terça-feira, 30 de julho de 2013

A Terra vista do espaço

Magnífica imagem da Terra captada pelo satélite Suomi NPP, da NASA, em 3 de Fevereiro de 2012, mostrando o Norte de África e a Península Ibérica espreitando por entre as nuvens, na parte central.
Mais imagens espectaculares do nosso planeta em Visible Earth.
Crédito: Norman Kuring, NASA GSFC

Península Ibérica vista do espaço

A imagem mostra a Península Ibérica observada pelo satélite Terra, da NASA, nesta terça-feira (30 de Julho de 2013).
É sempre bom verificar que pelo menos a essa hora - cerca das 11:30 (UTC-hora de Lisboa) - não havia qualquer foco de incêndio activo em Portugal, um flagelo frequente nesta época de calor e que todos os anos vai destruindo a riqueza florestal do país, colocando em perigo as vidas e bens dos habitantes.
Na vizinha Espanha o satélite detecta o que parece serem quatro fogos (os pontinhos avermelhados).
Mais informações em http://lance-modis.eosdis.nasa.gov/cgi-bin/imagery/realtime.cgi

Golfinhos reconhecem-se uns aos outros pelo seu "nome" na forma de som (assobio)

 

Investigadores da Universidade de St. Andrews, na Escócia, gravaram os sons produzidos por um grupo de golfinhos roazes (Tursiops truncatus) e concluiram que eles se chamam uns aos outros pelo "nome", usando assobios característicos para se comunicarem e manterem unidos no grupo.
De acordo com o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy Scientes (PNAS), em 22 de Julho de 2013, cada animal responde apenas ao som que o identifica. Tudo indica que estes golfinhos são os únicos mamíferos não-humanos a usar sons individuais na comunicação entre eles.
Mais informações em Público.pt e ÚltimoSegundo

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dia Internacional do Tigre

Existem apenas cerca de 3.200 tigres selvagens em todo o mundo - Crédito: wikipédia

Hoje é o Dia Internacional do Tigre para alertar sobre a necessidade de aumentar e reforçar a protecção deste magnífico felino e do seu habitat.
Em pouco mais de um século, a população de tigres selvagens reduziu de 97%, restando apenas cerca de 3.200 animais, distribuídos por 13 países.
Eles enfrentam várias ameaças, como a caça furtiva que alimenta o comércio ilegal de peles e partes de tigre, para além da destruição e fragmentação do seu habitat como resultado da exploração madeireira ilegal e plantações comerciais.
Muitos países não têm a capacidade e os recursos para monitorar adequadamente as populações de tigres e das presas que constituem o seu alimento. Algumas organizações conservacionistas, como a WWF (Fundo Mundial para a Natureza), procuram ajudar nos esforços de conservação desta espécie em extinção, tendo como objectivo duplicar o número de tigres selvagens até 2022.
De acordo com a organização WWF, este dia mundial do tigre de 2013 também é de esperança para a espécie, com a recente colaboração da Rússia e da China nos esforços para aumentar a população mundial de tigres. Os dois países assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para cooperar na conservação do tigre e do leopardo de Amur, monitorizando as populações dos felinos e suas presas e aumentando, também, as actividades contra a caça furtiva em áreas críticas da sua fronteira.
Por sua vez, o Governo do Nepal acaba de anunciar que o número de tigres selvagens no país é de 198 (163 - 235), o que representa um aumento na população de 63% em relação ao último levantamento, em 2009.
Para saber mais sobre os tigres, consulte http://wwf.panda.org/what_we_do/endangered_species/tigers/

Nem a Lua pode estar em paz no céu!


