quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Toupeira tem nariz estrelado mais sensível do mundo

A toupeira-nariz-de-estrela tem o nariz mais sensível do reino animal - Crédito: wikipédia 

A toupeira-nariz-de-estrela (Condylura cristata) é um pequeno mamífero escavador, com apenas 20 cm de comprimento, que vive em túneis que ele próprio cava, na América do Norte.
Este animal é notável pelo seu nariz peculiar em forma de estrela e repleto de pequenos apêndices, semelhantes a tentáculos, que servem como órgãos sensoriais de tacto e ajudam a toupeira a guiar-se nos túneis escuros.
Os investigadores descobriram que o nariz estrelado do animal possui mais terminações nervosas que os outros da mesma espécie, tornando-o ainda mais sensível ao toque e à dor.
De acordo com os autores do estudo publicado na revista PLoS ONE, os tentáculos cor-de-rosa do nariz da toupeira têm mais de 100 mil fibras por centímetro de pele e estão cheios de nervos sensíveis, como o do próprio homem.
A toupeira-nariz-de-estrela é considerada o mamífero que come mais rápido, usando o seu nariz como uma espécie de radar que detecta os mais pequenos movimentos à sua volta.

União Europeia restringe o uso de pesticidas considerados prejudiciais para as abelhas


A Comissão Europeia propôs aos Estados membros limitarem o uso de determinadas tipos de pesticidas, que se acredita serem prejudiciais para as abelhas.
Os neonicotinóides, insecticidas que tiveram origem na molécula de nicotina, são considerados de alto risco para estes polinizadores cruciais, quando os encontram no pólen e néctar de culturas que tenham sido pulverizadas com os pesticidas, como culturas de colza, girassol, milho e outras.
Na proposta apresentada, a Comissão Europeia pede aos estados membros da UE para restringirem o uso dos neonicotinóides a culturas não atractivas para as abelhas e proibirem a venda e o uso de sementes que tenham sido tratadas com produtos que contenham as substâncias activas.
Foram incluídos três pesticídas, clotianidina, imidacloprid e tiametoxam. Os agricultores ficam proibidos de usá-los em girassóis, colza, algodão e milho. As restrições entram em vigor a partir de Julho de 2013 e serão revistas após dois anos. Já existem proibições em vigor na França, Alemanha e Eslovénia, após grande mortandade de abelhas devida a aplicação de produtos à base de neonicotinóides.
Fonte: BBC Ciência e Ambiente

Os sobreviventes da tragédia do vaivém espacial Columbia, há 10 anos

Vermes Caenorhabditis elegans, descendentes dos que conseguiram sobreviver ao desastre do Columbia, em 2003, viajaram até à Estação Espacial Internacional, transportados pelo vaivém espacial Endeavour durante a sua última missão, em Maio de 2011, antes de ser retirado de serviço - Crédito imagem: wikipédia

Em 1 de Fevereiro de 2003, o vaivém espacial Columbia desintegrou-se, quando retornava à Terra, matando sete astronautas. Mas, surpreendendo todos, outros seres vivos a bordo da nave espacial conseguiram sobreviver.
O Columbia deixou a Terra, pela última vez, em 16 de Janeiro de 2003. Durante o tempo que permaneceu no espaço, na sua missão STS-107, os tripulantes dedicaram-se à pesquisa científica e passaram o tempo realizando experiências - cerca de 80 - sobre ciências da vida, ciências dos materiais, física de fluidos e outros assuntos. Entretanto, o vaivém permaneceu em órbita, e não visitou a Estação Espacial Internacional. 
Com a desintegração do vaivém espacial e as altas temperaturas verificadas na reentrada da atmosfera terrestre, pensou-se que nenhum ser vivo podia sobreviver. Para além dos sete astronautas, os cientistas acreditaram que as 80 experiências também tinham sido destruídas.
 Para surpresa de todos, várias experiências foram recuperadas dos destroços, incluindo um grupo vivo de vermes (nematóides) de um milímetro de comprimento, de nome científico Caenorhabditis elegans.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Estrelas podem formar planetas mais tarde que outras

Ilustração do disco planetário (à esquerda) da estrela TW Hydrae , que pesa o equivalente a 50 massas de planetas Júpiter - Crédito: NASA / JPL-Caltech 

Utilizando o Observatório Espacial Herschel, os astrónomos foram capazes de avaliar com precisão o conteúdo do disco de formação planetária que rodeia a jovem estrela TW Hydrae, descobrindo que ele ainda tem gás hidrogénio suficiente para gerar mais de 50 planetas gigantes, vários milhões de anos depois da maioria das outras estrelas ter terminado a formação.
A estrela TW Hydrae, com cerca de 10 milhões de anos e a cerca de 175 anos-luz de distância, na constelação de Hydra, está relativamente próxima da Terra.
Apesar de jovem, TW Hydrae já ultrapassou a idade para a formação de planetas gigantes. O disco massivo de material à sua volta não é comum, pois em alguns milhões de anos, a maior parte do material é incorporado na estrela central ou planetas gigantes ou, então, é afastado para o espaço pelo forte vento estelar.
"Nós não esperávamos ver tanto gás em torno desta estrela", disse Edwin Bergin, da Universidade de Michigan em Ann Arbor, e líder do novo estudo publicado na revista Nature.
"Com uma massa mais precisa, podemos aprender mais sobre este sistema em termos do seu potencial para formar planetas e disponibilidade de ingredientes que podem ser capazes de suportar um planeta com vida", acrescenta o professor Bergin.

Bolha de água no espaço, a bordo da ISS


O astronauta americano Kevin Ford, comandante da Expedição 34, a bordo da Estação Espacial Internacional, observa uma bolha de água que flutua livremente entre ele e a câmara, que capta a sua imagem refractada.
A Óptica numa bolha de água flutuante no espaço parece ser muito mais interessante do que na água de uma tina!!!
Crédito: NASA

Pinguins-de-magalhães são devolvidos ao mar no litoral de S. Paulo


Mais de 62 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) e um lobo-marinho foram devolvidos ao mar, no litoral norte de São Paulo, Brasil. Pretende-se que eles possam regressar ao seu habitat de origem no sul do continente sul americano, as Ilhas Malvinas e na Patagónia.
Há milhares de anos que a costa brasileira faz parte da rota de migração dos pinguins, na busca de alimentos. No entanto, muitos deles acabam perdendo-se, sobretudo os mais jovens. Alguns, com sorte, são recolhidos nas praias e ajudados.
O litoral norte de São Paulo é uma das regiões que mais recebe animais marinhos que se perdem no mar, focas, lobos, leões e elefantes-marinhos e até baleias, mas a grande maioria é de pinguins. Quando encontrados nas praias, os animais são encaminhados para centros de reabilitação como os de Ubatuba, referido no vídeo.
Muitos são jovens e são tratados durante meses, até terem condições de serem soltos ou encaminhados para zoológicos, aquários ou "pinguinários".
Fonte: Últimosegundo

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Elefantes pigmeus raros "envenenados" no Bornéu

Pensa-se que existem menos de 1500 elefantes pigmeus do Bornéu em estado selvagem - Crédito imagem: wikipédia

Dez elefantes pigmeus foram encontrados mortos numa reserva da ilha de Bornéu, na Malásia, e as autoridades suspeitam que foram envenenados. Os animais ainda tinham as presas, indicando que não foram mortos por caçadores furtivos.
Os elefantes, que tinham sofrido hemorragia interna e sem ferimentos de balas, foram encontrados próximos uns dos outros, no espaço de três semanas.
Sen Nathan, veterinário-chefe da Reserva Florestal Gunung Rara, no Estado de Sabah (ilha de Bornéu), afirmou que os elefantes mortos tinha idades que variavam entre quatro e 20 anos e que seriam todos de um mesmo grupo familiar.
"Foi muito triste ver todos aqueles elefantes mortos, especialmente uma das fêmeas que tinha um filhote muito pequeno, de cerca de três meses de idade. O filhote tentava acordar a mãe morta", afirmou Nathan.
Os danos causados no sistema digestivo dos animais fez pensar numa intoxicação aguda grave. Estão a ser feitos testes que poderão confirmar se houve um envenenamento deliberado.
Segundo a WWF, estima-se que existam menos de 1.500 elefantes pigmeus do Bornéu. Constituem a subespécie (Elephas maximus borneensis) de elefantes mais pequenos, com "expressão" infantil, ameaçada pela exploração madeireira, caça e maior contacto com os seres humanos.
Fonte: BBC news

