terça-feira, 31 de julho de 2012

Animais olímpicos: urso-polar, campeão de natação em água gelada

O urso-polar é um excelente nadador - Fonte: wikipédia

Embora sendo animais terrestres, os ursos-polares (Ursus maritimus) podem considerar-se verdadeiros campeões de natação, capazes de manter um ritmo de 9,9 Km/h em águas frias geladas, usando as patas dianteiras como remos e as patas traseiras funcionando como leme.
Eles dependem da sua capacidade de nadar na procura de alimento. Os ursos-polares são muito resistentes, nadando longas distâncias durante várias horas. Foram seguidos alguns que nadaram sem parar centenas de quilómetros, uma maratona na água.
A maior parte da sua vida é passada na água ou no gelo do mar, onde caçam. O degelo provocado pelo aquecimento global constitui, por isso, uma séria ameaça para a espécie, que pode não conseguir sobreviver se as temperaturas do planeta continuarem a subir.

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Animais Olímpicos

Aranha lança-redes é filmada a caçar na natureza


Uma equipa de filmagem conseguiu gravar a técnica de caça de uma aranha lança-redes, da família Deinopida. Estas aranhas caçam através de emboscada, e usam uma combinação de toque e visão bem desenvolvida para sentir a presa. Encontram-se nas regiões tropicais e subtropicais do mundo.
O vídeo, em câmara lenta, mostra uma aranha da espécie lançando a sua teia e capturando um grilo, numa floresta da América Central.
A equipa, que se encontrava a filmar para uma nova série sobre a natureza (The Dark: Nature's Nighttime World.), acredita que é a primeira vez que uma aranha lança-redes é filmada a caçar no estado selvagem e, para isso, teve que esperar cinco horas com a câmara apontada para a aranha.
Mais informações em ÚltimoSegndo e BBC nature

Explosão de fitoplâncton "comedor" de carbono no Mar Negro

Explosão de fitoplâncton no Mar Negro, provavelmente de cocolitóforos, algas unicelulares que participam no ciclo de vida do carbono (retiram-no da atmosfera), ajudando a estabelizar o clima na Terra - Crédito: NASA/Earth Observatory/Norman Kuring

A imagem mostra uma explosão de fitoplâncton microscópico no Mar Negro, revelada pela cor ciano claro da sua superfície. Estas algas unicelulares são, provavelmente, cocolitóforos, um dos tipos de organismos da Terra responsáveis pela extracção de carbono. Os cocolitóforos removem, constantemente, o dióxido de carbono da atmosfera, enviando-o lentamente até ao fundo do mar, o que ajuda a estabilizar o clima da Terra.
A imagem foi captada pelo satélite Aqua da NASA, em 15 de Julho de 2012 e foi rodada de modo a ficar o norte para a direita. Segundo Norman Kuring, do Goddard Space Flight Center da NASA, pode ser a alga da espécie Emiliania huxleyi, mas não é possivel ter a certeza sem uma análise da água.

Emissão de raios X a partir dos restos de uma supernova recente

Galáxia M83 vista pelo Observatório de raios X Chandra, da NASA. As cores vermelho, verde e azul, mostram energias de raios X baixas, médias e altas, respectivamente. A seta indica a localização da emissão de raios X pelo remanescente da supernova SN 1957D - Crédito: NASA/CXC/STScI/K.Long et al., Optical: NASA/STScI

Nova imagem de M83, obtida pelo Observatório de raios X Chandra, da NASA, em 2010 e 2011, uma das observações em raios X mais profundas de uma galáxia espiral para além da nossa. A visão mostra as energias de raios X baixas, médias e altas observadas pelo Chandra, representadas a vermelho, verde e azul, respectivamente.
Esta observação, resultante de uma exposição durante quase oito dias e meio, em 2010 e 2011, revelou pela primeira vez a emissão de raios X a partir dos destroços da explosão de uma supernova observada em 1957, nomeada SN 1957D, porque foi a quarta supernova descoberta nesse ano.
O remanescente da supernova encontra-se localizado na borda interna do braço espiral (assinalada por seta na imagem), um pouco acima do centro da galáxia M83, a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra.
A análise dos níveis de energia dos raios X, provenientes de SN 1957D, sugere que a estrela que foi destruída na supernova agora é uma estrela de neutrões ou pulsar, uma estrela que gira rapidamente, muito densa e que se formou por colapso do núcleo dessa estrela que explodiu. Além disso, este pulsar pode estar a produzir um casulo de partículas carregadas movendo-se rapidamente à sua volta, como uma nebulosa de vento de pulsar.
De acordo com os cientistas, se esta interpretação for confirmada, o pulsar em SN 1957D está a ser observado com uma idade de 55 anos, um dos mais novos pulsares conhecidos.
Fonte: NASA e Observatório Chandra

Messier 68 visto pelo Hubble

Messier 68 observado pelo Telescópio Espacial Hubble, em luz visível e infravermelha. Messier 68 está localizado a cerca de 33 000 anos-luz da Terra, na constelação de Hidra. O astrónomo francês Charles Messier classificou o objecto como a 68ª entrada no seu famoso catálogo, em 1780 - Crédito: ESA/Hubble & NASA

O Telescópio Espacial Hubble oferece esta visão magnífica de Messier 68, um aglomerado globular de estrelas brilhantes como jóias.
As centenas de milhares ou mesmo milhões de estrelas dos aglomerados, nestas regiões esféricas do espaço, mantêm-se unidas por atracção gravitacional mútua, podendo permanecer juntas durante muitos biliões de anos.
Medições das idades de estrelas de aglomerados globulares indicam que elas se encontram entre as mais antigas do universo, com mais de 10 biliões de anos.
Análises da sua luz revelaram que elas têm menos elementos pesados, como carbono, oxigénio e ferro, do que estrelas como o Sol. Dado que são as sucessivas gerações de estrelas que criam, gradualmente, estes elementos através da fusão nuclear, as estrelas destes aglomerados com um número menor deles são relíquias de épocas mais primitivas do Universo.
À volta da nossa galáxia Via Láctea existem mais de 150 destes aglomerados, embora nem todos tão grandes como Messier 68, que se setende por um diâmetro um pouco maior que cem anos-luz. O disco da Via Láctea, por sua vez, estende-se ao longo de cerca de 100 000-luz anos ou mais.
Fonte: ESA

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Animais olímpicos: o rinoceronte compete na esgrima

Rinoceronte-branco - Fonte: wikipédia

Os rinocerontes usam o chifres para se defenderem dos predadores, nas lutas uns com os outros na conquista das fémeas e para escavar procurando água e comida.
No entanto, para o ser humano o chifre é apenas uma mercadoria cobiçada na medicina tradicional asiática e como amuleto no Oriente Médio. Muitas populações de rinocerontes asiáticos e africanos têm sofrido um sério declínio devido à sua caça ilegal, por vezes, por acção do crime organizado.
Numa tentativa para salvar os rinocerontes, que estão entre as espécies mais ameaçadas, a pedido da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e outras organizações conservacionistas, o Presidente da Indonésia declarou este ano de 2012 como o Ano Internacional do Rinoceronte.

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Animais olímpicos

Tempo espacial: Sol produz erupção de intensidade média

Em 28 de Julho de 2012, o Sol produziu uma explosão de radiação de nível médio, classificada como M6.2. A erupção é visível na parte inferior do lado esquerdo, vinda da região activa no Sol AR 1532. A imagem foi captada pelo Observatório Solar Dinâmico (SDO), da NASA, no comprimento de onda de131 Angstrom (em tons de verde) -  Crédito: NASA / SDO

A nossa estrela produziu mais uma erupção de energia classificada de nível médio, M6.2, sábado (28 de Julho de 2012). A radiação teve origem na região activa do Sol AR 1532, visível na parte inferior do lado esquerdo.
A erupção foi acompanhada por uma ejecção de massa coronal (CME) que poderá atingir o campo magnético terrestre, em 31 de Julho, de acordo com os analistas do Laboratório do Clima Espacial (Goddard Space Weather Lab). No entanto o impacto deverá ser fraco, atendendo a que é uma CME lenta e não está directamente dirigida à Terra. Estima-se que a velocidade da nuvem de partículas seja de 382Km/s.