“Aqui os homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez a Lua. Viemos em paz em nome de toda a Humanidade”, é a mensagem de uma placa deixada por Neil Amstrong na superfícir lunar, em Julho de 1969, durante a missão Apollo 11.
Agora, um polémico novo projeto de lei apresentado no Congresso dos EUA pretende estabelecer um Parque Histórico Nacional abrangendo os locais de alunagem das missões Apollo, praticamente transformando esses lugares em território americano, com o intuito de os proteger para as gerações vindouras. Apenas o local de pouso da Apollo 11 está proposto como Património Mundial da Humanidade.
Em total desacordo com a ideia, a minha homenagem à Lua através do êxito de Ângela Maria, "A Lua é dos namorados", do carnaval brasileiro de 1961, inspirado na corrida espacial entre russos e americanos:
http://www.youtube.com/watch?v=NI3ebGNiGC4

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O cometa ISON aproxima-se do Sistema Solar Interior

Magnífica imagem do cometa ISON com a sua longa cauda flutuando num cenário com inúmeras galáxias em pano de fundo e estrelas em primeiro plano. É uma composição de imagens captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, em 30 de Abril de 2013 - Crédito: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

O cometa ISON, de nome oficial C/2012 S1, é, como todos os cometas, uma bola de neve suja composta de poeira e gases congelados como água, amónia, metano e dióxido de carbono. Os cientistas acreditam que estes são alguns dos blocos de construção fundamentais que levaram à formação dos planetas há 4,5 biliões de anos.
De acordo com os cientistas, o cometa está a fazer a sua primeira viagem em direcção ao sistema solar interior, vindo da distante Nuvem de Oort, uma colecção aproximadamente esférica de cometas e estruturas em forma de cometa que existe num espaço entre um décimo ano-luz e um ano-luz do Sol.
ISON vai passar a cerca de 1.200 mil quilómetros do Sol, em 28 de Novembro, tornando-se um cometa Sungrazer (rasante), que poderá evaporar ainda mais a sua poeira rochosa perto do periélio - ponto da órbita mais próximo do Sol, podendo revelar melhor a sua composição.
À medida que se aproxima do Sol, o cometa vai aquecendo gradualmente e, neste processo, vão-se libertando diferentes gases conforme vão sendo ultrapassados os seus pontos de evaporação. Os cientistas estão a monitorizar toda esta actividade a partir do solo e também do espaço.
Utilizando o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, astrónomos observaram fortes emissões de dióxido de carbono com origem no cometa ISON. As observações do telescópio, em infravermelho, indicam a emissão lenta de dióxido de carbono, juntamente com poeira, formando uma cauda com cerca de 300.000 quilómetros de comprimento.

Os misteriosos centauros podem ser cometas, segundo observações do telescópio WISE

A ilustração mostra uma criatura Centauro junto com os asteróides( à esquerda) e cometas (à direita) - Crédito:NASA/JPL-Caltech

Os centauros são pequenos corpos celestes que orbitam o Sol, entre Júpiter e Neptuno. Até agora, os astrónomos não tinham a certeza se os centauros são asteróides arremessados ​​para fora do sistema solar interior ou cometas vindos de longe que viajam em direcção ao Sol. A sua dupla natureza deu-lhes o nome da criatura mitológica grega cuja cabeça e tronco são humanos e as pernas são as de um cavalo.
Mas, um novo estudo baseado em observações do telescópio de infravermelhos Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), da NASA, determinou que a maioria dos centauros é constituída por cometas.
Os resultados sugerem que cerca de dois terços da população de centauros são cometas, vindos dos confins gelados do nosso sistema solar. Os dados infravermelhos do WISE, juntamente com observações anteriores de luz visível, mostraram que muitos dos centauros têm cores escuras como fuligem e azul-cinza, sinais indicadores de cometas. No entanto, não está claro se o restante um terço da população é composta de asteróides.
"Assim como as criaturas míticas, os objectos centauro parecem ter uma vida dupla", disse James Bauer, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, e autor principal de um artigo publicado online na revista científica Astrophysical Journal, em 22 de Julho. "Os nossos dados apontam para uma origem como cometas para a maioria dos objectos, e provenientes do sistema solar mais profundo." Fonte: NASA