Anéis coloridos da galáxia Andrómeda

Nova visão da galáxia de Andrómeda, obtida pelo Observatório Espacial Herschel, em luz inframelha distante . Crédito: ESA / Herschel / PACS & SPIRE Consortium, O. Krause, HSC, H. Linz

Coloridos anéis de poeira, semelhantes a redemoinhos, sobressaem nesta deslumbrante nova imagem da galáxia Andrómeda, captada pelo Observatório espacial Herschel.
Situada a 2,5 milhões de anos-luz de distância, é a maior galáxia próxima da Via Láctea. Os cientistas estimam que Andrómeda possa ter um trilião de estrelas, enquanto que a Via Láctea contém centenas de biliões. A sua proximidade faz dela um laboratório ideal para estudar a formação de estrelas e a evolução de galáxias.
Sendo sensível à luz infravermelha distante da galáxia, o observatório espacial revela os seus anéis de nuvens de poeira fria. Muita dessa poeira é a mais fria da galáxia - apenas algumas dezenas de graus acima do zero absoluto. As nuvens muito frias são mais brilhantes e aparecem com cor avermelhada, enquanto as mais quentes têm uma aparência azulada.
A imagem de Herschel também revela poeira entre os anéis concêntricos, assim como aglomeração de grãos de poeira, ou o crescimento de mantos de gelo sobre os grãos, na periferia da galáxia.
Outra espectacular visão dos anéis coloridos de Andrómeda, realçando as áreas de formação estelar, pode ser vista neste endereço.
Fonte: NASA

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Da noite para o dia, e para a noite novamente


O vídeo foi elaborado pela tripulação da Expedição 34, a bordo da Estação Espacial Internacional, com base numa sequência de imagens adquiridas em 3 de Janeiro de 2013. Mostra a beleza do nosso planeta a partir da estação orbital, enquanto ela realiza duas órbitas e meia em torno da Terra, cruzando a linha terminador - que separa a noite do dia - várias vezes. A ISS atravessa esta linha 16 vezes, num período de 24 horas, atendendo a que demora 90 minutos em cada órbita.
As imagens aceleradas mostram o movimento da linha que separa a parte iluminada da parte obscurecida do nosso planeta, durante o trajecto. O vídeo começa com a passagem da ISS da noite para o dia e, depois, novamente para a noite, enquanto a Lua nasce no lado esquerdo.

Cidade australiana invadida por espuma do mar


A cidade de Mooloolaba, na costa leste da Austrália, acordou coberta de espuma que, nalguns locais chegou a atingir três metros de altura.
O mau tempo provocado pela passagem do ciclone tropical Oswald no Estado australiano de Queensland, com chuva e ventos fortes, empurrou a espuma do mar para a praia. A partir daqui, a espuma invadiu as ruas da cidade conduzida pelo vento.
Fonte: ÚltimoSegundo

Cientistas desvendam segredos da seda de aranhas

Na imagem, uma aranha fêmea Nephila clavipes na sua teia, acompanhada pelo macho (menor). Os cientistas estudaram a seda da teia através de espectroscopia de Brillouin, para determinar, directamente e de forma não-invasiva, as suas propriedades mecânicas - Crédito: wikipédia

Cientistas da Universidade do Estado de Arizona (ASU), dos Estados Unidos, deram mais um passo no sentido de compreender o que torna tão forte o fio de seda que as aranhas fabricam. Eles encontraram uma forma de obter uma grande variedade de propriedades elásticas da seda de várias teias de aranhas vivas, através de uma técnica sofisticada e não-invasiva, de dispersão de luz laser.
"A seda da aranha tem uma combinação única de resistência mecânica e elasticidade que a tornam um dos materiais mais resistentes conhecidos", disse o professor Jeffery Yarger, do Departamento de Química e Bioquímica, da universidade ASU, e principal pesquisador do estudo.
A seda da aranha é um polímero biológico excepcional, relacionado com o colagénio - material fundamental para unir e fortalecer os tecidos, por exemplo, pele e ossos - mas com uma estrutura muito mais complexa.
A equipa de químicos da universidade ASU está a estudar a estrutura molecular da seda de aranhas, num esforço para produzir materiais que vão desde coletes a tendões artificiais.

Restos de satélite soviético deverão cair na Terra, esta terça-feira (29 de Janeiro)

"Lixo espacial" em órbita baixa da Terra - Crédito: NASA(Earth Observatory

O satélite da antiga União Soviética, Kosmos-1484, lançado em 1983 para explorar os recursos naturais do nosso planeta, está a despenhar-se e deverá cair na Terra esta terça-feira (29 de Janeiro). Pensa-se que irá desintegrar-se, completamente, ao entrar na atmosfera terrestre.
O Kosmos-1484, pesando mais de duas toneladas, e do tamanho de um pequeno autocarro, nunca chegou a cumprir a sua função, devido a uma avaria no sistema de orientação. Além disso, sofreu uma explosão há 10 anos, perdendo parte da estrutura original. Desde o início, este satélite faz parte do "lixo espacial" que orbita o nosso planeta.
Há cerca de um ano, a sonda russa 'Fobos-Grunt' falhou a sua missão a Marte e afundou no Oceano Pacífico. Em Setembro de 2011, o satélite americano UARS também caíu no Pacífico, seguindo-se o satélite alemão ROSAT, no Oceano Índico, apenas um mês depois.
Segundo os cálculos da Agência Espacial Europeia (ESA), actualmente existem mais de 20 mil objectos com mais de dez centímetros a orbitar a Terra. Todo esse "lixo espacial", mesmo as partículas mais pequenas, pode danificar os satélites activos, Estação Espacial Internacional, colocando em perigo a vida dos astronautas.

O raio do protão é mais pequeno do que se pensava

Ilustração da estrutura de um protão, uma partícula subatómica, de carga positiva, existente no núcleo dos átomos. No moderno modelo padrão da física de partículas, o protão é uma partícula fundamental, constituído por três quarks: dois quarks up (u) e um quark down (d) - Crédito: wikipédia

Uma equipa internacional de investigadores, entre os quais portugueses das Universidades de Aveiro e Coimbra, apresentaram novos dados sobre o raio do protão, num artigo publicado na revista Science, edição de sexta-feira (25 de Janeiro de 2013).
A equipa confirma, por meio de espectroscopia de laser, o valor inesperadamente pequeno para o raio do protão (um dos constituintes básicos de toda a matéria) no hidrogénio muónico, um resultado que surpreende os físicos de todo o mundo.
Internacionalmente, o valor aceite para o raio do protão é de 0,8768 fentómetros (milésimos de bilionésimo de metro). Agora, com as novas medições mais precisas, parece que o protão é mais pequeno, com um raio de 0,84184 fentómetros.