Faltam seis dias para que o robô Curiosity chegue a Marte

Ilustração da aproximação da missão Mars Science Laboratory (MSL), depois de terminada a sua fase de cruzeiro, 10 minutos antes de entrar na atmosfera de Marte. O robô Curiosity viaja protegido dentro da concha da sonda espacial - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Faltam apenas seis dias para que a missão Mars Science Laboratory (MSL), da NASA, atinja Marte. O veículo espacial transporta o robô Curiosity, programado para pousar no planeta vermelho pelas 10:30 horas pm PDT, em 5 de Agosto (01:30 EDT, em 6 Agosto, 05:30 GMT).
Se tudo decorrer como previsto, depois do pouso o robô vai realizar uma missão científica de dois anos, investigando se a área já teve condições ambientais favoráveis ​à vida, para estudar a habitabilidade, clima e geologia de Marte e colher dados para futuras missões humanas ao planeta.
A chegada e pouso do robô vão ser acompanhados por três naves espaciais que, actualmente, orbitam o planeta, e que vão transmitir dados essenciais do acontecimento: a Mars Odyssey e a Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, e a Mars Express, da ESA.
Curiosity vai pousar na cratera marciana Gale, perto da base do Monte Sharp, localizado perto do centro dessa bacia de impacto. Aqui, vai procurar pistas da actividade de água no passado da região. A montanha apresenta várias camadas de rocha que, provavelmente, preservam diferentes condições ambientais existentes há milhões de anos atrás.

domingo, 29 de julho de 2012

Nave de carga russa liga-se à ISS na segunda tentativa

A nave espacial russa não tripulada Progress 47 aproxima-se da Estação Espacial Internacional, em 28 de Julho de 2012, uma segunda tentativa de aproximação para testar o novo sistema de acoplagem automática - Crédito: NASA TV

A nave espacial de carga Progress 47 conseguiu acoplar à Estação Espacial Internacional, na segunda tentativa para testar o novo sistema de acoplagem no espaço, realizada ontem (28 de Julho) (ver vídeo).
Em 23 de Julho, houve uma tentativa inicial de aproximação da nave à ISS, mas falhou devido a um problema no novo sistema. A nave foi mantida a uma distância segura da estação, até ser resolvida a causa do fracasso.
A nave russa, carregada com lixo da estação orbital, está a ser usada para testar um sistema de encaixe actualizado - uma versão atualizada do sistema Kurs-NA que foi integrado nas naves russas há anos - projectado para facilitar futuras escalas automatizadas no segmento russo do laboratório orbital. A Rússia pretende usar o novo sistema nas futuras naves não tripuladas Progress e veículos tripulados Soyuz.
A Progress 47 será desencaixada definitivamente em 30 de Julho e vai permanecer nas proximidades da estação orbital para uma série de testes feitos por controladores a partir de terra, antes de ser destruída sobre o Oceano Pacífico no final de Agosto.
Outra nave de carga russa, Progress 48, deverá ser lançada em 1 de Agosto a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, trazendo mais abastecimentos para a tripulação da estação espacial.
Fonte: NASA

Biodiversidade de Bragança

Num breve passeio pelo campo, encontrei alguns "pequenotes", companheiros de viagem na nave Terra através do Universo.

Percevejo-das-riscas (Graphosoma lineatum) sobre flor de funcho ou erva-doce (vulgarmente conhecido por fiolho) (Foeniculum vulgare).

sábado, 28 de julho de 2012

Animais olímpicos: peixe-arqueiro, campeão de tiro ao alvo

Peixe-arqueiro caçando com jacto de água certeiro (reprodução)

O sul-coreano Im Dong Hyun estabeleceu o primeiro recorde do mundo dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, na prova individual masculina de tiro com arco. A marca mundial foi superada algumas horas antes da cerimónia de abertura oficial dos Jogos, sexta-feira (27).
A natureza também tem os seus campeões de tiro, embora sem arco. Os peixes-arqueiro, da família Toxotidae, desenvolverm uma estratégia extraordinária para capturar os insectos de que se alimentam.
Apesar da refracção, eles são capazes de fazer pontaria com precisão às suas presas, nos ramos fora de água, disparando com a boca especializada um poderoso jacto de água, quase sempre certeiro e que pode ir até dois metros ou mais. O insecto cai na água onde é facilmente apanhado (ver peixes-arqueiro praticando tiro).

Chuva de meteoros Delta-Aquarideos este fim-de-semana

Mapa celeste em 29 de Julho de 2012, pelas 2 horas, em Bragança (Portugal)

Este fim-de-semana a chuva de meteoros Delta-Aquarideos tem o seu máximo. No entanto, os especialistas não esperam um grande espectáculo, com o céu iluminado pelo nosso satélite a quatro dias da lua cheia.
A chuva Delta-Aquarideos terá o seu pico durante a noite de sábado (28) para domingo (29), com cerca de 16 meteoros por hora, num céu escuro. É visível em todo o planeta, embora os observadores do Hemisfério Sul estejam melhor posicionados, porque os meteoros parecem irradiar a partir do sul, com origem perto da brilhante estrela Delta Aquarii (de nome tradicional Skat), na constelação de Aquário, daí o seu nome.
Embora não tenham a certeza, os cientistas pensam que estes meteoros se formam porque a Terra está a passar pelo rastro de detritos deixados, provavelmente, pelo cometa 96P/Machholz, descoberto pelo astrónomo amador Don Machholz, em 1986.
A chuva de meteoros, também conhecida por "chuva de estrelas" resulta da combustão das partículas deixadas pelo cometa quando atingem a atmosfera terrestre, o que permite ver no céu nocturno a sua trajectória iluminada, durante alguns instantes.
Brevemente, na noite de 12 para 13 de Agosto, haverá outra chuva de meteoros, as Perseidas, que os astrónomos consideram ser a mais espectacular deste ano.
Mais informações em Space.com

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Animais olímpicos: macaco patas, o corredor mais rápido entre os primatas

Macaco patas (Erythrocebus patas) - Fonte: wikipédia

Periodicamente, os seres humanos mostram as suas capacidades atléticas nos Jogos Olímpicos, competindo uns com os outros, em cada modalidade, para ganhar a medalha de ouro.
Na natureza, os animais também têm as suas Olimpíadas, onde eles competem diariamente por um prémio precioso, a sobrevivência. Cada espécie desenvolveu 'habilidades atléticas' para ser bem sucedida no seu ambiente.
Os macacos patas (Erythrocebus patas) são considerados os primatas mais rápidos na Terra. Com os seus corpos delgados e membros longos, podem atingir velocidades máximas de 55 km/h, enquanto os melhores campeões olímpicos de 100 metros ficam bem abaixo dos 40Km/h.
No entanto, estes nossos parentes campeões não correm por uma medalha de ouro, mas para sobreviver na natureza. Vivendo no chão, os seus sprints são essenciais para enganar predadores como leões e hienas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Luzes de Londres, a cidade olímpica, vistas do espaço


A imagem mostra Londres na metade sul da Grã-Bretanha, tal como foi observada na noite de 27 de Março de 2012, captada pelo satélite Suomi NPP, da NASA. A cidade recebe os Jogos Olímpicos de 2012, a XXX Olimpíada com abertura oficial em 27 de Julho de 2012.
Na imagem também se pode ver, entre outros, a ilha da Irlanda (à esquerda) e França em baixo, com a capital,Paris, assinalada pela maior mancha luminosa.
Crédito imagem: NASA/Earth Observatory/Jesse Allen/Robert Simmon

