terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sonda detecta possível queda de neve de dióxido de carbono em Marte

Observações da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, detectaram nuvens de neve de dióxido de carbono em Marte, e evidências da queda de neve de dióxido de carbono na superfície, à volta do pólo sul do planeta vermelho, durante o inverno. As cores representam diferentes tamanhos das partículas - Crédito: NASA / JPL-Caltech

A análise dos dados do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, revelou nuvens de neve de dióxido de carbono e evidências de queda de flocos de neve de dióxido de carbono em Marte, o que acontece pela primeira vez no sistema solar.
O dióxido de carbono congelado, mais conhecida por "gelo seco", requer temperaturas de cerca de menos 193 graus Fahrenheit (menos 125 graus Celsius), uma temperatura mais baixa que a necessária para congelar a água.
Enquanto na Terra a neve é de água, Marte tem neve de dióxido de carbono, mais uma vez fazendo lembrar a grande diferença entre os dois planetas, apesar de algumas semelhanças.
De acordo com os cientistas, é a primeira vez que são detectadas nuvens de neve de dióxido de carbono, espessas o suficiente para resultar deposição de neve na superfície. As quedas de neve ocorreram a partir de nuvens à volta do pólo sul do planeta vermelho, durante o inverno.
O relatório dos resultados está publicado no Journal of Geophysical Research.
A presença de gelo de dióxido de carbono, na calota polar sazonal e residual do sul de Marte, já é conhecida há muito. Além disso, a missão Phoenix Lander, da NASA, também observou a queda de neve de água gelada no norte de Marte, em 2008.
Os dados da sonda Mars Reconnaissance Orbiter informam sobre a temperatura, os tamanhos das partículas e as suas concentrações.
As observações foram feitas na região polar sul, durante o inverno sul de Marte, em 2006-2007, identificando uma grande nuvem de dióxido de carbono com cerca de 300 milhas (500 km) de diâmetro sobre o pólo e outras menores de gelo de dióxido de carbono, de curta duração e baixa altitude, em latitudes 70-80 graus sul. As partículas de gelo de dióxido de carbono são grandes o suficiente para cairem no chão enquanto existe a nuvem.
A capa de gelo residual, no pólo sul de Marte, é o único lugar no planeta vermelho onde o dióxido de carbono congelado persiste na superfície durante todo o ano. O problema é saber como o dióxido de carbono da atmosfera se deposita no chão: a partir da queda de neve ou congelando ao nível do solo, como geada.
Os novos resultados mostram que a queda de neve é ​​especialmente vigorosa na parte superior da calota residual, o que pode significar que o tipo de deposição - neve ou geada - está associado à preservação da calota residual a cada ano, de acordo com os cientistas.
Fonte: NASA

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