Tragédia do vaivém espacial Challenger foi há 27 anos

O vaivém espacial Challenger, em órbita a 22 de Junho de 1983 - Crédito: wikipédia

Em 28 de Janeiro de 1986, observava o lançamento do vaivém espacial Challenger, da NASA, em directo através da televisão, e acabei por assistir à tragédia da nave, que explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os sete tripulantes.
Era a décima missão da nave americana, STS-51-L, que marcava o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe.
Foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos. Anos mais tarde, em 1 de Fevereiro de 2003, a tragédia voltou acontecer com o vaivém Columbia, que se desintegrou ao reentrar na atmosfera terrestre, de regresso de uma missão. Morreram, também, os sete tripulantes.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Primeira Lua Cheia do ano

Primeira Lua Cheia do ano, vista em Bragança, em 27 de Janeiro de 2013.
Para os entusiastas dos astros, à direita, e um pouco acima, pode ver-se a constelação de Orion, o Caçador, uma das mais bonitas do céu nocturno de Inverno, no hemisfério norte.
Abaixo desta constelação sobressai Sirius, a estrela mais brilhante do céu, e uma das mais próximas da Terra.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Expansão dos restos de supernova recriada em vídeo


Em 1901, a estrela GK Persei, a 1300 anos-luz da Terra, explodiu. A supernova tornou-se um dos objectos mais brilhantes no céu, chamando a atenção dos astrónomos.
A partir de imagens dos remanescentes da supernova, também conhecida por Nova Persei 1901, captadas durante mais de 60 anos por telescópios nas Ilhas Canárias, Espanha, foi possível criar um vídeo que reconstitui, em pormenor, a contínua expansão da supernova.
Os cientistas também construíram um modelo tridimensional dos restos deixados pela explosão, e que pode ser observado no vídeo. A reconstituição do evento cósmico revelou que a estrela ainda está a crescer com a impressionante velocidade de quase mil quilómetros por segundo.
Uma explosão supernova acontece quando o núcleo de uma estrela massiva entra em colapso, sob a pressão da sua própria gravidade, resultando uma forte erupção termonuclear, como a observada em 21 de Fevereiro de 1901, com GK Persei ou 'Nova Persei 1901'.
Fonte: DN Ciência

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NGC 411 - aglomerado aberto de estrelas da Pequena Nuvem de Magalhães

Aglomerado aberto de estrelas, NGC 411, localizado na Pequena Nuvem de Magalhães, observado pelo Telescópio Espacial Hubble - Crédito: ESA/Hubble/NASA

Uma maravilhosa colecção de jóias cósmicas do Telescópio Espacial Hubble, NGC 411 é um aglomerado aberto de estrelas, localizado na Pequena Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia irmã perto da Via Láctea.
Neste tipo de aglomerado, as estrelas tendem a afastar-se ao longo do tempo, à medida que envelhecem, ao contrário dos aglomerados globulares da nossa galáxia - cerca de 150 - onde as estrelas bastante velhas estão fortemente unidas pela gravidade, formando um corpo quase esférico e conseguindo sobreviver mais de 10 biliões de anos da história da galáxia.
O aglomerado aberto NGC 411 é jovem, com pouco mais que um décimo da idade dos aglomerados globulares. As suas estrelas, embora não sejam todas do mesmo tamanho, são todas aproximadamente da mesma idade, tendo-se formado de uma só vez, a partir de uma nuvem de gás.
A imagem do Hubble mostra uma grande variedade de cores e brilhos das estrelas do aglomerado. Com isto os astrónomos conseguem diversas informações sobre as estrelas, incluindo a sua massa, temperatura e fase evolutiva. Estrelas azuis, por exemplo, têm temperaturas de superfície mais altas do que as vermelhas.
Fonte: NASA

Nave Voyager 2 visitou Urano há 27 anos

Urano visto pela nave Voyager 2, em 25 de Janeiro de 1986- Crédito: wikipédia

Imagem de Urano, em crescente, registada pela sonda Voyager 2, em 25 de Janeiro de 1986, quando a nave espacial deixou o planeta para trás - a cerca de um milhão de quilómetros - e prosseguiu a sua viagem até Neptuno, o último planeta do Sistema Solar.
A maior aproximação a Urano ocorreu no dia anterior, 24 de Janeiro do mesmo ano, tendo chegado a 81500 Km do topo das nuvens do planeta.
Urano mantém a cor azul-verde pálida vista pelos astrónomos em Terra e registada pela Voyager durante o seu encontro histórico. Esta cor resulta da presença de metano na atmosfera do planeta; o gás absorve os comprimentos de onda de luz vermelha, deixando a tonalidade predominante observada na imagem.
A sonda Voyager 2 foi lançada em 20 de Agosto de 1977, para estudar o Sistema Solar exterior. Aproximou-se dos quatro planetas gigantes, Júpiter em 1979, Saturno e Urano em 1981 e 1986, respectivamente, e Neptuno em 1989.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Salvamento de um golfinho no Hawaii


O vídeo mostra o salvamento de um golfinho Bottlenose, ferido numa barbatana por um anzol e fio de pesca, uma cooperação entre humanos e uma espécie selvagem que necessitava ajuda, e que aconteceu no fundo do oceano.
Um grupo de mergulhadores observava raias no Havaí, quando um golfinho apareceu e se manteve nadando à sua volta, revelando mobilidade reduzida. Tinha uma barbatana presa com um anzol e fio de pesca.
Os mergulhadores decidiram libertar a barbatana, o que ele tolerou bastante bem, aparentemente mostrando que era mesmo isso que queria, uma ajuda.
Vale a pena ver o vídeo completo!

Sol produziu duas ejecções de massa coronal (CME)


O vídeo mostra as duas ejecções de massa coronal (CMEs) produzidas pelo Sol ontem, 23 de Janeiro de 2013. As imagens foram captadas pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), missão conjunta da ESA e NASA.
A primeira CME não foi dirigida à Terra, mas a segunda é, embora não se espere que tenha um impacto forte. A primeira ejecção de massa coronal passou em frente ao planeta Mercúrio, como pode ver-se na parte final do vídeo (último terço).
A CME pode enviar partículas solares para espaço, e que chegam à Terra entre um e três dias. Quando as CMEs são dirigidas à Terra, podem provocar tempestades geomagnéticas ao atingirem a camada exterior do campo magnético terrestre, a magnetosfera, durante um período de tempo que pode ser prolongado.
As CMES agora produzidas pelo Sol foram ejectadas para o espaço a velocidades da ordem dos 375 quilómetros por segundo, o que é uma velocidade bastante típica para CMEs, e que não costumam causar grandes tempestades geomagnéticas. Às vezes, originam auroras perto dos pólos, mas é improvável que afectem os sistemas eléctricos na Terra ou interfiram com o GPS ou sistemas baseados em satélites de comunicações.
Mais informações em SpaceWeather.
Fonte: NASA

Robô Curiosity capta imagens nocturnas pela primeira vez

Imagem de uma rocha marciana iluminada por luz branca de LEDs (díodos emissores de luz), com uma área de 3,4 por 2,5 centímetros. É uma das imagens nocturnas adquiridas pela câmara MAHLI, situada no final do braço robótico do Mars rover Curiosity, da NASA - Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

O robô Curiosity usou a sua câmara Mars Hand Lens Imager (MAHLI), pela primeira vez, para tirar fotografias nocturnas, iluminando com luzes branca e ultravioleta produzidas por LEDs da própria câmara, situada no extremo do braço robótico.
Um dos alvos fotografados foi uma rocha, baptizada por "Sayunei", numa área onde a roda da frente-esquerda do Curiosity tinha raspado, para obter material livre de poeira para examinar. As observações sob luz ultravioleta são feitas para detectar minerais fluorescentes (a mesma rocha em ultravioleta).
A rocha está localizada em "Bay Yellowknife", no interior da cratera marciana Gale, perto do local onde está programado começar a usar o Curiosity para perfurar rochas, na próxima semana.
As imagens da rocha "Sayunei" foram captadas, após anoitecer, em 22 de Janeiro (PST) ou (23 de Janeiro UTC).
Fonte: NASA

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Robô Opportunity chegou a Marte há 9 anos

O robô Opportunity passa o nono aniversário da aterragem em Marte, em 25 de Janeiro de 2004 (UTC), em missão num local de nome 'Matijevic Hill', na borda da cratera Endeavour. O campo de visão engloba a maior parte do terreno percorrido pelo robô durante uma volta de exploração, em Outubro e Novembro de 2012, para escolher os melhores locais a serem examinados. O afloramento escuro no centro esquerdo da imagem, chamado "Copper Cliff, e o afloramento claro no canto direito, de nome "Whitewater Lake", foram duas das estruturas investigadas na área - Crédito: NASA/JPL-Caltech/Arizona State Univ.