As estrelas mais brilhantes vivem em pares, e muitas delas são vampiras

Com a ajuda do Very Large Telescope do ESO (VLT), astrónomos mostraram que as estrelas mais quentes e mais brilhantes, conhecidas como estrelas do tipo O, vivem geralmente em pares próximos. Muitos destes binários transferem matéria de uma estrela para outra, num tipo de vampirismo estelar ilustrado na imagem, com a estrela vampira (a mais pequena) à esquerda e a sua vítima à direita - Crédito: ESO/L. Calçada/S.E. de Mink

Um novo estudo, que utilizou o Very Large Telescope do ESO (VLT), mostrou que quase três quartos das estrelas mais quentes, mais brilhantes e de elevada massa, conhecidas como estrelas do tipo O, têm uma companheira próxima, uma proporção mais elevada do que a suposta até agora.
Além disso, os cientistas descobriram que muitos destes binários interagem de modo violento, havendo, por exemplo, transferência de massa de uma estrela para a outra, as chamadas estrelas vampiras. Pensa-se que cerca de um terço destes pares acabará por se fundir, formando uma única estrela.
Uma equipa internacional utilizou o VLT para estudar estrelas do tipo O, que apresentam temperaturas, massas e luminosidades muito elevadas. São estrelas com vidas curtas e violentas, desempenhando um papel fundamental na evolução das galáxias. Estão também ligadas a fenómenos extremos, como às "estrelas vampiras" - onde a estrela mais pequena chupa a matéria da superfície da companheira maior - e explosões de raios gama.
As estrelas do tipo O podem ter 15 ou mais vezes a massa do nosso Sol e serem até um milhão de vezes mais brilhantes. São tão quentes que brilham com uma luz azul-esbranquiçada, com temperaturas à superfície superiores a 30 000 graus Celsius.

Biodiversidade está a diminuir nas áreas protegidas tropicais

A rã-de-olhos-vermelhos (Agalychnis callidryas) é uma espécie de rã arborícola, nativa das florestas tropicais da América Central - Fonte: wikipédia

Um novo estudo sugeriu que a biodiversidade de metade das áreas tropicais protegidas está ameaçada, o que é preocupante, pois muitas áreas protegidas constituem o último refúgio para algumas espécies ameaçadas e ecossistemas naturais.
No estudo publicado na revista científica Nature, os especialistas estudaram mais de 30 categorias diferentes de espécies - desde árvores e borboletas a primatas e grandes predadores - dentro de 60 áreas protegidas em 36 países tropicais na África, Ásia e América do Sul. Para isso, entrevistaram 262 biólogos que trabalham nestas reservas, questionando sobre indicadores que pudessem medir a saúde da reserva.
Os resultados revelam que as áreas protegidas e os seus ambientes circundantes estão intimamente relacionados e que, para garantir a conservação de espécies na reserva, é preciso também preservar o que está à sua volta.
Muitas áreas protegidas nos trópicos estão vulneráveis ​​à invasão humana e ambiental. Os autores dizem que a perturbação florestal, a caça e exploração de madeira são grandes causas do declínio da biodiversidade.
A situação deteriorou-se rapidamente, especialmente nas reservas africanas, mas também é preocupante em muitas partes das florestas amazónicas da América Central.
Entre os animais mais ameaçados estão predadores, como jaguares e tigres, e mamíferos grandes, como elefantes e rinocerontes.

Campanha a favor do Lobo-ibérico na internet

Lobo-ibérico (Canis lupus signatus), subespécie ameaçada da Península Ibérica - Fonte: wikipédia

Agora também já pode ajudar a preservar o lobo-ibérico na internet, através de uma nova plataforma portuguesa, a Naturfunding, que acolhe projectos de crowdfunding ligados a temas ambientais.
A organização ambientalista Grupo Lobo, associação para a conservação do Lobo-ibérico e do seu ecossistema, promove uma campanha online solicitando apoio para aquisição dos terrenos onde tem estado localizado o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI), nos últimos 25 anos, em Gradil, concelho de Mafra.
Apesar do extraordinário trabalho realizado em prol da conservação do Lobo-Ibérico, se a organização não conseguir adquirir os terrenos que o CRLI ocupa, o centro terá que fechar e sair do local - por exigência do proprietário - colocando mais em risco a espécie, já tão ameaçada.
A iniciativa estará disponível até 28 de Setembro para conseguir os 206.134 euros necessários para a compra dos terrenos. Só é preciso registar-se no site do Indiegogo e começar a ajudar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Guardas do parque de Virunga tentam salvar gorilas ameaçados pela guerra civil no Comgo

Cria de gorila de montanha (Gorilla beringei beringei) de Virunga - Fonte: wikipédia

Os guardas do Parque Nacional de Virunga, no leste da República Democrática do Congo, vão procurar as seis famílias de gorilas de que não têm informação, desde o início do conflito entre as forças do governo e rebeldes da região.
Autoridades e rebeldes do "Movimento de 23 de Março" autorizaram a passagem dos guardas pelas zonas do conflito, para localizar os únicos gorilas de montanha do Congo, em colaboração com a população local, e tentar protegê-los dos caçadores activos no parque. É considerado um trabalho de alto risco, que já matou 130 guardas em serviço, nos últimos 15 anos (ver vídeo sobre o seu trabalho).

Satélites detectam grande extensão de degelo superficial na Gronelândia

Entre 8 e 12 de Julho de 2012,  a área com degelo passou de 40% do total da superfície da capa de gelo da Gronelândia para 97%, de acordo com medições de satélites. Na imagem, as áreas rosa claro correspondem aos locais onde, pelo menos, um satélite detectou fusão de superfície. As áreas rosa mais escuro correspondem aos locais onde dois ou três satélites detectaram degelo de superfície - Crédito: Nicolo E. DiGirolamo, SSAI / GSFC NASA, e Jesse Allen, NASA Earth Observatory

A maior parte da camada de gelo que cobre a Gronelândia derreteu neste mês de Julho, o maior degelo de superfície registado em 30 anos de observações de satélite.
De acordo com informações da NASA, a capa de gelo que cobre a Gronelândia sofreu algum tipo de degelo à superfície, como mostram as medições de três satélites diferentes, segundo as quais o degelo foi particularmente rápido entre os dias 8 e 12 de Julho.
Em média, cerca de metade da superfície da capa gelada da Gronelândia derrete durante os meses de Verão. Enquanto nos pontos mais elevados a água volta rapidamente a congelar, perto da costa alguma da água é retida pelo gelo e o resto perde-se no oceano. Mas este ano, a velocidade e a extensão do degelo surpreendeu os cientistas.
Durante os quatro dias, a área com degelo passou de 40% do total da superfície da camada de gelo para 97%, o que significa que quase toda a camada sofreu algum derretimento, desde as suas bordas costeiras mais finas até à camada grossa do centro, com mais de dois quilómetros de espessura.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ilha de gelo que se libertou do glaciar Petermann, da Gronelândia

Grande iceberg originado a partir do glaciar de Petermann, observado pelo satélite Terra da NASA. A imagem foi rodada e o norte está para a direita. Há fissuras superficiais semelhantes tanto no glaciar Petermann como na ilha de gelo recentemente formada - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jesse Allen/Robert Simmon