Fotossíntese das plantas observada a partir do espaço

No interior dos cloroplastos das células vegetais, a luz solar é convertida em energia, havendo emissão de  fluorescência no processo. Através de satélites, os cientistas podem detectar e medir essa fluorescência - Crédito: NASA Goddard's Conceptual Image Lab/T. Chase

O desenvolvimento das plantas dá-se através da fotossíntese, um processo que converte a luz solar em energia.
A luz dá às plantas a energia que elas precisam para crescer, mas quando recebem muita luz elas emitem o que é conhecido por fluorescência - luz invisível ao olho nu, mas detectável por satélites que orbitam a centenas de quilómetros acima da Terra.
Os cientistas da NASA criaram um novo método para transformar os dados de satélite em mapas globais, mais detalhados de sempre, sobre a fluorescência emanada a nível celular pelas plantas da Terra.
As plantas saudáveis ​​utilizam a energia da luz solar para realizar a fotossíntese e devolver alguma dessa luz na forma de um brilho fraco, mas mensurável. Isto significa que uma fluorescência abundante indica fotossíntese activa e uma planta em bom funcionamento, enquanto uma fluorescência fraca ou ausente pode significar que a planta está em stress ou morta.
Os mapas sobre o fenómeno permitem aos cientistas visualizar a saúde das plantas. Observando mudanças de intensidade ao longo do tempo, eles consegem distinguir plantas em stress, mortas ou inactivas da vegetação saudável e em crescimento. Além disso, podem ser importantes para os agricultores interessados ​​em detectar os primeiros indícios de stress das suas culturas e também para os ecologistas que procuram entender melhor a vegetação global e os processos do ciclo de carbono.
O vídeo que segue mostra explica como os cientistas observam a fotossíntese das plantas terrestres a partir do espaço:

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cientistas explicam a surpreendente aceleração do gelo das regiões do interior da Gronelândia

A animação mostra como o gelo, na Gronelândia, é naturalmente transportado das várias partes do interior para a costa através dos glaciares. As cores representam a velocidade do fluxo de gelo, com as áreas em vermelho e roxo deslocando-se mais rapidamente, a taxas de quilómetros por ano. As setas indicam a direcção do fluxo. 

Durante a última década, os cientistas mostraram que o fluxo de gelo está a acelerar nos terminais dos glaciares da Gronelândia, à medida que se deslocam para o oceano na costa ocidental.
Agora uma nova pesquisa mostra que as regiões do interior também estão a fluir muito mais rápidamente do que estavam no inverno de 2000/2001.
Os autores do estudo explicam que a água resultante do degelo superficial, ao infiltrar-se através de fracturas da camada de gelo, vai aquecer o gelo a partir de dentro, facilitando o seu fluxo que se torna mais rápido.
"O sol derrete o gelo na superfície, e a água flui para interior da camada de gelo carregando uma enorme quantidade de energia latente", disse William Colgan, pesquisador e co-autor do estudo. "A energia latente, em seguida, aquece o gelo."
De acordo com os cientistas, os resultados têm implicações importantes nas plataformas de gelo e glaciares em todo o mundo. "Isso poderia implicar que as plataformas de gelo podem descarregar gelo no oceano muito mais rapidamente do que o previsto actualmente", disse Thomas Phillips, principal autor do novo estudo. "Isso também significa que os glaciares ainda não terminaram de acelerar e podem continuar por mais algum tempo. À medida que o degelo se expande para o interior, a aceleração vai acontecer mais para o interior.
Por isso, para entender o futuro aumento do nível do mar, os cientistas precisam levar em conta a energia latente da água do degelo e o seu potencial papel no aumento de velocidade dos glaciares e plataformas de gelo em direcção aos oceanos de todo o mundo.
Fonte: NASA

