quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Estudo sugere que a exposiçãp prolongada à radiação cósmica pode acelerar a doença de Alzheimer

Ilustração de uma missão humana a Marte, pintura de 1989 de Les Bossinas do Lewis Research Center para a NASA - Crédito: wikipédia

A radiação cósmica a que estão submetidos os astronautas em longas viagens espaciais, como por exemplo a Marte, pode acelerar o desenvolvimento da doença de Alzheimer, segundo um novo estudo publicado na revista 'Plos One'.
"A radiação cósmica galáctica representa uma ameaça importante para os futuros astronautas", afirmou Kerry O'Banion, professor no Departamento de Neurobiología e Anatomía do Centro Médico da Universidade de Rochester (Estados Unidos) e principal autor da investigação.
Sabe-se que a exposição à radiação do espaço pode causar problemas de saúde como o cancro. Mas "este estudo demonstra que a exposição a níveis de radiação equivalentes a uma missão a Marte poderia produzir problemas cognitivos e acelerar alterações no cérebro que estão associadas com a doença de Alzheimer", salientou o especialista.
O espaço está cheio de radiação, mas o campo magnético terrestre geralmente protege o planeta e as pessoas em órbita baixa da Terra destas partículas. Contudo, quando os astronautas ultrapassam esta órbita ficam expostas ao bombardeamento constante de diversas partículas radioactivas.
Vários estudos já demonstraram o potencial risco de cancro, problemas cardiovasculares e musculoesqueléticos da radiação cósmica galáctica. O novo estudo examina, pela primeira vez, o potencial impacto da radiação do espaço na neurodegeneração, em particular, os processos biológicos do cérebro que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. 
Kerry O'Banion - cuja pesquisa se ​​concentra em como a radiação afecta o sistema nervoso central - e a sua equipa vêm trabalhando com a NASA há mais de oito anos.
 "Estes resultados sugerem claramente que a exposição à radiação no espaço tem o potencial para acelerar o desenvolvimento da doença de Alzheimer", disse O'Banion. Para este especialista, este é outro factor que a NASA - que está claramente preocupada com os riscos de saúde para os seus astronautas - terá de ter em conta, ao planear as futuras missões."
Fonte: Science Daily News e europapress.es

Sem comentários: