na zona de exclusão nuclear do Japão, as ruas estão vazias.
Quase 270 mil pessoas já foram forçadas a deixar as suas casas devido ao risco de contaminação nuclear. Mais de 100 mil antigos moradores estão abrigados em locais de emergência noutras cidades japonesas.
Há dificuldades na alimentação, o governo japonês impôs restrições na distribuição e consumo de alguns alimentos das áreas afectadas pela fuga radioactiva da central nuclear de Fukushima.
Fonte: ÚltimoSegundo

Sistema binário de anãs castanhas muito frias

A componente CFBDSIR 1458+10B (a mais pequena ao fundo da figura) do sistema duplo, é a anã castanha mais fria que se conhece, temperatura cerca de 100º Celsius - Crédito: ESO/L. Calçada

Observações com o Very Large Telescope da ESO e dois outros telescópios permitiram descobrir o sistema binário de anãs castanhas mais frio encontrado até agora, designado por CFBDSIR 1458+10, situado a apenas 75 anos-luz da Terra. Além disso, também se verificou que uma das componentes do sistema, CFBDSIR 1458+10B, ainda era mais fria. As medições da sua temperatura mostraram que era cerca de 100ºC - o ponto de ebulição da água.
O sistema duplo CFBDSIR 1458+10 é formado pelas componentes conhecidas como CFBDSIR 1458+10A e CFBDSIR 1458+10B, sendo esta última a mais ténue e fria das duas (a mais pequena ao fundo da figura). Parecem orbitar em torno uma da outra com uma separação de cerca de três vezes a distância entre a Terra e o Sol e um período de cerca de trinta anos. As duas componentes são aproximadamente do mesmo tamanho que o planeta Júpiter.
As anãs castanhas são essencialmente estrelas que não terminaram o processo normal de evolução de uma estrela: não possuem massa em quantidade suficiente para que a gravidade dê origem às reações nucleares que fazem as estrelas brilhar.
De acordo com Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Hawaii, investigador e autor principal do artigo publicado “A tais temperaturas esperamos que a anã castanha tenha propriedades diferentes das anãs castanhas conhecidas e mais próximas das de exoplanetas gigantes - poderia inclusivamente possuir nuvens de água na sua atmosfera". “De facto, assim que começarmos a obter, num futuro próximo, imagens de planetas gasosos gigantes em torno de estrelas semelhantes ao Sol, penso que muitos deles se parecerão com CFBDSIR 1458+10B”.
Fonte: ESO

Aurora boreal ou luzes do norte

Sorgjerd Terje, fotógrafo da Noruega, captou um grande espectáculo de luzes de auroras boreais em Kirkenes e Pas National Park, na fronteira com a Rússia (70ºN e 30ºE, com temperaturas a -25ºC). A música é a trilha sonora de Gladiador "Now we are free". Clicar na imagem para ver

Aurora Boreal
Aurora boreal no Alasca - Fonte: wikipédia

terça-feira, 22 de março de 2011

Duplo espectáculo de luzes das Auroras de Saturno

Auroras de Saturno - Crédito: NASA / ESA / STScI / Universidade de Leicester

Imagem única de Saturno obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA, com os anéis quase de perfil e onde são bem visíveis ambos os pólos com as suas auroras esvoaçantes.
As auroras de Saturno são criadas pela interação do vento solar com o campo magnético do planeta, e são semelhantes às auroras boreal e austral da Terra. A foto foi tirada no início de 2009, quando Saturno se aproximava do seu equinócio por isso ambos os pólos estavam igualmente iluminados pelo Sol.
Embora possa parecer que o espectáculo de luzes das auroras de Saturno é simétrico nos dois pólos, na realidade existem diferenças subtis entre as auroras norte e sul, que revelam informações importantes sobre o campo magnético de Saturno. A aurora oval do norte é um pouco menor e mais intensa que a do sul, implicando que o campo magnético de Saturno não está igualmente distribuído por todo o planeta, é um pouco irregular e mais forte no norte do que no sul.
Fonte: NASA

Paisagem vulcânica

Caldeiras nas Sete Cidades, S. Miguel, Açores

Cones vulcânicos, fumarolas e caldeiras moldam a paisagem de S. Miguel, nos Açores. A destruição e/ou afundamento de algumas crateras originou as caldeiras, actualmente ocupadas por lagoas de águas azuis e verdes, espelhos de água do azul do céu ou do verde da maravilhosa e diversificada flora que recobre toda a ilha, por isso conhecida como a "Ilha Verde".

S. Miguel Açores - Ilha Verde

Toda esta explosão de vida está intimamente ligada à origem vulcânica da ilha. É sabido que os solos de origem vulcânica são muito férteis. Este verde abriga também uma fauna muito rica e própria.
No entanto nem sempre foi assim. A paisagem revela um início muito violento e destruidor, mas que também pode ter beleza, como nos mostram as fantásticas fotografias da cratera do Nyiragongo, na região dos Grandes Lagos da África, do fotógrafo Olivier Grunewald.