quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Astrónomos observam o que pode ser um planeta gigante gasoso em formação no disco de poeira de uma estrela

Ilustração de um planeta gigante gasoso a formar-se no interior do disco de poeira e gás que rodeia a jovem estrela HD100546, na constelação austral da Musca. Este protoplaneta está rodeado por uma espessa nuvem de material, de tal modo que, observada desta posição, a estrela é praticamente invisível e de cor vermelha devido à dispersão da luz pela poeira. Pensa-se que este sistema possui ainda um outro planeta gigante que orbita mais próximo da estrela - Crédito:ESO/L. Calçada

Utilizando o telescópio VLT (Very Large Telescope) do ESO, os astrónomos obtiveram o que pode ser a primeira observação directa de um planeta em formação, ainda envolvido por um espesso disco de gás e poeira.
Uma equipa internacional liderada por Sascha Quanz (ETH Zürich, Suíça) estudou o disco de gás e poeira em torno da jovem estrela HD100546, situada relativamente próxima, a 335 anos-luz de distância da Terra. A equipa surpreendeu-se ao descobrir o que parece ser um planeta em formação, ainda envolvido no disco de material que rodeia a estrela. O candidato a planeta será um gigante gasoso semelhante a Júpiter, localizado na região exterior do sistema, cerca de 70 vezes mais longe da sua estrela do que a Terra se encontra do Sol.

Tartarugas-de-couro do Pacífico correm o risco de extinguir-se em duas décadas

Tartaruga-de-couro construindo o ninho na areia - Crédito: wikipédia

A tartaruga-de-couro, (Dermochelys coriacea), é a maior de todas as tartarugas vivas, e pode ser encontrada em todos os oceanos do mundo. É a única tartaruga que pode atingir um tamanho médio à volta de 2 m de comprimento por 1,5 m de largura, podendo pesar até meia tonelada ou mais.
Desde 1980 as suas populações sofreram um enorme declínio e actualmente a espécie é considerada criticamente em perigo.
Embora as populações do Atlântico tenham aumentado nos últimos anos, a população de tartaruga-de-couro do Pacífico caiu mais de 95 por cento, desde 1980. A espécie foi listada como ameaçada nos Estados Unidos, em 1970.
No Oceano Pacífico, a maior parte das tartarugas-de-couro, pelo menos 75 por cento, colocam os seus ovos nas praias da Península Bird's Head, na Papua Ocidental, Indonésia. Um novo estudo, publicado no jornal Ecospheres, esta terça-feira (27 de Fevereiro), descobriu que o número de ninhos de tartaruga-de-couro nas praias da península caiu 78 por cento entre 1984 e 2011.
Segundo o biólogo Wibbels Thane, da Universidade de Alabama, em Birmingham (UAB), "se a queda continuar, dentro de 20 anos, será difícil, se não impossível para a tartaruga-de-couro evitar a extinção". Se o número de indivíduos for muito pequeno, a espécie não pode recuperar.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Primeira medição da taxa de rotação de um buraco negro supermassivo

Ilustração de um buraco negro supermassivo com milhões de biliões de vezes a massa do nosso Sol. Buracos negros supermassivos são objectos extremamente densos localizados no coração de galáxias - Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech

Os astrónomos fizeram a primeira medição confiável da taxa de rotação de um buraco negro supermassivo, e mostraram que ele gira quase tão rápido - cerca de 84 por cento - quanto a teoria geral da relatividade de Einstein permite.
O enorme buraco negro, com uma massa 2 milhões de vezes superior à do nosso Sol, está localizado no centro poeirento e cheio de gás de uma galáxia de nome NGC 1365.
Os resultados publicados no periódico cientifico Nature demonstram que pelo menos alguns buracos negros supermassivos giram rapidamente - uma sugestão anterior não confirmada - e vão ajudar a uma melhor compreensão de como os buracos negros e as galáxias evoluem.

Neve em Bragança

Pela segunda vez neste inverno a neve visitou Bragança. É um espectáculo!

Morcegos-vampiro atacam crias de pinguins


Uma equipa de documentaristas da BBC filmou morcegos-vampiro predando filhotes de pinguins da espécie Humboldt.
A equipa encontrava-se nos arredores do deserto de Atacama, no sul do Peru, para registar como os pinguins conseguem sobreviver na vizinhança de uma colónia de 20.000 leões marinhos predadores. As extraordinárias imagens fazem parte de uma série da BBC One.
Os pinguins Humboldt reproduzem-se no litoral da América do Sul, onde eles caçam peixes nas águas frias da corrente também nomeada em homenagem ao naturalista alemão Alexander von Humboldt.
Embora os ataques de morcegos vampiros a leões marinhos já sejam conhecidos, esta foi a primeira vez que registaram o comportamento em relação a filhotes de pinguins, que são presas mais fáceis.
Fonte: ÚltimoSegundo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que explodiu sobre a Rússia?