Imagens do satélite Aqua da NASA, captadas em 16 e 17 de Julho de 2012, mostram que o grande glaciar Petermann, da Gronelândia, mais uma vez se quebrou formando um grande icebeg que se soltou e é visto descendo o fiorde em direcção ao mar.
A nova imagem captada pelo satélite Terra da NASA, em 21 de Julho, revela que o iceberg ocupa uma área de 32,3 quilómetros quadrados e continua a progredir no fiorde, dirigindo-se para o mar.
O Glaciar de Petermann está localizado no noroeste da Gronelândia e termina numa plataforma gigante de gelo flutuante no Oceano Árctico. Em 2010, este glaciar deu origem a um iceberg gigantesco, com cerca de 251 quilómetros quadrados. O iceberg que agora se formou é menor e libertou-se mais a montante no glaciar, ao longo de uma fenda que apareceu em imagens de satélite em 2001.
Segundo especialistas, a separação do iceberg está mais associada a correntes oceânicas do que ao degelo de superfície causado por alterações climáticas.
Fonte: NASA/Earth Observatory

Nave de carga russa falhou acoplagem automática na Estação Espacial Internacional

A nave russa Progress 47 está a ser usada para testar um novo sistema de aproximação e acoplamento na ISS, mas a primeira tentativa de encaixe falhou e não se conhecem as causas - Crédito: NASA TV

Uma nave espacial de carga russa não conseguiu encaixar na Estação Espacial Internacional devido a uma aparente falha num novo sistema de acoplagem, segundo informação divulgada pela NASA.
A nave de reabastecimento Progress 47 estava a testar o novo sistema russo de aproximação e acoplagem automática Kurs-NA, que facilitará futuros encontros das naves russas com a estação orbital, mas falhou.
A nave, que já estava na estação orbital, foi desencaixada no domingo (22 de Julho) e esperava-se que pudésse acoplar novamente no segmento russo da estação espacial, nesta terça-feira (24 de Julho). Uma nova tentativa de aproximação da Progress 47 será feita depois da chegada da nave de carga japonesa, o H-2 Transfer Vehicle 3, sexta-feira(27 de Julho).
Entretanfo, a nave Progress 47 foi desviada para uma distância segura da ISS, a 1,8 milhas, onde aguarda a repetição das manobras de acoplagem, sábado ou domingo.
A nave Progress 47, carregada com abastecimentos, foi lançada para a ISS em 20 de Abril. O seu regresso à Terra estava programado para 30 de Julho, queimando na atmosfera terrestre sobre o Oceano Pacífico. Em 1 de Agosto de 2012, outra nave de abastecimento, Progress 48, deverá ser lançada em direcção à ISS, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Fonte: NASA

Morreu Sally Ride, a primeira mulher americana a ir ao espaço

Sally Ride no vaivém espacial Challenger, durante a sua primeira missão STS-7 no espaço, em 1983 - Fonte: wikipédia

Sally Ride, a primeira mulher americana a viajar no espaço, morreu com 61 anos, nesta segunda-feira (23 de Julho) devido a um cancro no pâncreas, anunciou a sua fundação, Sally Ride Science.
Com 32 anos, ela fez a sua primeira missão espacial STS-7, no vaivém espacial Challenger, em Junho de 1983, tornando-se a primeira mulher norte-americana e também a pessoa mais nova de sempre nos EUA a viajar para o espaço. Nesta missão, também foi a primeira a usar o conhecido braço robotizado dos vaivéns para movimentar um satélite.
"O voo histórico de Sally para o espaço captou a imaginação da nação e fez dela um nome familiar," diz um comunicado da Sally Ride Science.
Doutorada em Física pela Universidade de Stanford, Sally Ride foi a terceira mulher a viajar ao espaço, seguindo as cosmonautas soviéticas Valentina Tereshkova, em 1963, e Svetlana Savitskaya, em 1982. Entrou para o programa espacial da NASA em 1978.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Terra como arte

"Starry Night", num estilo da pintura de Van Gogh, foi a imagem escolhida em primeiro lugar pelo público. Mostra concentrações massivas de fitoplâncton esverdeado que formam redemoinhos na água escura à volta da ilha sueca de Gotland, no Mar Báltico. Estas explosões de fitoplâncton ocorrem quando as correntes profundas trazem os nutrientes até às águas da superfície iluminada pelo Sol, alimentando o crescimento e reprodução destas plantas pequenas. A imagem foi captada pelo satélite Landsat 7, em 13 de Julho de 2005 - Crédito: NASA's Goddard Space Flight Center/USGS

Em 23 de Julho de 1972, a NASA lançou o primeiro de uma série de satélites de observação terrestre - até agora foram lançados sete - designados globalmente por Landsat, constituindo o mais longo programa de observação da Terra por satélite.
Ao longo destes 40 anos, os satélites têm observado o nosso planeta, documentando as mudanças no uso da terra e dos seus recursos naturais.
Em Fevereiro de 2013, deverá ser lançado o Landsat Data Continuity Mission (LDCM), o mais avançado satélite de observação Landsat, do ponto de vista tecnológico.
Para além da informação científica que fornecem, algumas das imagens captadas são impressionantes pelo seu valor artístico, representando de forma espectacular montanhas, vales e ilhas, bem como florestas, campos e padrões agrícolas.
O Serviço Geológico dos EUA (USCS) reuniu as melhores imagens Landsat do nosso planeta e criou a série "Terra como arte", com uma pequena descrição para cada uma.
Para comemorar o 40º aniversário, foi pedido ao público para votar na sua favorita, entre mais de 120 imagens disponibilizadas online, no site da USGS. Hoje foram anunciadas as cinco vencedoras, que podem ser vistas no site da NASA ou neste vídeo Youtube.
Fonte: NASA

Greenpeace tenta impedir a exploração de petróleo no Árctico


Na passada quinta-feira (19), um grupo de 35 activistas de Greenpeace ocupou a plataforma de descarga da empresa petrolífera Shell, em Dock Sud, na província de Buenos Aires.
Disfarçados de ursos polares, os ecologistas penduraram um cartaz pedindo colaboração de todos (Ajude a deter a Shell) para pressionar a companhia a parar a exploração do Árctico.
No seu comunicado, os ambientalistas lembram que Shell é a primeira grande companhia internacional a realizar explorações no Árctico para extrair petróleo, e outras irão seguir-se se nada for feito para evitar.
Segundo Greenpeace, as reservas de petróleo do Árctico "poderiam cobrir apenas três anos da actual procura mundial de crudo". Além disso, "iriam contribuir para o aumento significativo das emissões de carbono e a sua exploração seria uma grave ameaça para o ecossistema do Árctico".
Para a organização, o Árctico é vulnerável e merece a mesma protecção que a Antárctida tem actualmente.
O protesto contra a Shell faz parte da campanha internacional "Salve o Árctico", lançada pelo Greenpeace há menos de um mês, na qual já participaram 1 milhão de pessoas em todo o mundo, através da plataforma http://savethearctic.org/pt/
Fonte: comunicado de Greenpeace Argentina

Medusa artificial de silicone e células de ratos

O robô Medusoide recria a medusa-da-lua (Aurelia aurita), uma alforreca, ou água-viva, comum em todos os oceanos do planeta, principalmente em águas costeiras - Fonte: wikimédia commons

Uma equipa de pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) criou uma medusa artificial com base em silicone e células musculares cardíacas de ratos.
O pequeno robô orgânico, chamado Medusoide, desloca-se como uma medusa. O seu objectivo é ajudar a saber mais sobre engenharia de tecidos e conseguir desenhar melhores corações artificiais e outros órgãos musculares.
Os cientistas recriaram uma medusa-da-lua juvenil (Aurelia aurita), com a forma do seu corpo e comportamento quando se desloca na água. O corpo da medusa foi feito em silicone, onde fizéram crescer células musculares cardíacas de ratos. Para fazer nadar a Medusoide, os pesquisadores submergiram-na numa solução salina e fizéram passar uma corrente eléctrica pela água, a partir das células dos ratos. O robô movimentou-se rapidamente, nadando como uma medusa verdadeira (ver vídeo comparativo).
Outros vídeos e imagens sobre o robô Medusoide.
O método utilizado para a construção do tecido da medusa foi publicado na revista Nature Biotechnology, em 22 de julho de 2012.
Fonte: HarvardScience e Science