Formação explosiva de estrelas pode afectar o crescimento das galáxias

Visualização tridimensional das correntes de gás emanadas pela galáxia próxima NGC 253 (galáxia do Escultor), com formação explosiva de estrelas, observadas pelo radiotelescópio ALMA, no Chile. O eixo vertical mostra a velocidade e o eixo horizontal corresponde à posição ao longo da parte central da galáxia. As cores representam a intensidade da emissão detectada pelo ALMA, onde o rosa corresponde à emissão mais intensa e o vermelho corresponde à mais fraca - Crédito:ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/Erik Rosolowsky

Novas observações do telescópio ALMA no Chile, fornecem a melhor explicação de sempre sobre como a formação estelar vigorosa pode ejectar enormes quantidades de gás, fazendo com que as futuras gerações de estrelas não tenham combustível suficiente para se formar e crescer.
A imagem mostra uma visualização, a três dimensões, das correntes do gás frio de monóxido de carbono observadas pelo Alma na galáxia próxima do Escultor, com formação explosiva de estrelas (ver vídeo).
A Galáxia do Escultor, também conhecida como NGC 253, é uma galáxia em espiral situada na constelação austral do Escultor. Situada a cerca de 11,5 milhões de anos-luz do Sistema Solar, é a galáxia com formação estelar explosiva mais próxima de nós e visível no hemisfério sul.
Utilizando o telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), os astrónomos descobriram colunas gigantes de gás frio e denso sendo ejectadas a partir do centro do disco galáctico.
Estes resultados podem ajudar a explicar o facto dos astrónomos terem encontrado muito poucas galáxias de massa elevada no cosmos. Modelos de computador mostram que as galáxias mais velhas, vermelhas, deveriam ter consideravelmente mais massa e um maior número de estrelas do que se observa actualmente. Parece que os ventos galácticos ou as correntes de gás ejectado são tão fortes que retiram à galáxia o combustível necessário à formação da nova geração de estrelas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O "pequeno ponto azul" visto de Saturno

Imagem única, obtida em 19 de Julho de 2013, em que a sonda Cassini captou os anéis de Saturno, o nosso planeta Terra e a Lua no mesmo quadro - Crédito: NASA / JPL-Caltech / Space Science Institute

Imagem rara a cores obtida pela câmara grande angular da sonda Cassini, da NASA, em 19 de Julho de 2013, onde os anéis de Saturno, o nosso planeta Terra e sua Lua surgem no mesmo enquadramento. O nosso planeta surge como um "pequeno ponto azul", com uma ténue saliência do lado direito, que é a Lua.
Nas imagens Cassini, a Terra e a Lua aparecem como simples pontos - a Terra em azul pálido e a Lua a branco - visíveis entre os anéis de Saturno.
As imagens foram tiradas combinando filtros de cores vermelho, verde e azul para dar uma visão de cor natural. A sonda Cassini encontrava-se a cerca de 1212 mil km de Saturno e a 1.440 milhões km da Terra.
Foi a primeira vez que uma câmera de alta resolução da Cassini captou a Terra e a sua lua como dois objectos distintos. Os dois podem ser claramente vistos na imagem seguinte, que foi ampliada cinco vezes.

Terra e Lua vistas a partir de Mercúrio

Terra e Lua captadas pela sonda Messenger, a orbitar Mecúrio, em 19 de Julho de 2013 - Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington

O par de objectos brilhantes no painel central da imagem é bem conhecido (supostamente) de todos nós. É a Terra e a Lua fotografadas pela sonda Messsenger a uma distância de 98 milhões de quilómetros. 
No lado esquerdo está uma imagem gerada por computador mostrando como a Terra é vista a partir de Mercúrio. No momento, eram visíveis grande parte das Américas, toda a Europa e África, Oriente Médio e grande parte da Ásia.
A Terra e a Lua parecem muito grandes na foto, porque foram sujeitas a uma grande exposição de luz. Na verdade, a esta distância interplanetária, a Terra e Lua têm um tamanho inferior a um píxel e onde nada se pode distinguir. As "caudas" apontando para baixo a partir da Terra e da Lua são causadas ​​pela saturação da imagem.
A imagem do nosso planeta foi tirada pela sonda Messenger durante uma actividade de procura de satélites naturais de Mercúrio. Se existirem , são pequenos e potencialmente escuros, e são necessárias longas exposições para captar o máximo de luz. Como consequência, os objectos brilhantes no campo de visão ficam saturados e aparecem artificialmente grandes, como aconteceu com o nosso planeta e a Lua, captados durante a missão da sonda.

