terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Estudo conclui que pastilhas e adesivos para substituir a nicotina não funcionam a longo prazo

Deixar de fumar depende mais da vontade e do ambiente social dos fumadores

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard concluiu que deixar de fumar depende mais da vontade e do ambiente social dos fumadores do que dos produtos habitualmente usados para ajudar no processo, como pastilhas ou adesivos de nicotina, que perdem o efeito com o tempo.
O estudo, publicado nesta segunda-feira no Tobacco Control, teve início em 2001 com uma amostra representativa de 1916 adultos, dos quais 787 tinham acabado de deixar de fumar.
Os investigadores verificaram que cerca de um terço das pessoas que estavam a tentar deixar de fumar recaíam, independentemente de usarem ou não pastilhas ou adesivos, com ou sem acompanhamento médico.
Para Gregory Connolly, director do Centro para o Controlo Global de Tabaco, da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, as pastilhas e adesivos podem ajudar a deixar de fumar, mas perdem o efeito ao longo do tempo, não previnem recaídas.
Para os investigadores, "a motivação pessoal, o apoio de família e amigos e as regras aplicadas no local de trabalho são muito importantes no processo, assim como campanhas mediáticas, aumentos de impostos sobre o tabaco e leis para a proibição de fumar em certos locais".
Luís Rebelo, da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, desvaloriza as conclusões do estudo e considera que "estes medicamentios têm de ser adaptados às pessoas e às suas características" para serem eficazes. Como são de venda livre, as pessoas podem ser “mal orientadas" e tomam doses mais baixas de nicotina do que deveriam e, assim, não conseguem os resultados esperados.
Informações mais detalhadas em Público.pt

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