Apesar do robô Curiosity, da NASA, despertar mais atenção ultimamente, o veterano robô Opportunity continua a mover-se e a trabalhar na superfície de Marte, passados nove anos.
Para celebrar o 9º aniversário da chegada do Mars Exploration Rover Opportunity, da NASA, ao Planeta Vermelho, a equipa da missão científica divulgou uma imagem de 'Matijevic Hill', a área onde o robô se encontra em actividade, desde há alguns meses.
As imagens que compõem o mosaico foram captadas pela câmera panorâmica do Opportunity (Pancam), entre os dias 19 de Novembro e 3 de Dezembro de 2012. A visão é apresentado numa "cor natural" aproximada, a melhor estimativa como ela seria vista por olhos humanos, se lá estivessem.
Opportunity tocou o solo de Marte em 24 de Janeiro de 2004, PST (25 de Janeiro UTC), na região de Meridiani Planum, num local a cerca de 35,5 Km da localização actual.
Durante os primeiros três meses de trabalho, o robô forneceu para a Terra evidências de que há muito tempo a água existiu no solo e fluiu na superfície marciana. Actualmente está em "Matijevic Hill", uma área dentro do "Cabo York", na borda ocidental da cratera Endeavour, onde foram detectados minerais de argila, a partir de órbita.
O estudo neste local está a fornecer informação de condições ambientais diferentes, possivelmente um ambiente húmido mais antigo e menos ácido do que as condições que deixaram as pistas encontradas pelo Opportunity no início da missão em Marte.
Fonte: NASA

Tempo espacial: buraco coronal (sul) do Sol

O vento solar que flui deste buraco coronal sul pode chegar à Terra em 26-27 de Janeiro de 2013 - Crédito: SDO / AIA.

Nas primeiras horas desta quarta-feira (23 de Janeiro de 2013), o Observatório Solar Dinânico (SDO), da NASA, observou um buraco na atmosfera do Sol - um "buraco coronal" - no hemisfério sul do Sol, e que está a lançar uma corrente de vento solar para o espaço.
Os buracos coronais são áreas na atmosfera solar onde o campo magnético do Sol se abre, permitindo que o vento solar escape. As temperaturas dos buracos são frias, em comparação com as regiões activas das proximidades. A temperatura mais baixa é uma das razões para a aparência mais escura.
Um fluxo de vento solar, que flui a partir deste particular buraco coronal, deve atingir a órbita da Terra, em 26-27 de Janeiro, embora não se saiba se realmente vai atingir o nosso planeta. Atendendo a que o buraco negro se localiza a uma latitude elevada (sul), o vento solar que emite pode falhar a Terra, passando ao alto sobre o pólo sul terrestre. No entanto, há possibilidade de se formarem bonitas e coloridas auroras. Fonte: SpaceWeathercom

Estrela supergigante vermelha Betelgeuse, da constelação de Orion, em risco de colisão

Estrela supergigante vermelha Betelgeuse, captada pelo Observatório Espacial Herschel.  Tendo em conta o movimento de Betelgeuse pelo céu (para a esquerda), os arcos formados pelo seu próprio material  irão bater no filamento poeirento, situado mais à frente, dentro de 5000 anos, e a estrela também colide 12.500 anos mais tarde - Crédito da imagem: ESA / Herschel / PACS / L. Decin et al

A nova imagem da estrela supergigante vermelha Betelgeuse, captada em infravermelho pelo Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), com a participação da NASA, revela a turbulenta história de perda de massa de uma estrela em fim de vida.
Betelgeuse surge sobre o ombro da constelação de Orion, o Caçador. Pode ser vista facilmente a olho nu, nas primeiras horas do céu nocturno de inverno, a nordeste do hemisfério norte. É a estrela laranja/avermelhada, um pouco acima e à esquerda do cinturão de Orion, formado pelas famosas três estrelas, conhecidas também pelas Três Marias. É a gigante vermelha mais próxima da Terra, a cerca de 700 anos-luz.
Com cerca de mil vezes o diâmetro do nosso Sol e 100 000 vezes mais brilhante, Betelgeuse aparece rodeada por uma série de arcos quebrados de poeira, à sua esquerda, constituídos por material ejectado por ela e  moldados pela onda de choque entre os ventos estelares e o meio interestelar, enquanto a estrela se move no espaço (da direita para a esquerda), a uma velocidade de cerca de 30 Km por segundo.
Ao longo dos tempos, a estrela dilatou, à medida que vai perdendo uma parte significativa das suas camadas exteriores, tendo evoluído para uma supergigante vermelha. Provavelmente caminha para uma explosão de supernova espectacular.
A imagem mostra uma estrutura linear intrigante mais longe da estrela, para além dos arcos poeirentos, e que pode representar um filamento empoeirado iluminado e ligado ao campo magnético galáctico local, ou a borda de uma nuvem interestelar. Se assim for, e tendo em conta o movimento de Betelgeuse pelo céu (para a esquerda), os arcos irão bater no filamento dentro de 5000 anos, e a própria estrela também colide 12.500 anos mais tarde, se ainda não tiver explodido em supernova!
Fonte: NASA

ONU lança campanha contra o desperdício de alimentos

As Nações Unidas lançaram esta terça-feira (22 de Janeiro) uma campanha global para "reduzir drasticamente os 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos perdidos ou desperdiçados a cada ano, e ajudar a criar um "futuro sustentável" para todos.
Com o tema “Pensar. Comer. Preservar. Diga não ao desperdício”, a campanha é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla em inglês) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Um estudo recente revelou que cerca de um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo se perde ou é desperdiçado, durante os processos de produção e sistemas de consumo.
Muitos dos alimentos vão parar ao lixo ainda em boas condições para consumo, e poderiam alimentar milhões de pessoas com fome no mundo. Além disso, resíduos alimentares em decomposição no solo, desprovidos de luz e ar, produzem gás metano, contribuindo para o aquecimento global.
"Num mundo com uma população de 7000 milhões de pessoas, e que deve atingir os 9000 milhões até 2050, desperdiçar alimentos não faz sentido, seja do ponto de vista económico, ambiental ou ético", afirma o Director Executivo da UNEP, Achim Steiner.
A campanha incluirá diversas iniciativas em todo o mundo, partilhadas através do portal online www.thinkeatsave.org, que fornece, também, dicas para incentivar a produção e o consumo sustentáveis - será possível alimentar mais pessoas, reduz-se o impacto ambiental e poupa-se dinheiro.
Para Janez Potočnik, Comissário Europeu para o Ambiente, "menos resíduos de alimentos levaria a uma utilização mais eficiente do solo, uma melhor gestão dos recursos hídricos, um uso mais sustentável do fósforo, o que teria um efeito muito positivo nas alterações climáticas".
Fonte: Campanha "Diga não ao desperdício" via Publico.pt

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Sol em diferentes comprimentos de onda

Colagem de imagens solares obtidas pelo Observatório Solar Dinâmico (SDO), da NASA, mostrando como as observações do Sol, em diferentes comprimentos de onda, ajudam a realçar diferentes aspectos da superfície do sol e da sua atmosfera. (A colagem também inclui imagens de instrumentos do SDO que exibem informações magnética e Doppler.) - Crédito:NASA/SDO/Goddard Space Flight Center

Atendendo a que não se deve olhar o Sol directamente, pode obter-se uma imagem correspondente à visão a olho nu, fotografando a nossa estrela com uma câmara padrão.
A imagem mostra um disco amarelado, ou um pouco mais avermelhado se ele estiver perto do horizonte, pois a luz tem que viajar por mais atmosfera terrestre e, conseqüentemente, perde comprimentos de onda azul antes de chegar à lente da câmera.
Embora o Sol emita luz em todas as cores, o amarelo é o comprimento de onda mais brilhante do Sol, por isso, se vê mais essa cor a olho nu. A combinação de todas as cores visíveis forma o que os cientistas chamam de "luz branca".
No entanto, instrumentos especializados, tanto em telescópios terrestres ou espaciais, podem observar a luz muito para além das faixas visíveis a olho nu. Diferentes comprimentos de onda transmitem informações sobre diferentes componentes da superfície do Sol e da sua atmosfera. Por isso os cientistas os usam para obter um quadro completo - do ponto de vista científico e muito colorido -  da nossa estrela em constante mutação.
Fonte: NASA

Da escuridão nasce a luz

Imagem da nuvem escura, de nome Lupus 3, onde se estão a formar novas estrelas, tal como um enxame de estrelas brilhantes que já saiu desta maternidade estelar poeirenta, a cerca de de 600 anos-luz de distância, na constelação do Escorpião. A parte que aqui se mostra tem uma dimensão de cerca de 5 anos-luz.
É provável que o nosso Sol se tenha formado numa região de formação estelar semelhante, há mais de quatro mil milhões de anos.
Esta é uma das melhores imagens, obtidas no visível, deste objecto pouco conhecido, captada com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, situado no Observatório de La Silla, no Chile.
Crédito:ESO/F. Comeron

Neve em Bragança

A primeira neve deste inverno em Bragança, Portugal.


