segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Restos de satélite soviético deverão cair na Terra, esta terça-feira (29 de Janeiro)

"Lixo espacial" em órbita baixa da Terra - Crédito: NASA(Earth Observatory

O satélite da antiga União Soviética, Kosmos-1484, lançado em 1983 para explorar os recursos naturais do nosso planeta, está a despenhar-se e deverá cair na Terra esta terça-feira (29 de Janeiro). Pensa-se que irá desintegrar-se, completamente, ao entrar na atmosfera terrestre.
O Kosmos-1484, pesando mais de duas toneladas, e do tamanho de um pequeno autocarro, nunca chegou a cumprir a sua função, devido a uma avaria no sistema de orientação. Além disso, sofreu uma explosão há 10 anos, perdendo parte da estrutura original. Desde o início, este satélite faz parte do "lixo espacial" que orbita o nosso planeta.
Há cerca de um ano, a sonda russa 'Fobos-Grunt' falhou a sua missão a Marte e afundou no Oceano Pacífico. Em Setembro de 2011, o satélite americano UARS também caíu no Pacífico, seguindo-se o satélite alemão ROSAT, no Oceano Índico, apenas um mês depois.
Segundo os cálculos da Agência Espacial Europeia (ESA), actualmente existem mais de 20 mil objectos com mais de dez centímetros a orbitar a Terra. Todo esse "lixo espacial", mesmo as partículas mais pequenas, pode danificar os satélites activos, Estação Espacial Internacional, colocando em perigo a vida dos astronautas.
A enorme quantidade de lixo solar também é afectada pela actividade do Sol no seu ciclo solar de 11 anos. A nossa estrela encontra-se no Ciclo Solar 24, cujo pico se espera no início ou meados deste ano de 2013.
"Lixo espacial" em órbita alta da Terra - Crédito:NASA(Earth Observatory

O aumento da actividade solar aquece a atmosfera da Terra, fazendo-a expandir. Esta expansão aumenta a densidade da atmosfera em determinada altitude, o que, por sua vez, faz aumentar o arrastamento de lixo espacial, bem como satélites, fazendo com que estes objectos possam cair mais rapidamente de volta à Terra.
No entanto, cientistas do Centro Espacial Johnson, em Houston, afirmam que o máximo da actividade solar prevista para este ano pode ser a mais baixa em 100 anos. Deste modo, muito menos detritos, grandes e pequenos, vão cair na Terra, em comparação com um ciclo solar mais normal.
Fonte: Space.com / El Mundo.es

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