segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cientistas desvendam segredos da seda de aranhas

Na imagem, uma aranha fêmea Nephila clavipes na sua teia, acompanhada pelo macho (menor). Os cientistas estudaram a seda da teia através de espectroscopia de Brillouin, para determinar, directamente e de forma não-invasiva, as suas propriedades mecânicas - Crédito: wikipédia

Cientistas da Universidade do Estado de Arizona (ASU), dos Estados Unidos, deram mais um passo no sentido de compreender o que torna tão forte o fio de seda que as aranhas fabricam. Eles encontraram uma forma de obter uma grande variedade de propriedades elásticas da seda de várias teias de aranhas vivas, através de uma técnica sofisticada e não-invasiva, de dispersão de luz laser.
"A seda da aranha tem uma combinação única de resistência mecânica e elasticidade que a tornam um dos materiais mais resistentes conhecidos", disse o professor Jeffery Yarger, do Departamento de Química e Bioquímica, da universidade ASU, e principal pesquisador do estudo.
A seda da aranha é um polímero biológico excepcional, relacionado com o colagénio - material fundamental para unir e fortalecer os tecidos, por exemplo, pele e ossos - mas com uma estrutura muito mais complexa.
A equipa de químicos da universidade ASU está a estudar a estrutura molecular da seda de aranhas, num esforço para produzir materiais que vão desde coletes a tendões artificiais.
A extensa série de propriedades das sedas de aranhas, obtida pelos investigadores, vai ajudar a compreender a interacção entre as propriedades mecânicas e a estrutura molecular da seda usada para tecer as teias.
Os cientistas estudaram quatro tipos diferentes de teias de aranha: Nephila clavipes (na foto), Argiope aurantia (aranha preto e amarela de jardim), Latrodectus hesperus(a viúva negra ocidental) e Peucetia viridans, aranha verde brilhante, a única incluída que não constrói teia para apanhar as presas, mas tem propriedades elásticas da seda semelhantes às outras espécies estudadas.
A equipa publicou os resultados na revista Nature Materials, em 27 de Janeiro de 2013.
Fonte: Science Daily

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