Tigres divertem-se na neve


Uma onda de frio atingiu a Europa e a neve cobriu muitos países, perturbando o tráfego nas estradas e os voos, e causando mesmo algumas mortes. No zoológico Longleat Safari Park, em Wiltshire, na Inglaterra, os tigres divertem-se e brincam na neve.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cratera gigante de Marte mostra vestígios de um antigo lago

Camadas de rochas no chão da cratera McLaughlin, em Marte, mostram rochas sedimentares contendo evidências espectroscópicas de minerais formados através da interacção com a água. A imagem foi obtida pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA - Crédito: NASA / JPL-Caltech / Univ. do Arizona

A partir de dados recolhidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, em órbita de Marte, pesquisadores detectaram minerais que se formam na presença de água. A descoberta fornece novas evidências de um ambiente húmido subterrâneo e potencialmente habitável no planeta vermelho, o que torna ainda mais complexa a sua história evolutiva.
Os cientistas analisaram a informação recolhida pela sonda na cratera de McLaughlin, com um diâmetro aproximado de 92 Km e 2,2 Km de profundidade. No fundo da cratera, foi possível identificar camadas de rochas contendo carbonatos e minerais de argila, que se formaram por interacção com a água, um ingrediente necessário à vida
Mas, a cratera McLaughlin não apresenta canais de fluxo de água do exterior, sugerindo que a formação dos carbonatos e minerais de argila se deu num lago alimentado por água subterrânea dentro da bacia fechada da cratera. A sua profundidade permitiu o fluxo de água do subsolo para o interior da cratera.

Estudo sugere que a Terra pode ter sido atingida por uma explosão de raios gama na Idade Média

Ilustração da fusão de duas estrelas de neutrões. Pensa-se que as explosões de raios gama de curta duração resultam da concentração de uma combinação de anãs brancas, estrelas de neutrões ou buracos negros - Crédito: NASA / Dana Berry

Analisando os anéis de árvores, os cientistas descobriram evidências que algo especial aconteceu no nosso planeta, durante a Idade Média.
Em 2012, os cientistas detectaram níveis elevados do isótopo carbono-14 e berílio-10, em anéis de árvores antigas, numa floresta japonesa de cedros, formados em 775 dC, sugerindo que a Terra foi atingida pela intensa radiação de um evento ocorrido na Via Láctea, no ano de 774 ou 775, embora não seja claro o tipo de evento cósmico causador de tal energia.
Estes isótopos formam-se quando a radiação vinda do espaço colide com átomos de azoto na atmosfera da Terra, e que acabam por decair originando estas formas mais pesadas de carbono e berílio.
Uma das explicações apresentadas sugeriu que o nosso planeta foi atingido pela radiação de uma erupção solar. Mas agora, um novo estudo dos astrónomos Valeri Hambaryan e Neuhӓuser Ralph, do Instituto de Astrofísica da Universidade de Jena, na Alemanha, aponta para uma explosão de raios gama, uma das radiações mais poderosas do universo.

Tráfico humano na Tailândia


Milhares de muçulmanos da etnia rohingya estão a abandonar Mianmar, correndo perigo de vida em frágeis embarcações, para escapar da violência de que são vítimas no seu país.
Interceptados pela marinha e polícia tailandesas, muitos refugiados são vendidos para traficantes humanos, que os maltratam e obrigam a pagar a sua liberdade, segundo uma investigação realizada pela BBC.
Fonte: BBC Brasil

domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma lição de vida da cadela Lilica


Todos os dias, a cadela Lilica percorre cerca de 2 Km para arranjar comida que leva aos outros animais amigos, abandonados como ela, e que partilham um espaço num ferro velho, no interior de S. Paulo, no Brasil. Uma verdadeira lição de vida para nós!

ONU aprovou o primeiro conjunto de medidas obrigatórias para controlar as emissões de mercúrio

Termómetros, pilhas pequenas (como as usadas em relógios) e pesticidas, são alguns dos produtos contendo mercúrio, cuja produção, importação e exportação serão proibídas dentro de cinco a dez anos, como resultado da Convenção de Minamata, nos países onde ainda se utilizam. Em 2007, a União Europeia proibiu o uso de mercúrio em termómetros e barómetros - Crédito imagem: wikipédia

Mais de 140 países membros das Nações Unidas concordaram num conjunto de medidas juridicamente vinculativas para controlar as emissões de mercúrio para o ambiente.
As negociações decorreram durante uma semana, em Genebra (Suiça), e culminaram com a adopção do novo tratado, no início da manhã de 19 de Janeiro de 2013, que é o primeiro de carácter ambiental e a nível mundial da ONU nos últimos dez anos.
As medidas, conhecidas como a Convenção de Minamata - com o nome da cidade japonesa que viveu um dos piores casos mundiais de envenenamento por mercúrio - serão formalmente aprovadas pelos governos, numa conferência internacional a realizar no Japão, no próximo mês de Outubro de 2013.
Os dados publicados recentemente pela ONU mostram que as emissões de mercúrio estão a subir em alguns países em desenvolvimento que, por isso, enfrentam um crescente aumento de riscos para a saúde e o ambiente.

sábado, 19 de janeiro de 2013

NASA envia Mona Lisa para a Lua com Laser

Cientistas da NASA transmitiram uma imagem da Mona Lisa, desde a Terra até à sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), em órbita da Lua, aproveitando impulsos de laser que rastreiam a nave espacial normalmente - Crédito imagem: wikipédia

Cientistas da NASA usaram um laser e transmitiram, a partir da Terra, uma imagem da famosa pintura de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa, para a nave espacial Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), a orbitar a Lua desde 2009. É a primeira vez que se consegue uma forma de comunicação a laser com um satélite em órbita lunar.
O sinal laser foi disparado de uma instalação, em Maryland (USA), e a Mona Lisa sorriu para a Lua ao ser recebida a 384400 km de distância pela nave LRO, através do seu instrumento científico Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA).
De acordo com os cientistas da NASA, esta transmissão da Mona Lisa é um grande avanço na comunicação a laser para naves interplanetárias. (ver vídeo da transmissão)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Poluição atmosférica em Pequim é a pior da história recente

Imagem, em cor natural, do nordeste da China, adquirida pelo satélite Terra, da NASA, em 14 de Janeiro de 2013. Mostra névoa extensa, nuvens baixas e nevoeiro sobre a região, onde as áreas mais claras tendem a ser nuvens ou neblina, que têm um tom de cinza ou amarelo da poluição do ar - Crédito: NASA/Earth Observatory/Jeff Schmaltz

Pequim (Beijing) e outras cidades chinesas, onde residem milhões de pessoas, encontram-se envoltas por uma densa névoa de poluição, desde este fim-de-semana, enfrentando um dos piores períodos de qualidade do ar na história recente. Os moradores da região foram avisados para permanecerem em casa e o governo ordenou uma redução das emissões das fábricas, enquanto os hospitais tiveram um aumento de 20-30 por cento de doentes com problemas respiratórios.
Na segunda-feira (14 de Janeiro de 2013), quando o satélite Terra, da NASA, captou a imagem do nordeste da China (mostrada em cima), os sensores da embaixada dos Estados Unidos em Pequim indicavam medições de 291 microgramas por metro cúbico de partículas de aerossóis no ar, designadas por PM2,5. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível seguro de PM2,5 deve ser inferior a 25.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tempo espacial: ejecção de massa coronal (CME) e erupções solares

O tríptico mostra uma ejecção de massa coronal ou CME emitida pelo Sol, na manhã de 13 de Janeiro de 2013. As imagens foram captadas pelo observatório Solar Terrestrial Relations Observatory, da NASA (STEREO) - Crédito: NASA / STEREO 

Este domingo, 13 de Janeiro de 2013, o Sol produziu uma ejecção de massa coronal, ou CME, dirigida à Terra, enviando partículas solares carregadas que poderão atingir o nosso planeta em 2-3 dias.
De acordo com os especialistas da NASA, a CME desloca-se a uma velocidade de 275 milhas (442,5 Km) por segundo, típica para as CMEs, embora muito mais lenta do que as mais rápidas, que podem ser quase dez vezes maiores do que esta velocidade.
Tratando-se de uma CME dirigida à Terra, pode causar uma tempestade geomagnética durante algum tempo, quando encontrar a camada exterior do campo magnético terrestre, conhecida por magnetosfera. No entanto, CMEs com esta velocidade podem não provocar tempestade e, apenas, originar auroras perto dos pólos. Também não é provável, segundo a NASA, que possam afectar os sistemas eléctricos ou interferir com o GPS ou sistemas baseados em satélites de comunicação.

