quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Estrela supergigante vermelha Betelgeuse, da constelação de Orion, em risco de colisão

Estrela supergigante vermelha Betelgeuse, captada pelo Observatório Espacial Herschel.  Tendo em conta o movimento de Betelgeuse pelo céu (para a esquerda), os arcos formados pelo seu próprio material  irão bater no filamento poeirento, situado mais à frente, dentro de 5000 anos, e a estrela também colide 12.500 anos mais tarde - Crédito da imagem: ESA / Herschel / PACS / L. Decin et al

A nova imagem da estrela supergigante vermelha Betelgeuse, captada em infravermelho pelo Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), com a participação da NASA, revela a turbulenta história de perda de massa de uma estrela em fim de vida.
Betelgeuse surge sobre o ombro da constelação de Orion, o Caçador. Pode ser vista facilmente a olho nu, nas primeiras horas do céu nocturno de inverno, a nordeste do hemisfério norte. É a estrela laranja/avermelhada, um pouco acima e à esquerda do cinturão de Orion, formado pelas famosas três estrelas, conhecidas também pelas Três Marias. É a gigante vermelha mais próxima da Terra, a cerca de 700 anos-luz.
Com cerca de mil vezes o diâmetro do nosso Sol e 100 000 vezes mais brilhante, Betelgeuse aparece rodeada por uma série de arcos quebrados de poeira, à sua esquerda, constituídos por material ejectado por ela e  moldados pela onda de choque entre os ventos estelares e o meio interestelar, enquanto a estrela se move no espaço (da direita para a esquerda), a uma velocidade de cerca de 30 Km por segundo.
Ao longo dos tempos, a estrela dilatou, à medida que vai perdendo uma parte significativa das suas camadas exteriores, tendo evoluído para uma supergigante vermelha. Provavelmente caminha para uma explosão de supernova espectacular.
A imagem mostra uma estrutura linear intrigante mais longe da estrela, para além dos arcos poeirentos, e que pode representar um filamento empoeirado iluminado e ligado ao campo magnético galáctico local, ou a borda de uma nuvem interestelar. Se assim for, e tendo em conta o movimento de Betelgeuse pelo céu (para a esquerda), os arcos irão bater no filamento dentro de 5000 anos, e a própria estrela também colide 12.500 anos mais tarde, se ainda não tiver explodido em supernova!
Fonte: NASA

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