Duas luas na noite em Saturno

Mimas e Pandora, luas de Saturno, vistas juntas nesta imagem da sonda Cassini, da NASA, em 14 de Maio de 2013.
Por ser mais pequena, Pandora não tem a gravidade suficiente para adquirir a forma esférica da lua maior, Mimas (396 km de diâmetro). De acordo com os cientistas, a sua forma alongada (cerca de 81 Km de comprimento) pode dar pistas de como ela e outras luas se formaram perto dos anéis de Saturno.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute

Sonda espacial capta uma ejecção de massa coronal (CME)

A nave Solar Terrestrial Relations Observatory, da NASA, ou STEREO-B, captou esta imagem de uma ejecção de massa coronal (CME) emergindo rapidamente do lado esquerdo do Sol, esta segunda-feira 22 de Julho de 2013. a CME dirige-se para Marte. A luz brilhante no canto inferior direito é o planeta Mercúrio - Crédito: NASA / STEREO

Nesta segunda-feira (22 de Julho de 2013), o Sol projectou uma ejecção de massa coronal ou CME, uma erupção solar que pode enviar biliões de toneladas de partículas solares para o espaço e que podem afectar os sistemas eletrónicos em satélites que orbitam a Terra.
De acordo com a NASA, esta CME não é dirigida ao nosso planeta, mas pode passar por Marte, onde existem sondas espaciais em actividade. Também poderá passar pela nave de observação solar STEREO-A, que será colocada em modo de segurança como protecção, caso se justifique.
As observações feitas indicam que as partículas solares foram ejectadas a cerca de 715 milhas por segundo, o que é uma velocidade bastante rápida para CMEs.
Fonte: NASA

domingo, 21 de julho de 2013

Terra e Lua captadas pela sonda Cassini a partir de Saturno

Aqui estamos nós, com os nossos amores, preconceitos, ódios,... Imagem não processada, da Terra iluminada e Lua (pontinho em baixo e à esquerda), captada pela sonda Cassini a partir de Saturno, em 19 de Julho de 2013 - Crédito: Missão Cassini

Imagem não processada da Terra e Lua, vistos pela sonda Cassini sexta-feira (19) a partir de Saturno, à distância de cerca de 898 milhões de quilómetros.
Cassini tirou várias fotografias do sistema de Saturno, e algumas delas captaram a Terra, uma imagem brilhante do nosso planeta com a sua lua (pontinho mais pequeno em baixo), a terceira obtida do sistema solar exterior. Em 1990, a nave Voyager 1 registou o famoso "pale blue dot", a partir de 4 biliões de quilómetros. A segunda foto foi captada pela sonda Cassini, em 2006, a uma distância de 926 milhões de quilómetros.
Em todas as imagens, o tamanho da Terra pouco difere de um pixel mas, tal como afirmou Carl Sagan olhando para esse "pequeno ponto azul", "É aqui! É o nosso lar! Somos nós! Aqui, todos os que amamos, conhecemos ou de quem nunca ouvimos falar, todos os seres humanos que já existiram, viveram as suas vidas!".
De acordo com a NASA, o mosaico final das imagens do sistema de Saturno recentemente captadas - e onde se inclui a Terra - deverá estar completo dentro de "várias semanas".
Mais informações no site da NASA.

sábado, 20 de julho de 2013

Buraco coronal gigante no pólo norte do Sol

A sonda espacial SOHO captou esta imagem de um enorme buraco coronal, no pólo norte do Sol, em 18 de Julho de 2013 - Crédito: ESA e NASA / SOHO