Concurso sobre imagens microscópicas de seres vivos


Imagens impressionantes de seres vivos captados pela luz de microscópios fazem parte do concurso Olympus BioScapes Digital Imaging 2012, numa extraordinária ligação entre ciência e arte. As imagens mostram pormenores de algas, bactérias e outras formas de vida que não são visíveis a olho nu.
Em Dezembro de 2012, foram escolhidos os vencedores, que são os dez melhores trabalhos entre os mais de 2000 que participaram no concurso Olympus BioScapes. Para além destes, outros 62 trabalhos (imagens e vídeos) receberam menção honrosa. A selecção foi feita com base no tema científico abordado nas imagens, a sua beleza e as técnicas utilizadas na sua obtenção.
Todos os trabalhos seleccionados podem ser apreciados na galeria da página web do concurso.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Enxame estelar 47 Tucanae, uma "bola" de estrelas exóticas

Imagem do brilhante enxame de estrelas 47 Tucanae (NGC 104), captada pelo telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO, instalado no Observatório do Paranal, Chile - Crédito: ESO/M.-R. Cioni/VISTA Magellanic Cloud survey

Nova imagem do enxame globular 47 Tucanae, obtida com grande pormenor em infravermelho pelo telescópio VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO, instalado no Observatório do Paranal, Chile.
Os enxames globulares são enormes nuvens esféricas de estrelas velhas ligadas entre si pela gravidade. Encontram-se a orbitar os núcleos das galáxias, tal como os satélites orbitam a Terra.
Situado a a cerca de 15 000 anos-luz, na constelação austral do Tucano, 47 Tucanae orbita a nossa Via Láctea e é um dos enxames globulares mais brilhantes e de maior massa que se conhecem, podendo ser observado a olho nu. Com cerca de 120 anos-luz de dimensão, é tão grande que aparece no céu com o tamanho da Lua Cheia. É conhecido por possuir muitas estrelas e sistemas estranhos e interessantes.
Existem cerca de 150 enxames globulares que orbitam a nossa galáxia. O 47 Tucanae é o segundo de maior massa, depois do Omega Centauri.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sapo-parteiro está a desaparecer do cimo da Serra da Estrela

O fungo Batrachochytrium dendrobatidis está a reduzir a população de sapos-parteiros (Alytes obstetricans) que vive na Serra da Estrela, acima dos 1200 metros - Crédito: wikipédia

Em Portugal, o sapo-parteiro-comum, de nome científico Alytes obstetricans, existe na Região Centro e Norte de Portugal. Enquanto adulto, vive longe da água e escondido nas rochas. Na Serra da Estrela, a espécie reproduz-se a partir da Primavera. São os machos que transportam os ovos - daí o nome de sapo-parteiro - até os girinos estarem prestes a sair, altura em que os libertam para a água.
No entanto, nos últimos anos este sapo está a desaparecer da maioria dos locais onde habitava, a altitudes acima dos 1200 metros, devido a um fungo que causa a doença - quitridiomicose - que é responsável pelo declínio de muitas espécies de anfíbios em todo o mundo.
Num estudo agora publicado na revista Animal Conservation, uma equipa internacional de cientistas, entre os quais o português Gonçalo M. Rosa, avaliou o impacto desta infecção na Serra da Estrela, tendo concluído que houve uma diminuição de 67% de sapos-parteiros acima dos 1200 metros de altitude. A altitudes mais baixas, o fungo está presente, mas não existe tanta mortalidade. É a primeira vez que se documenta o declínio de uma espécie de anfíbio devido a esta doença, em Portugal.

NASA descarta impacto do asteróide Apophis com a Terra em 2036

Asteróide Apophis foi descoberto em 19 de Junho de 2004. De acordo com os cálculos efectuados por cientistas, ele não vai impactar a Terra em 2029, embora passe muito perto, nem em 2036 - Crédito: UH / IA 

Após a passagem - bastante distante - do asteróide Apophis pela Terra, os cientistas da NASA colocaram de lado a possibilidade do asteróide Apophis chocar com a Terra, durante um voo rasante em 2036. Os cientistas utilizaram informação actualizada obtida através de telescópios em 2011 e 2012, bem como os novos dados conseguidos com a aproximação do asteróide a cerca de 14,5 milhões de Km do nosso planeta, em 9 de Janeiro de 2013.
Descoberto em 2004, o asteróide, que é do tamanho aproximado de 3,5 campos de futebol, chamou logo a atenção de cientistas e meios de comunicação, porque os cálculos iniciais da órbita indicavam uma possibilidade 2,7 por cento de um impacto com a Terra, durante um sobrevoo em 2029. Cálculos posteriores eliminaram essa hipótese, restando ainda uma possibilidade remota de impacto em 2036.
No entanto, os novos dados proporcionados recentemente por observação óptica e radar permitem descartar a hipótese de um impacto do Apophis com a Terra em 2036, segundo os cientistas da NASA.
Para Don Yeomans, director do programa Near-Earth Object Program (NEO), da NASA, "a probabilidade de impacto, tal como estão agora, é inferior a um num milhão, o que nos deixa confortáveis para dizer que podemos efectivamente descartar um impacto com a Terra em 2036. O nosso interesse no asteróide Apophis vai ser essencialmente científico."

Cientistas revelam a maior galáxia do Universo

Esta imagem da gigante galáxia espiral barrada NGC 6872 combina imagens de luz visível do telescópio Very Large, do Observatório Europeu do Sul (ESO), com dados em ultravioleta extremo do telescópio GALEX, da NASA e, ainda, dados infravermelhos adquiridos pelo telescópio espacial Spitzer, da NASA. A espiral tem 522.000 anos-luz (medidos entre as extremidades dos braços), o que a torna cerca de 5 vezes maior do que a nossa galáxia, a Via Láctea. A pequena galáxia de disco IC 4970, que está a interagir com NGC 6872, está localizada acima da região central da espiral - Crédito: NASA Goddard Space Flight Center / ESO / JPL-Caltech / DSS 

Embora a espectacular galáxia espiral barrada NGC 6872 já fosse classificada entre os maiores objectos estelares conhecidos, uma equipa de astrónomos dos Estados Unidos, Chile e Brasil descobriu, agora, que é a maior galáxia espiral alguma vez registada.
Os cientistas analisaram dados de arquivo da missão Galaxy NASA Evolution Explorer (Galex), e ficaram surpreendidos ao ver uma grande faixa de luz ultravioleta formada por jovens estrelas, indicando uma enorme galáxia. O satélite Galex foi construído para procurar a luz ultravioleta irradiada por estrelas novas. Foi desligado em Fevereiro de 2012.
A galáxia NGC 6872 mede cerca de 522.000 anos-luz, entre as extremidades dos seus braços exagerados, com cinco vezes o tamanho da nossa galáxia, a Via Láctea. Este tamanho fora do vulgar deve-se à interacção entre NGC 6872 e a pequena galáxia de disco IC 4970, localizada acima da região central da galáxia espiral. Os cientistas acreditam que esta tem um quinto do tamanho da primeira, e que terá sido atraída por ela, tornando NGC 6872 maior do que se julgava.
Este interessante par de galáxias encontra-se a 212 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pavo, no hemisfério sul. Os astrónomos acreditam que as grandes galáxias, incluindo a Via Láctea, cresceram absorvendo inúmeros sistemas estelares mais pequenos, durante biliões de anos.
Fonte: NASA