Relâmpago em câmara lenta

Múltiplos raios entre nuvens numa tempestade - Fonte: wikipédia

O relâmpago é um clarão intenso e rápido que acompanha a descarga eléctrica entre dois pontos, formando-se um raio normalmente entre as nuvens ou entre estas e a terra. A sua trajectória é sinuosa e com ramificações irregulares, difícil de observar por ser extremamente rápido.
No entanto, no vídeo de Tom A. Warner, da ZT Research, é possível ver um relâmpago em câmara lenta. Uma descarga eléctrica entre uma nuvem e o solo foi filmada em 7.207 imagens por segundo, perto de Devils Tower, WY. Forma-se um raio entre uma nuvem e o solo que causa um movimento de retorno brilhante.
O vídeo pode ser visto neste endereço ou como Astronomy Picture of the Day.

domingo, 22 de julho de 2012

Fogos do Algarve e Madeira vistos do espaço

O grande incêndio do Algarve foi detectado a partir do espaço e registado pelo satélite Terra, da NASA. Na sexta-feira (20 de Julho, 11:25 UTC) o fogo era bem vísível no sul de Portugal, assim como na Madeira, ponto vermelho mais perto do canto inferior esquerdo. Em ambos os casos pode ver-se o fumo sendo levado pelo vento em direcção ao sul, sobre o Oceano Atlântico - Crédito: Terra/MODIS (Near Real Time)

Esta semana a zona de Tavira, no Algarve, foi fustigada por um incêndio que se alastrou ao município vizinho, São Brás de Alportel. O fogo foi combatido durante quatro dias e só foi dado como dominado pela Protecção Civil, este sábado (21).
Segundo as notícias, ardeu cerca de um terço da área do concelho de Tavira e entre a 20 e 25% de São Brás de Alportel, uma faixa de 30 a 40 quilómetros, principalmente com sobreiros e outros bens ligados à pequena agricultura a que os residentes - muitos já de idade avançada - se dedicam.

sábado, 21 de julho de 2012

Entre o Céu e a Terra


"Within Two Worlds" (Dentro de dois mundos), vídeo espectacular do fotógrafo Brad Goldpaint, no noroeste do Pacífico, que combina imagens do céu nocturno e paisagens da Terra, numa exibição deslumbrante do Espaço e da Terra.
A música de fundo é o instrumental "Believe in Yourself" (Acredita em ti próprio), composta por Serge Essiambre. O vídeo inclui a Via Láctea, auroras e algumas paisagens dos Estados Unidos.

Aurora austral observada de ISS

Aurora austral vista da Estação Espacial Internacional - Crédito: ISS/NASA

O astronaura Joe Acaba, da NASA, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), voando a uma altitude de aproximadamente 240 quilómetros, registou algumas imagens de Aurora Australis, ou luzes do sul, em 15 de Julho de 2012. O braço robótico Canadarm2 aparece em primeiro plano.
Mais imagens de auroras neste endereço.

Messier 107 observado pelo telescópio Hubble

Messier 107 captado pelo Telescópio Espacial Hubble - Crédito: ESA/NASA

Esta colecção de jóias brilhantes é Messier 107, um dos mais de 150 aglomerados globulares encontrados em volta do disco da nossa galáxia Via Láctea, captado pelo Telescópio Espacial Hubble.
Estes aglomerados esféricos contêm centenas de milhares de estrelas extremamente antigas e estão entre os objectos mais antigos da Via Láctea. A sua origem e impacto na evolução galáctica ainda não é conhecida.
Comparando com outros aglomerados, como M53 ou M54, a imagem de Messier 107 mostra que não é muito denso, as suas estrelas não estão atraídas por grandes forças e são mais distintas.
Messier 107 está localizado a cerca de 20000 anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus (o portador da serpente).

Ilha Pinta do arquipélago das Galápagos

Ilha Pinta, do arquipélago das Galápagos, vista pelo satélite Landsat 7, em 7 de Abril de 2009 - Crédito: Earth Observatory/Jesse Allen, Robert Simmon/ Michael Taylor

A imagem em cor natural do satélite Landsat 7 mostra Pinta, uma ilha vulcânica do arquipélago das Galápagos.
Na pequena ilha de 60 quilómetros quadrados são visíveis antigos fluxos de lava, a norte e leste. A mancha verde mais escura à volta do pico mais alto e cratera vulcânica revela a região de vegetação mais densa da ilha.
Apesar de pequena e algumas condições difíceis, Pinta acolhe 180 grupos taxonómicos de plantas. Destes, 59 são encontradas apenas nas Galápagos; 19 são encontradas apenas num pequeno número de ilhas, e duas são endémicas de Pinta.
As plantas da ilha são muito diversificadas, talvez devido ao relativo isolamento de Pinta, no arquipélago, às variadas zonas climáticas ao longo dos 650 metros do pico, e também por influência das tartarugas gigantes que comiam plantas e que outrora prosperaram na ilha.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Há 43 anos, o homem pisou a Lua pela primeira vez

Armstrong fotografa o módulo de descida Águia, na superfície lunar - Crédito: NASA/Apollo Image Galery

"É um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade", frase histórica proferida por Neil Armstrong, em 20 de Julho de 1969, quando pisou a Lua pela primeira vez, há precisamente 43 anos, durante a missão Apollo 11.
Mais imagens da missão Apollo 11 e outras missões Apollo, digitalizadas em alta resolução por Kipp Teague, disponíveis em Apollo Image Galery

Asteróide que se aproxima da Terra, este fim-de-semana, pode ser visto online

Diagrama da órbita do grande asteróide 2002 AM31 no sistema solar, em aproximação do nosso planeta. No domingo (22 de Julho) passará mais perto, cerca de 13,7 vezes a distância entre a Terra e a Lua - Crédito:  Solar System Dynamics

Um grande asteróide vai aproximar-se da Terra neste fim de semana, mas a uma distância segura, bem para além da órbita da Lua.
O asteróide 2002 AM31, descoberto em 2002, fará a sua maior aproximação ao nosso planeta, no domingo (22 de Julho), passando a uma distância cerca de 13,7 vezes a distância entre a Terra e a Lua ou 5,2 milhões de quilómetros.
De acordo com os cientistas, não há hipótese do asteróide colidir com a Terra nesta passagem, embora seja uma rocha espacial que pode causar preocupação no futuro.
2002 AM31 está classificado como um "asteróide potencialmente perigoso" pelo Minor Planet Center em Cambridge, Massachusetts. É um asteróide grande, mas os cientistas não coincidem no seu tamanho. Mediçoes de radar do Observatório de Arecibo indicam 340 metros de diâmetro e o Programa Asteroid Watch, da NASA, estima que tem o dobro do tamanho, cerca de 792 metros.
Vai ser possível observar este asteróide online, durante a sua passagem pelo nosso planeta. No domingo, a página web de observação espacial, Slooh Space Camera, transmite imagens da rocha espacial a partir de telescópios no Observatório Prescott, no Arizona, e Ilhas Canárias.
Fonte: via Space.com

Gliese 581g é o primeiro dos cinco exoplanetas potencialmente habitáveis

Ilustração dos cinco exoplanetas, potenciais mundos habitáveis​​, incluindo agora Gliese 581g, o melhor candidato exoplaneta parecido com a Terra até agora. Todos estes planetas são super Terras, com massas estimadas entre dois e dez massas terrestres. Os planetas são comparados com o nosso planeta, através dos "índices de semelhança com a Terra" (na última linha) - Crédito: Habitable Exoplanets Catalog (HEC)

O exoplaneta Gliese 581g é considerado o melhor candidato a exoplaneta potencialmente habitável, de acordo com novos dados apresentados pela equipa que o descobriu, em 2010.
Agora, Gliese 581g faz parte do Catálogo de Exoplanetas Habitáveis da Universidade de Porto Rico, em Arecibo, onde ocupa o primeiro lugar, ao lado de outros planetas fora do sistema solar, Gliese 667Cc, Kepler-22b, HD85512, e Gliese 581d. Constituem os cinco objectos com mais interesse como exoplanetas semelhantes à Terra, dois dos quais orbitando a mesma estrela, Gliese 581.

Descoberta a galáxia espiral mais antiga do universo

Imagem composta, em cor falsa, da galáxia BX442 (obtida a partir de imagens dos telescópios Hubble e Keck II), com a sua companheira anã no canto superior esquerdo - Crédito: David Law / Dunlap Instituto de Astronomia e Astrofísica

Uma equipa de astrónomos do Instituto de Astronomia e Astrofísica Dunlap da Universidade de Toronto descobriu, pela primeira vez, uma galáxia espiral do início do universo, formada um bilião de anos antes de outras galáxias espirais. A descoberta publicada na revista Nature, em 18 de Julho de 2012, confirma que a recém descoberta galáxia está localizada a 10,7 biliões de anos-luz da Terra, na constelação de Pégaso, o que significa que ela está a ser observada como era quando o Universo tinha apenas três biliões de anos, quando as espirais eram bastante raras. É a espiral mais distante conhecida e pode oferecer pistas para a origem da estrutura espiral das galáxias noutros lugares.
Os pesquisadores detectaram a galáxia, designada por BX442, em imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, que se encontrava a estudar cerca de 300 galáxias muito distantes, no início do Universo.

Som que apaga fogos


Militares americanos estão a desenvolver uma técnica de modo a poder apagar o fogo usando o som. Acredita-se que as ondas sonoras são capazes de eliminar as chamas. O objectivo é combater incêndios em locais fechados.
Fonte: ÚltimoSegundo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tubarões-baleia aprenderam a sugar peixes através dos buracos das redes de pesca


Numa recente expedição à Baía Cendrawasih da Indonésia, investigadores das organizações Conservation International e WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e do Instituto de Investigação Hubbs Sea World captaram imagens de tubarões-baleia que aprenderam a sugar os peixes das redes de pesca.
Os cientistas ajudavam as autoridades locais a estudar a população de tubarão-baleia (Rhincodon typus), recentemente descoberta na região, e tiveram a oportunidade de observar como os tubarões se aproximavam das redes de pesca, esperando pelos peixes que normalmente se soltam.
No entanto, os tubarões desta baía Cendrawasih não se mostraram muito pacientes, e rapidamente aprenderam a sugar os peixes através dos buracos das redes de pesca.
O tubarão-baleia, o maior tubarão e também o maior peixe – que pode pesar até 20 toneladas e medir 12 metros de comprimento - é filtrador, isto é, alimenta-se de plâncton e pequenos peixes que filtra na água através de sucção.
Apesar de ser proveitosa para o tubarão-baleia, esta estratégia de alimentação pode ser perigosa, aumentando o perigo do animal ficar preso nas redes.
Fonte: via comunicado da Conservation Internacional

Ciência colorida: Sol Van Gogh

O Sol, representado através da nova técnica de visualização, mostrando as áreas em que o plasma aqueceu e/ou arrefeceu - Crédito: NASA/Viall

Embora a imagem pareça uma pintura impressionista de Van Gogh, na realidade é uma belíssima imagem científica de uma região do Sol.
Resulta da aplicação de uma nova técnica de visualização de determinados dados do Sol, criada pela cientista solar Nicholeen Viall, do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Md. Através da nova técnica, a cientista cria mapas coloridos mostrando como o plasma da atmosfera solar aquece ou arrefece, já que as cores representam diferentes temperaturas.
A cor de cada pixel contém uma riqueza de informações sobre a história de 12 horas de arrefecimento e aquecimento naquele ponto específico sobre o Sol. Essa história de calor tem pistas sobre os mecanismos que conduzem a temperatura e os movimentos da atmosfera do Sol, ou corona.

Aurora austral sobre uma estação de pesquisa na Antárctida

Aurora austral ou Luzes do Sul, na Antárctida - Crédito: ESA/IPEV/ENEAA/A. Kumar & E. Bondoux

Espectacular aurora austral sobre a estação Concordia na Antárctida, um dos lugares mais remotos da Terra, em 18 de Julho de 2012. A Via Láctea brilha por detrás das luzes do sul.
A imagem foi captada pelos cientistas Alexander Kumar e Erick Bondoux, nas proximidades da estação de pesquisa franco-italiana Concordia, localizada à latitude de –75°S.
A ESA utiliza esta base na preparação para futuras missões de longa duração para além da Terra. Durante o inverno, a estação fica em escuridão quase total, com uma temperatura média de -51 °C e um recorde de temperatura mínima de -85 °C. É um lugar ideal para estudar os efeitos sobre pequenas equipas multiculturais, isoladas por longos períodos num ambiente extremo, hostil.
Fonte: ESA

Cassini detectou relâmpagos em plena luz do dia em Saturno

Mosaicos de cores falsas do relâmpago captado pela sonda Cassini no meio das nuvens da gigantesca tempestade que rodeava o hemisfério norte de Saturno, durante a maior parte de 2011. O mosaico maior (à esquerda) mostra o relâmpago, que aparece como um ponto azul, assinalado pela seta branca. O mosaico menor (à direita) é composto por imagens captadas 30 minutos mais tarde, e onde já não se notam relâmpagos no local - Crédito: NASA/JPL-Caltech/SSI

A sonda Cassini, da NASA, captou imagens de relâmpagos em Saturno, em plena luz do dia do planeta. Cassini estava a estudar a grande tempestade que alastrou no hemisfério norte de Saturno, o ano passado.
Os relâmpagos aparecem como manchas azuladas no meio das nuvens da maior tempestade que se conhece no planeta. É a primeira vez que os cientistas detectam um raio em comprimentos de onda visíveis, no lado de Saturno iluminado pelo Sol.
Os raios surgem mais brilhantes no filtro sensível à luz visível azul das imagens da câmara da sonda Cassini, em 6 de Março de 2011. Os cientistas aumentaram o tom azul para determinar o seu tamanho e localização, tornando o brilho mais visível. Eles observaram vários relâmpagos, mas ainda não sabem por que só o filtro azul os captou.
As imagens revelam que só a energia visível do relâmpago de dia em Saturno pode atingir os 3 biliões de watts por segundo, podendo comparar-se aos relâmpagos mais fortes da Terra. Além disso, abrange uma região com cerca de 200 Km de diâmetro, quando sai do topo das nuvens. Por isso, os cientistas acham que os raios se originam nas nuvens mais baixas da atmosfera de Saturno, onde congelam gotículas de água, tal como acontece com a formação de relâmpagos na Terra.
Embora sem a visão privilegiada da Cassini, podemos observar Saturno todos os dias a oeste, ao anoitecer, durante o mês de Julho, acompanhado de Vénus e a estrela Spica, da constelação de Virgem.
Fonte: NASA

Tempo espacial: forte erupção solar de classe M7.7

Imagem do Sol captada pelo Observatório Solar Dinâmico, da NASA (SDO), em 19 de Julho de 2012, durante uma erupção solar de classe M7.7. A imagem representa a luz no comprimento de onda de 131 Angstrom, que é particularmente bom para ver erupções, e que normalmente é colorida em tom verde - Crédito: NASA / SDO