A imagem mostra um gigantesco buraco coronal, na área do pólo norte do Sol, captada em luz ultravioleta extrema pela sonda Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), em 18 de Julho de 2013.
Os buracos coronais são regiões escuras, de baixa densidade da atmosfera externa do Sol, a corona. Contêm pouco material solar e têm temperaturas mais baixas, por isso, parecem muito mais escuros do que o ambiente à sua volta.
São carecterísicos do Sol e podem surgir em diferentes locais, com mais freqüência em diferentes momentos do ciclo de actividade solar. Actualmente, o Sol caminha para o seu máximo solar, previsto para o final de 2013. Durante esta parte do ciclo, o número de buracos coronais diminui, mas aumenta em número e tamanho quando o Sol se mover novamente em direção ao mínimo solar. Nessas ocasiões, os buracos coronais podem ser ainda maiores do que este.
Embora não se saiba ao certo o que provoca os buracos coronais, eles são importantes para compreender o clima espacial, pois são fonte de ventos de partículas solares com alta velocidade, que fluem para fora do Sol cerca de três vezes mais rápidas do que nos ventos solares mais lentos noutros lugares.
Mais informações no site do SOHO.
Fonte: NASA

Dançando a valsa em Saturno


Bonito vídeo, elaborado por Fabio Di Donato, mostrando mais de 200.000 imagens reais tiradas pela sonda Cassini em torno de Saturno, entre 2005 e 2013, e onde podemos ver os seus magníficos anéis e luas.
A apresentação é acompanhada pela música Jazz Suíte No.2: VI. Waltz 2, de Shostakovich, numa interpretação da Orquestra Sinfónica Armonie, e é dedicada pelo autor a Margherita Hack, astrofísica e escritora sobre ciência, falecida este ano.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Saturno visto em Bragança


De acordo com a NASA, entre as 21:27 e as 21:47 h (hora de Lisboa) desta sexta-feira (19), a sonda Cassini fotografou o planeta Terra a partir de Saturno.
Apesar da enorme poluição luminosa, a imagem regista como a minha máquina viu o gigante Saturno uns minutos mais tarde, um ténue pontinho branco mais à esquerda no céu escuro, tendo à sua direita e um pouco mais abaixo, outro pontinho azulado da estrela Spica, a estrela mais brilhante da constelação Virgem.

A Lua ao entardecer

A Lua neste fim de dia com algumas (poucas) nuvens, em Bragança.

Sorria, pois está a ser fotografado a partir de Saturno

Imagem Cassini de 2006, captada a 1,49 biliões de quilómetros, mostrando a Terra como um pequeno ponto azul, visto através dos anéis do gigante gasoso (acima dos sistema principal de anéis) - Crédito:NASA/JPL/Space Science Institute

Hoje, sexta-feira (19 de Julho), entre as 21:27 e 21:47 ( UTC – hora de Portugal), olhem para Saturno – a Sul e à direita da Lua – e mostrem o vosso melhor sorriso, porque estão a ser fotografados!
A partir do sistema do gigante dos anéis, a sonda Cassini, da NASA, vai fotografar a Terra a cerca de 900 milhões de milhas (cerca de 1,5 biliões de quilómetros) de distância do nosso planeta, quase 10 vezes a distância entre a Terra e o Sol.
Esta é a segunda vez que a Cassini fotografa o nosso Planeta Azul, no entanto, é a primeira vez que os terráqueos tiveram conhecimento, com antecedência, que a sua foto será tirada a partir de distâncias interplanetárias.
Simultâneamente, os cientistas pensam que também podem obter imagens da Terra captadas pela sonda Messemger, a orbitar Mercúrio, e vão tentar captá-las em 19 e 20 de Julho, entre as 11:49, 12:38 e 13: 41 (UTC – hora de Lisboa), em ambos os dias.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Big Brother da Via Láctea