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Metade dos alimentos produzidos no mundo vai para o lixo

Todos os anos são desperdiçados cerca de 2000 milhões de toneladas de comida que podiam alimentar os 1000 milhões de pessoas que passam fome. Muitos legumes e fruta são deitados fora pela sua aparência apenas! - Crédito: wikipédia

Metade da comida que se produz no mundo acaba no lixo ou a apodrecer no campo. Actualmente, produzem-se cerca de 4000 milhões de toneladas de alimentos por ano. Estima-se que entre 30% e 50% de toda a comida produzida nunca chega ao estômago humano. Esta é a perturbadora conclusão de um relatório, intitulado 'Global Food: Waste Not, Want Not', apresentado hoje pelo Institution Mechanical Engineers (IME) (Instituto de Engenheiros Mecânicos), da Grã-Bretanha.
Os resultados do estudo apontam 1,2-2000 milhões de toneladas de alimentos que não são aproveitados, uma quantidade impressionante de alimentos desperdiçados e perdidos em todo o mundo, e que podiam ser utilizados para alimentar a crescente população mundial, bem como aqueles que têm fome hoje (cerca de 1000 milhões de pessoas).
Os números apresentados no relatório do IME ainda não reflectem, no entanto, outro tipo de perdas, que constituem também um desperdício desnecessário de recursos naturais, como a água, terra e energia que foram utilizados na produção, processamento e distribuição dos alimentos.
Em Portugal desperdiça-se um milhão de toneladas de alimentos por ano, (17% do que é produzido pelo país), de acordo com as conclusões do PERDA - Projecto de Estudo e Reflexão sobre Desperdício Alimentar, apresentadas em Dezembro de 2012.

Orcas presas no gelo no Canadá já se libertaram


Um grupo de 11/12 orcas ficou preso debaixo do gelo que se formou na superfície do mar, na Baía de Hudson, no Canadá. Entre elas havia crias, poderia ser um grupo familiar. Os animais ficaram bloqueados desde segunda-feira (7 de Janeiro).
Segundo os moradores de uma comunidade próxima, Inuit de Inukjuak, no Quebec, as orcas faziam turnos para respirar através de uma pequena abertura para a superfície, que parecia cada vez mais pequena. As orcas corriam o risco de morrerem sufocadas ou por exaustão. Elas não costumam aparecer na baía durante o mês de Janeiro. No entanto, este ano o gelo formou-se mais tarde, o que deve ter surpreendido os animais.
Na impossibilidade de as poderem salvar, pois estavam a 25 Km de um local de mar não congelado, os habitantes locais solicitaram ao governo canadiano um navio quebra-gelo para abrir uma passagem através do gelo.
Entretanto, começaram a circular notícias na Internet que as orcas conseguiram libertar-se sozinhas, esta noite, possivelmente aproveitando alterações das condições de tempo na região.

Orfanato de rinocerontes, para salvar a espécie na África do Sul


A África do Sul criou o primeiro orfanato mundial para rinocerontes. Para além dos cuidados médicos, as crias ficam protegidas da caça ilegal.
O ano de 2012 foi bastante desastroso para os rinocerontes deste país. Cerca de 633 foram mortos - de acordo com os registos - por causa do seu chifre de marfim, considerado afrodisíacos em muitos países. Deste modo, muitas crias acabam por ficar órfãs, o que levou à criação do orfanato para protecção da espécie.
Fonte: ÚltimoSegundo

Zâmbia proíbe a caça de leões e leopardos

Leões africanos estão à beira da extinção - Crédito: wikipédia

Uma boa notícia neste início de 2013 para os leões e leopardos da Zâmbia. As autoridades do país anunciaram hoje a proibição da caça destes grandes felinos, devido ao rápido declínio no seu número em estado selvagem.
De acordo com a ministra do turismo da Zâmbia, Sylvia Masebo, o país não tem leões suficientes para a caça, é necessário proteger as espécies. Além disso, eles são muito mais valiosos ao atraírem turistas de todo o mundo para observá-los em liberdade.
De acordo com estimativas, a população de leões na Zâmbia, país da África Austral, não tem mais que 4500 exemplares, desconhecendo-se a população de leopardos.
Também o país vizinho Botswana tenciona terminar toda a caça desportiva a partir de 2014, e o Quénia já suspendeu toda a caça desportiva há algumas décadas.
Fonte: BBCnews

Link relacionado:
Leões africanos estão à beira da extinção

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cientistas sugerem pedaços de gelo de hidrocarbonetos flutuando nos lagos de Titã

Ilustração mostrando como poderia parecer a formação de gelo de hidrocarbonetos num mar de hidrocarbonetos líquidos, em Titã, lua de Saturno. Um novo modelo de cientistas da missão Cassini, da NASA, sugere que pedaços de gelo de metano e etano - que aparecem aqui como os aglomerados de cor clara - poderiam flutuar em determinadas condições - Crédito: NASA/JPL-Caltech/USGS

Pedaços de gelo de hidrocarbonetos podem flutuar na superfície dos lagos e mares de hidrocarbonetos líquidos existentes em Titã, a maior lua de Saturno. É o que sugere um novo estudo de cientistas da missão Cassini, da NASA, o que poderia explicar algumas das diferenças detectadas pela sonda Cassini na reflectividade das superfícies de lagos em Titã.
"Uma das questões mais intrigantes sobre estes lagos e mares é se eles podem hospedar alguma forma de vida exótica", disse Jonathan Lunine, co-autor de um artigo científico e cientista da Cassini/Titã, da Universidade de Cornell, Ithaca, NY. Para o cientista, "a formação de gelo de hidrocarbonetos flutuante será uma oportunidade para química interessante ao longo da fronteira entre o líquido e o sólido, um limite que pode ter sido importante na origem da vida terrestre."

Telescópio Herschel capta imagens do asteróide Apophis, mais próximo da Terra hoje

O Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA) captou o asteróide Apophis no seu campo de visão durante a aproximação à Terra, em 5 e 6 de Janeiro de 2013. A imagem mostra o asteróide Apophis em três comprimentos de onda: 70, 100 e 160 microns, respectivamente - Crédito: ESA/Herschel/PACS/MACH-11/MPE/ESAC

O asteróide Apophis, considerado potencialmente perigoso, faz a sua maior aproximação à Terra hoje, 9 de Janeiro de 2013, passando a cerca de 14,5 milhões de Km, não constituindo qualquer perigo de impacto para o nosso planeta, pelo menos desta vez.
Aproveitando a sua maior proximidade, o Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), fez novas observações do asteróide, durante o fim-de-semana passada. Os dados mostram que o asteróide parece ser maior do que a primeira estimativa, e menos reflexivo (reflecte menos luz).
O telescópio Herschel fez as primeiras observações em infravermelho térmico do asteróide, e em diferentes comprimentos de onda.
A rocha espacial catalogada (99942) Apophis (anteriormente 2.004 MN4), é muitas vezes apelidada de "o asteróide do fim-do mundo', após as primeiras observações feitas quando foi descoberto, em 2004, em que se calculou uma probabilidade de 2,7% de atingir a Terra em Abril de 2029. Dados posteriores eliminaram a hipótese de impacto nesta data, embora o asteróide vai passar muito perto, dentro de 36 000 km da superfície da Terra, mais próximo ainda do que as órbitas dos satélites geoestacionários.
Apophis regressará novamente à Terra em 2036, mas não se sabe a que distância, pois prevê-se que a aproximação de 2029 alterará substancialmente a sua órbita.

Astrónomos descobrem possível cinturão de asteróides em torno da estrela Vega

Os telescópios espaciais Spitzer e Herschel detectaram evidências de um cinturão de asteróides à volta de Vega, a estrela mais brilhante da constelação de Lira, localizada a 25 anos-luz do nosso Sistema Solar - Crédito: NASA/JPL-Caltech

Com base em dados dos telescópios espaciais Spitzer, da NASA, e Herschel, da ESA, os astrónomos descobriram o que parece ser um grande cinturão (cintura) de asteróides em torno da estrela Vega, a segunda estrela mais brilhante no céu nocturno do hemisfério norte.  A descoberta deste anel de detritos circundando Vega torna esta estrela semelhante à estrela Fomalhaut.
Os dados são consistentes para as duas estrelas, ambas com cinturões internos quentes e cinturões frios externos, separados por um espaço. Esta estrutura é semelhante ao que se passa no nosso próprio Sistema Solar, com o cinturão interno de asteróides e o cinturão externo de Kuiper.