O complexo de manchas solares AR1520-1521 produziu, novamente, esta quinta-feira (19 de Julho) uma grande explosão de radiação, classificada de M7.7, quase atingindo uma erupção de tipo X, a mais poderosa.
A gigantesca erupção também produziu uma ejecção de massa coronal (CME), que não deve atingir a Terra, pois a região activa já se encontra a passar para o outro lado do Sol (à direita). No entanto, poderá produzir-se uma leve tempestade de radiação, provocada por protões acelerados pela erupção.
O aumento da actividade solar é normal, dado que o Sol caminha para o máximo do seu ciclo de 11 anos, que deve acontecer em 2013. Durante esta fase, espera-se que o número de erupções solares aumente, podendo até ser mais intensas.
A magnetosfera terrestre protege o nosso planeta, impedindo a entrada de radiação que possa prejudicar a vida à superfície. Mas se as erupções forem muito intensas e dirigidas directamente à Terra, sobretudo no caso de CMEs que enviam partículas solares para o espaço, as comunicações podem ser afectadas assim como os sistemas electrónicos nos satélites e na Terra.
Mais informações em Spaceweather 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Descoberto possível exoplaneta menor que a Terra

Ilustração do candidato a planeta UCF-1.01, visto em primeiro plano, e que pode ter a superfície coberta de magma devido à sua temperatura elevada, causada pela proximidade com a estrela - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Durante observações com o Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, astrónomos detectaram o que pensam ser um exoplaneta com apenas dois terços do tamanho da Terra, um dos menores já encontrados. O candidato a planeta, designado por UCF-1.01, orbita a estrela de nome GJ 436, localizada a uns 33 anos-luz de distância, o que o tornaria, possivelmente, o planeta menor que a Terra mais próximo do sistema solar.
O candidato provavelmente é rochoso e quente porque orbita muito perto da sua estrela, cerca de sete vezes a distância entre a Terra e a Lua.
Dada a sua proximidade, muito mais perto do que o planeta Mercúrio está do nosso Sol, a temperatura da superfície pode ser maior que 600 graus Celsius. Com esta temperatura, o exoplaneta não tem atmosfera e a sua superfície pode ser semelhante à de Mercúrio, cheia de crateras, ou então o calor extremo derreteu-a e o planeta está coberto de magma.

O Planeta azul tem pouca água na sua formação. Porquê?

Imagem da Terra mostrando se toda a água do planeta (líquida, gelo, água doce e salgada) fosse colocada numa esfera com cerca de 1.385 km de diâmetro, um pouco menor que a distância Lisboa-Paris - Crédito: Jack Cook, Woods Hole Oceanographic Institution; USGS

Cerca de três quartos da superfície da Terra está coberta de água, a maior parte no estado líquido, o que faz dela o Planeta Azul, de certeza o mais bonito do universo. No entanto, os astrónomos dizem que o nosso planeta é seco, facto que sempre os intrigou.
Na verdade, menos de um por cento da massa da Terra é água, e pensa-se que a maioria dela foi trazida por asteróides após a sua formação inicial.
Um novo estudo tenta explicar a falta de água do nosso planeta e sugere que, provavelmente, a Terra se formou numa parte mais quente e mais seca do sistema solar do que se pensava até agora.

Observação mais precisa de um quasar distante

Ilustração do quasar brilhante 3C 279, no centro de uma galáxia distante. Os quasars são centros muito brilhantes de galáxias longínquas, alimentados por buracos negros de elevada massa. Este quasar contém um buraco negro com uma massa de cerca de mil milhões de vezes a do Sol e encontra-se tão distante da Terra que a sua luz demorou mais de 5 mil milhões de anos para chegar até nós. Foi observado com a maior precisão conseguida até agora, utilizando três telescópios localizados em diferentes locais e ligados de modo a funcionar como um só grande telescópio - Crédito: ESO/M. Kornmesser

Uma equipa internacional de astrónomos observou o coração de um quasar distante com uma precisão sem precedentes, dois milhões de vezes melhor que a da visão humana.
Para isso, os astrónomos ligaram três telescópios situados em continentes diferentes, e conseguiram fazer a observação directa mais precisa de sempre do centro de uma galáxia distante, o quasar brilhante 3C 279, que contém um buraco negro supermassivo, com uma massa cerca de mil milhões de vezes a do Sol. Está localizado a uma grande distâcia da Terra, na constelação da Virgem, que a sua radiação demorou mais de 5 mil milhões de anos a chegar até nós.

Ilhas Salomão tornaram-se num centro de "lavagem" de aves selvagens

Catatua de crista amarela (Catatua sulphurea), classificada como criticamente em perigo. O seu comércio está proibido - Fonte: wikipédia

O último relatório da organização Traffic denuncia a exportação de milhares de papagaios, catatuas e outras aves exóticas das ilhas Salomão, nos últimos 10 anos. As aves são registadas ilegalmente como criadas em cativeiro, mas as autoridades afirmam que as ilhas não têm grandes unidades de reprodução de aves.
As Ilhas Salomão recentemente juntaram-se à CITES, a convenção do comércio mundial dos animais selvagens, que estabelece condições diferentes para a negociação de animais criados em cativeiro e selvagens.
Segundo a Traffic, responsável pela monitorização do comércio da vida selvagem, as Ilhas Salomão tornaram-se num centro de "lavagem" de aves selvagens, com base no comércio de aves criadas em cativeiro.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Grande iceberg separou-se de um glaciar da Gronelândia

O Glaciar de Petermann originou um novo iceberg gigante, observado através do satélite Aqua da NASA - Crédito: NASA/NASA Earth Observatory/Jesse Allen

O Glaciar de Petermann é um grande glaciar ao longo da costa Noroeste da Gronelândia, em direcção ao Oceano Árctico, onde termina numa plataforma de gelo gigante alongada flutuante.
Periodicamente, este glaciar quebra formando icebergs. Em 2010, Petermann originou um iceberg gigantesco, uma verdadeira ilha de gelo. Este ano, o glaciar voltou a quebrar, libertando mais um iceberg.
A formação do novo iceberg foi observada pelo satélite Aqua, da NASA, que tem uma órbita polar e passa sobre a região várias vezes por dia. As duas imagens do Glaciar de Petermann, captadas em 16 de Julho de 2012, permitem ver que às 10:25 Tempo Universal Coordenado (UTC), o iceberg ainda se mantinha próximo do glaciar, mas pelas 12:00 UTC, o iceberg já tinha começado a mover-se para o norte até ao fiorde. No dia seguinte, 17 de Julho, o afastamento do iceberg era maior.

Roedores ladrões ajudam a conservar a floresta tropical

Cutia (Dasyprocta punctata) roendo um fruto - Fonte: wikipédia

A cutia é um mamífero roedor da América Central que se alimenta de sementes de muitas espécies de plantas, mas gosta especialmente das sementes de Astrocaryum (género de palmeiras). Tal como outros roedores, ele tem o hábito de armazenar alimento para mais tarde comer, e enterra as sementes no solo em toda a floresta, cada uma num local diferente. No entanto, estes roedores são exímios ladrões e roubam o alimento uns dos outros, desenterrando-o e escondendo noutro local. Este comportamento das cutias, pouco digno do ponto de vista humano, pode estar a ajudar a conservar árvores tropicais que dependem de animais para espalhar as suas sementes.
Um estudo realizado no Panamá, publicado online na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que as cutias da espécie (Dasyprocta punctata) ajudaram a sobreviver a palmeira preta (Astrocaryum standleyanum), dispersando as suas sementes para longe, ao roubá-las às suas iguais e enterrando-as noutros locais.