A Grande Irmã da Via Láctea, a galáxia NGC 6744, vista em ultravioleta pelo telescópio Galex, desactivado em Junho deste ano - Crédito: NASA/JPL-Caltech

A imagem mostra a galáxia NGC 6744, uma das mais semelhantes à nossa Via Láctea, no universo local. Foi captada em ultravioleta pelo telescópio espacial Galaxy Evolution Explorer (Galex).
NGC 6744 é maior do que a Via Láctea, com um disco que se estende por 175.000 anos-luz de diâmetro. Nota-se a grande extensão dos seus braços espirais, apresentando formação estelar nas regiões externas. A galáxia está localizada na constelação de Pavo, a cerca de 30 milhões de anos-luz.
O telescópio Galex foi desligado pela NASA, em 28 de Junho de 2013, após dez anos de actividade no espaço, estudando centenas de milhões de galáxias ao longo de 10 biliões de anos de tempo cósmico.
Fonte: NASA

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Biodiversidade de Bragança

Joaninha numa flor de funcho (Foeniculum Vulgare), insecto coleóptero da família Coccinellidae, que me parece pertencer ao género Hippodamia.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Telescópio Espacial Hubble descobre a cor azul de um exoplaneta

Ilustração do exoplaneta HD 189733b que orbita sua estrela amarelo-laranja, HD 189733. O Telescópio Espacial Hubble da NASA mediu a cor da luz visível real do planeta, que é azul cobalto - Crédito: NASA, ESA, e G. Bacon (STScI)

Observando um exoplaneta em luz visível, através do Telescópio Espacial Hubble, astrónomos descobriram que a sua cor real era azul.
O planeta, designado por HD 189733b, orbita a sua estrela a cerca de 63 anos-luz, um dos exoplanetas mais próximos que podem ser observados em trânsito. A cor azul cobalto do planeta foi deduzida medindo as mudanças na cor da luz do planeta, antes, durante e depois de uma passagem por detrás da sua estrela.
Se fosse observado directamente, o planeta iria parecer um ponto azul escuro, fazendo lembrar a Terra vista do espaço pela nave Voyager, como um "ponto azul pálido" (pale blue dot).
No entanto, a cor azul de HD 189733b não resulta da reflexão de um oceano tropical como acontece na Terra, mas sim de um ambiente nebuloso com nuvens altas contendo partículas de silicatos. Estas podem formar pequenas gotas de vidro que dispersam mais a luz azul do que a luz vermelha.

Nova lua de Neptuno descoberta pelo Telescópio Espacial Hubble

Imagem composta do Telescópio Espacial Hubble mostrando a localização da nova lua descoberta, designada S/2004 N 1, em órbita de Neptuno. A imagem em preto e branco foi tirada em 2009, em luz visível, com Wide Field Camera 3. A foto de Neptuno foi captada também pelo Hubble, em Agosto de 2009 - Crédito: NASA, ESA, M. Showalter/SETI Institute

O Telescópio Espacial Hubble, da NASA, descobriu uma nova lua - a décima quarta conhecida - orbitando o distante planeta Neptuno.
A lua, designada S/2004 N 1, é a menor do sistema de Neptuno, aparentando não ter mais de 12 milhas de diâmetro. Por ser tão pequena e escura, não foi detectada pela nave Voyager 2, da NASA, que visitou o gigante azul-esverdeado Neptuno no verão de 1989, e observou o sistema de luas e anéis do planeta.
A nova lua de Neptuno foi encontrada, em 1 de Julho deste ano, pelo astrónomo Mark Showalter, do Instituto SETI em Mountain View, na Califórnia, quando analisava fotos do planeta tiradas pelo telescópio Hubble. A extraordinária sensibilidade e nitidez do telescópio permitiu captar a imagem da lua na forma de um pequeno ponto branco, a cerca de 65.400 milhas de Neptuno, entre as órbitas das luas Larissa e Proteus.
S/2004 N 1 apresenta uma órbita circular que completa a cada 23 horas.
Fonte: NASA