Supernova Cassiopeia A: restos de uma estrela morta

Restos da supernova Cassiopeia A, observados pelo telescópio de raios X de alta energia NuSTAR, da NASA, sobrepostos a uma imagem de fundo em luz visível pelo Digitized Sky Survey - Crédito: NASA/JPL-Caltech/DSS

Bonita nova imagem dos históricos remanescentes da supernova Cassiopeia A, localizada 11.000 anos-luz de distância, captada pelo telescópio Nuclear Spectroscopic Telescope Array, ou NuSTAR, em raios X de alta energia.
Pensa-se que a luz da explosão estelar que criou Cassiopeia A atingiu a Terra há cerca de 300 anos, depois de viajar 11 mil anos até chegar ao nosso planeta.
A estrela já terminou há muitos anos, mas os seus restos ainda continuam activos. O anel exterior azul é onde a onda de choque da explosão supernova colide com o material circundante, atingindo partículas a velocidades elevadas.
Os raios X de luz com energias entre 10 e 20 KeV (mil electrões-volt) são azuis; raios-X de 8 a 10 keV são verdes, e raios-X de 4,5 a 5,5 KeV são vermelhos.
A imagem de fundo estrelado é do Digitized Sky Survey.
Fonte: NASA

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Telescópios espaciais observam padrões de tempo numa anã castanha

Ilustração da anã castanha, de nome 2MASSJ22282889-431026, observada pelos telescópios espaciais Spitzer e Hubble - Crédito: NASA / JPL-Caltech

Com ajuda dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble, astrónomos observaram a atmosfera turbulenta de uma anã castanha, e criaram o "mapa do tempo" mais detalhado para este tipo de corpos frios semelhantes a estrelas.
Os telescópios observaram simultaneamente o objecto, a rodar a cada 1,4 horas. Os resultados sugerem ventos e nuvens envolvendo este estranho mundo.
As anãs castanhas formam-se por condensação de gás, como as estrelas, mas não têm a massa suficiente para fundir átomos de hidrogénio e produzir energia. Em vez disso, estes corpos, que alguns chamam de estrelas fracassadas, são mais parecidos a planetas de gás, com atmosferas variadas e complexas. As suas atmosferas podem ser semelhantes à do planeta gigante Júpiter.
A nova pesquisa pode ajudar uma melhor compreensão não só de anãs castanhas, mas também das atmosferas de planetas, fora do nosso sistema solar.
O estudo descrevendo os resultados, liderado por Esther Buenzli, da Universidade do Arizona, está publicado no Astrophysical Journal Letters.
Fonte: NASA

Buracos negros brilham numa bela galáxia espiral

Nova imagem da galáxia espiral IC 342, também conhecida como Caldwell 5, que inclui observações do telescópio NuStar, da NASA, e imagem de luz visível, a partir do Digitized Sky Survey - Crédito: NASA / JPL-Caltech / DSS

Esta nova imagem da galáxia espiral IC 342, também conhecida como Caldwell 5, inclui dados do telescópio Nuclear Spectroscopic Telescope Array ou NuSTAR, da NASA. As observações em raios X de alta energia do NuSTAR permitiram salientar dois brilhantes buracos negros escondidos no seu interior - na imagem em cor magenta.
Os dados do NuSTAR estão sobrepostas a uma imagem de luz visível, a partir do Digitized Sky Survey, destacando a galáxia e os seus braços cheios de estrelas.
NuSTAR, lançado a 13 de Junho de 2012, é o primeiro telescópio orbital para tirar fotos em raios X de alta energia. É possível ver objectos muito mais detalhadamente que outras missões anteriores operando em comprimentos de onda semelhantes.
NuSTAR começou a pesquisar buracos negros na região interna da galáxia Via Láctea e noutras galáxias distantes no universo. A galáxia espiral IC342 é um dos seus alvos, situada a 7 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Camelopardalis (a girafa).

Robô Curiosity limpa o pó em Marte

Esta imagem do Curiosity Mars Rover, da NASA, mostra o pedaço de rocha limpo durante a primeira utilização da escova para remoção de poeira (DRT) - Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

Entre as várias actividades que o robô Curiosity pode realizar em Marte, encontram-se algumas limpezas como, por exemplo, retirar a poeira que cobre as rochas para serem analisadas.
A imagem tirada pelo robô mostra um pedaço de rocha limpo de poeira, utilizando pela primeira vez uma escova que ele transporta na extremidade do seu braço, designada por DRT (Dust Removal Tool ou ferramenta para remoção do pó).
A actividade foi realizada no 150º dia marciano, ou Sol, da missão (6 de Janeiro de 2013). A imagem foi captada a cerca de 25 cm, depois da escovagem completa da rocha baptizada "Ekwir_1", com a dimensão aproximada de 47 milímetros por 62 milímetros.
Fonte: NASA

Descoberto primeiro fóssil de ave com dentes adaptados para alimentos duros

Ilustração da ave Sulcavis geeorum em voo - Crédito: Stephanie Abramowicz

Enquanto as aves actuais possuem bico para se alimentarem, órgãos com proporções e formas variadas - reflectindo a diversidade de habitats -, os seus antepassados fósseis apresentavam dentes. Agora foi descoberto um novo fóssil que mostra que algumas aves fósseis evoluíram desenvolvendo dentes adaptados a dietas especializadas.
Um estudo dos dentes de uma nova espécie de ave primitiva, Sulcavis geeorum, publicado na última edição do Journal of Vertebrate Paleontology, sugere esta ave fóssil tinha os dentes capazes de comer presas com exoesqueletos duros, como insectos ou caranguejos.
Os investigadores acreditam que os dentes do novo exemplar fazem aumentar bastante a diversidade conhecida de formas de dentes das aves primitivas, revelando uma diversidade ecológica anterior não reconhecida.
Sulcavis geeorum é uma ave Enantiornithes, do Cretáceo Inferior (121-125 milhões de anos) da província de Liaoning, na China. Enantiornithes constituía um grupo primitivo (já extinto) de aves, as mais numerosas do Mesozóico (o tempo dos dinossauros). Sulcavis é a primeira descoberta de uma ave com dentes ornamentados de esmalte.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Quilograma ficou mais "gordinho" e vai a banhos de Sol para perder peso

Imagem gerada por computador do Quilograma Protótipo Internacional (QPI) - Crédito: wikipédia (Greg AL) 

O quilograma, que é uma referência internacional para todos os pesos, está a ficar mais "gordinho" por acumulação de contaminantes e, por isso, o seu peso tem aumentado ao longo dos anos. A solução encontrada pelos especialistas foi limpar os quilogramas com ultravioletas e ozono, para perderem peso.
A alteração dos quilogramas constitui um problema sério de medida para a comunidade internacional. O quilograma original, chamado Quilograma Protótipo Internacional (QPI) (International Prototype Kilogram, (IPK)), que data de 1875, está guardado em Paris no Gabinete Internacional de Pesos e Medidas. Em 1884, foram feitas 40 réplicas oficiais deste peso - em platína e irídio - e distribuídas pelo mundo. A partir destas cópias, foram ainda construídos mais quilogramas, um por cada país.
De acordo com um artigo publicado na revista científicaMetrologia, as 40 cópias têm acumulado contaminantes na sua superfície, mesmo protegidas, o que faz aumentar o peso em dezenas de microgramas. No entanto, como explica um dos autores do artigo, Peter Cumpson, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, "o problema é que há diferenças mínimas entre cópias. O QPI e as suas 40 réplicas estão a aumentar a ritmos diferentes. E a divergir do original.”
Para tentar retirar o excesso de peso, a equipa de cientistas está a dar "banhos de Sol" às superfícies metálicas dos quilogramas, expondo-as a uma mistura de raios ultravioletas e ozono para remover os contaminantes e os protótipos dos quilogramas potencialmente regressem aos seus pesos ideais.
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