Nave Soyuz e tripulantes chegaram à Estação Espacial Internacional

Nave russa Soyuz TMA-05M aproxima-se da ISS, em 17 de Julho de 2012 - Crédito: NASA TV

Os astronautas da Expedição 32 Suni Williams, Yuri Malenchenko e Aki Hoshide chegaram à Estação Espacial Internacional, depois de dois dias de viagem. A nave espacial que os transportava, Soyuz TMA-05M, acoplou de forma automática como previsto, esta terça-feira por volta das 8:30 (hora de Lisboa). Assim, a estação orbital tem a sua tripulação completa, com seis membros.
Este acoplamento coincide com uma data importante na história da exploração espacial. Em 17 de Julho de 1975, aconteceu o primeiro encaixe entre uma nave espacial americana Apollo e uma nave Soyuz 7K-TM, da antiga união soviética. Foi a primeira missão com uma tripulação internacional, que culminou na construção da ISS, numa colaboração de várias agências espaciais e países.
Vídeos da chegada da Soyuz e astronautas aqui.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Lémures, provavelmente os vertebrados mais ameaçados do planeta

Lémure preto-de-olhos-azuis (Eulemur flavifrons), a única espécie de primata que tem esta cor de olhos, para além do ser humano. Agora está mais ameaçado - Fonte: wikipédia

Uma nova avaliação de especialistas reunidos numa conferência da União Mundial para a Conservação da Natureza (UICN), em Madagáscar, considerou que os lémures são os mamíferos mais ameaçados do planeta. Os lémures são pequenos primatas de olhos grandes, que vivem na natureza apenas na Ilha de Madagáscar.
Os peritos, vindos de vários países, avaliaram o estado de conservação das 103 espécies conhecidas de lémures do planeta e concluiram que 91% dos animais está ameaçada, com maior ou menor gravidade.
Na actualização da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da UICN, 23 espécies estão Criticamente Ameaçadas, 52 estão Ameaçadas, 19 são Vulneráveis e três Quase Ameaçadas. Apenas três têm um estatuto Pouco Preocupante.

Urso-de-óculos, característico da América do Sul, corre perigo

O urso-andino ou urso-de-óculos está classificado como espécie vulnerável pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) - Fonte: wikipédia

O urso-andino (Tremarctos ornatus) é o único urso característico da América do Sul e é considerado uma espécie vulnerável, a mais ameaçada da família dos ursídeos, exceptuando o seu parente próximo, o panda gigante da China, em pior situação.
Os ursos-andinos são pretos com manchas brancas. Os machos podem pesar até 200 kg e as fêmeas são menores. Também são conhecidos como ursos-de-óculos porque alguns possuem manchas brancas à volta dos olhos. Vivem nas florestas, nomeadamente florestas tropicais, mas adaptam-se bem a diferentes ecossistemas.
A expansão agrícola tem destruído o habitat deste urso, o que o aproximou mais dos humanos. Como consequência, ele é perseguido e caçado pelos camponeses para defender o gado que ele, por vezes, ataca por falta de outra fonte de alimento, sobretudo na Colômbia e no Equador.
Estima-se que possam existir entre 20 mil e 25 mil ursos-andinos na Cordilheira dos Andes, distribuídos pela Venezuela, Colômbia, Perú, Bolívia, Argentina e Equador.
Via ÚltimoSegundo

Tornado causa destruição na Polónia


Chuvas e tempestades, não comuns nesta época, estão a causar surpresa nos serviços meteorológicos da Polónia. Foi o que aconteceu com um violento tornado, com ventos de até 200 km/h, no noroeste do país, este fim-de-semana.
De acordo com as autoridades, a tempestade devastou florestas, destruiu mais de uma centena de casas e fez, pelo menos, uma vítima mortal. Estiveram implicadas cerca de 12500 pessoas nas operações de resgate.
Fonte: ÚltimoSegundo

Nasceram crias de leão albinas num zoológico da Ucrânia


Nasceu um casal de filhotes de leão albinos, num zoológico da Ucrânia, embora os pais não apresentem essa característica. As crias estão a ser alimentadas com mamadeira, porque a mãe não tem leite suficiente.
Fonte: ÚltimoSegundo

domingo, 15 de julho de 2012

Cometa 96P/Machholz 1 é observado aproximando-se do Sol


Cometa 96P/Machholz 1 é observado pelo instrumento LASCO C3 do observatório SOHO da NASA - Crédito: SOHO

O cometa 96P/Machholz 1 é captado pelo instrumento Lasco C3 do observatório SOHO, da NASA, tendo atingido o seu periélio (ponto mais próximo do Sol) em 14 de Julho de 2012. O cometa passa do canto inferior direito para o canto superior esquerdo das imagens SOHO.
96P/Machholz 1 foi descoberto em 1986 e apresenta um período orbital curto, completando uma órbita à volta do Sol a cada 5.24 anos. Como tem um período curto, esta já é a quarta vez que ele atravessa as imagens do observatório SOHO. Não é um cometa muito grande, mas os astrónomos consideram que tem uma bonita cauda de poeira.
Este cometa tem intrigado os cientistas, desde que descobriram que ele tem uma composição química diferente de outros cometas conhecidos. Em 2007, astrónomos do Observatório Lowell (Arizona) verificaram que ele contém quantidades significativamente menores de certos compostos (principalmente à base de carbono) do que quaisquer outros cometas que têm sido estudados de modo semelhante.

Nave russa descolou com três tripulantes da Expedição 32 da ISS

Nave Soyuz TMA-05M, com três tripulantes, parte para a ISS, em 15 de Julho de 2012 - Crédito: NASA/Carla Cioffi

A nave espacial russa Soyuz TMA-05M, levando a bordo três astronautas, descolou de manhã neste domingo a partir do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).
O lançamento decorreu como previsto e após nove minutos a nave e os seus tripulantes atingiram a órbita terrestre. A bordo viaja a astronauta americana Sunita Williams, o cosmonauta russo Iuri Malentchenko e o astronauta japonês Akihiko Hoshide.
A acoplagem com a ISS está prevista para terça-feira, 17 de Julho, onde os três viajantes se juntam à actual tripulação da Expedição 32 da estação orbital, os russos Guennadi Padalka e Serguei Revine e o astronauta da NASA, Joseph Acaba.
Durante a sua missão de quase seis meses, os astronautas irão realizar algumas experiências científicas, estando previstas algumas caminhadas no espaço e, ainda, a chegada de três cargueiros russos Progress e um japonês HTV.
Actualmente, o russo Padalka é o comandante do laboratório espacial, mas será substituído por Sunita Williams, em Setembro. É a segunda mulher a assumir o comando da ISS, depois da americana Peggy Whitson como comandante da Expedição 16, em 2007.

sábado, 14 de julho de 2012

Tempo espacial: tempestade geomagnética e auroras



O Observatório Solar Dinâmico da NASA registou, em vários comprimentos de onda, a explosão solar de classe X1.4, que emergiu a partir do centro do Sol da região activa 1520, em 12 de Julho de 2012.
O vídeo utiliza imagens AIA SDO em 131 (verde azulado), 171 (ouro) e comprimentos de onda 335 angstrom (azul). Cada comprimento de onda mostra uma diferente temperatura plasma na atmosfera do Sol. 171 mostra 600.000 Kelvin plasma, 335 mostra 2,5 milhões Kelvin plasma, e 131 mostra 10 milhões Kelvin plasma. A cena final é uma composição em 171 e 335 angstrom.
A erupção foi acompanhada por uma ejecção de massa coronal (CME) que atingiu a Terra este sábado, 14 de Julho, pelas 18:00 UT.
De acordo com Spaceweather, as condições parecem favoráveis ​​à formação de auroras nas mais altas latitudes, nalguns locais como o Canadá, Escandinávia, Antárctida e Sibéria.
Ainda não se sabe se a tempestade geomagnética vai tornar-se mais forte e provocar auroras em latitudes mais baixas.