Utilizando informação vinda de todo o mundo, os cientistas determinaram o tamanho, peso, trajectória e órbita do asteróide que explodiu sobre a cidade de Cheliabinsk, nos Montes Urais da Rússia, em 15 de Fevereiro de 2013.
Os astrónomos suspeitam que tenha vindo da cintura de asteróides entre Marte e Júpiter e que pertence à família de um conjunto de asteróides denominados Apollo - cuja órbita cruza a da Terra - um dos tipos de Asteróides Próximos da Terra (Near Earth Asteroid ou NEO).
É de salientar o contributo dos cidadãos para o conhecimento do asteróide, através dos inúmeros vídeos amadores que captaram a sua entrada na atmosfera. As imagens divulgadas na internet permitiram aos cientistas verificar que o meteoro fez um "impacto rasante" através da atmosfera da Terra, voando num ângulo de 20º acima da horizontal.
O evento também foi observado por satélites no espaço e detectado por sensores sónicos distribuídos pelo planeta.
Os especialistas estimam que a explosão da rocha espacial, com cerca de 17 metros de diâmetro e 10 mil toneladas de peso, libertou uma energia equivalente a cerca de 500.000 toneladas de TNT. A onda de choque resultante estilhaçou muitos vidros de janelas, ferindo mais de mil pessoas.
Passadas duas semanas sobre o acontecimento, o vídeo divulgado pela NASA mostra os progressos feitos na compreensão da origem e composição da rocha espacial inesperada e que surpreendeu todo o planeta.
Mais informações em http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2013/26feb_russianmeteor/

Pequeno sapo produz sons estranhos quando se sente ameaçado


Este simpático sapo, com menos de cinco centímetros, ficou famoso na internet pelo som que faz quando se sente ameaçado. Para afastar os predadores, ele "pia" em vez de coaxar.
Eventualmente da espécie Breviceps macrops, ele foi encontrado por Dean Boshoff nas dunas de areia em Porto Nolloth, uma cidade costeira na província de Northern Cape, na África do Sul.

Carne de burro vendida como carne de vaca na África do Sul

A carne da cavalo e a carne de burro não são prejudiciais ao ser humano - Crédito imagem: wikipédia

Enquanto na Europa se desenrola o escândalo crescente sobre a carne de cavalo vendida como carne de vaca, a África do Sul é surpreendida com uma situação semelhante.
Um estudo publicado pela Universidade de Stellenbosch em ScienceDirect, descobriu que 99 das 139 amostras de carne analisadas continham espécies não declarados no rótulo do produto. Carne de burro, búfalo de água e carne de cabra aparecem em hambúrgueres, salsichas e produtos de charcutaria.
Os investigadores encontraram, ainda, soja e glúten não rotulados em 28% dos produtos testados, carne de porco não declarada em 37% e de frango em 23%.
De acordo com os pesquisadores, "o nosso estudo confirma que a rotulagem inadequada de carnes processadas é comum na África do Sul e não apenas viola normas de rotulagem de alimentos, mas também apresenta impactos económicos, religiosos, éticos e de saúde".
Muçulmanos e judeus, que constituem minorias significativas na África do Sul, não comem carne de porco, de acordo com as suas crenças religiosas.
Fonte: BBC news

Link relacionada.
ASAE encontra carne de cavalo em alimentos portugueses e instaura cinco processos-crime

Dieta mediterrânica ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares

Salada de legumes frescos, do tipo mediterrânica - Crédito imagem: wikipédia

Um grupo de investigadores espanhóis mostrou que seguir uma dieta mediterrânica, rica em azeite e complementada com frutos secos, permite reduzir até 30% o risco de enfartes do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais ou morte causada por doença cardíaca.
A pesquisa realizada é parte do projecto PREDIMED, um estudo realizado entre 2003 e 2011 para estudar os efeitos da dieta mediterrânica na prevenção primária de doenças cardiovasculares. O estudo foi coordenado pelo investigador Ramon Estruch, da Universidade de Barcelona e Hospital Clínic de Barcelona, e envolveu 7.447 indivíduos espanhóis com maiores riscos de vir a sofrer de doença cardíaca.
Na dieta mediterrânica é importante o azeite, como principal fonte de gordura, e inclui outros produtos, desde os hortícolas à fruta, passando pelos cereais, as leguminosas e os frutos secos. Lacticínios pouco gordos (principalmente os queijos) também fazem parte do regime alimentar, assim como o peixe e o vinho, em particular o vinho tinto, consumido de forma moderada e, por norma, às refeições.
A Dieta Mediterrânica faz parte do Património Cultural Imaterial da Humanidade, desde 2010.
Já são bem conhecidos os benefícios deste tipo de alimentação, mas só agora os especialistas estudaram os seus efeitos ao nível cardiovascular, tendo observado que o mesmo permitiu diminuir muito significativamente a probabilidade de sofrer de problemas cardíacos entre as camadas mais vulneráveis, nomeadamente obesos, fumadores e diabéticos.
Os resultados da investigação foram publicados esta segunda-feira (25 de Fevereiro) no The New England Journal of Medicine.
Mais informações em ScienceDaily e Boas notícias

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Espécies exóticas invasoras são um problema crescente para o ambiente e a saúde da Europa

Vespa asiática ou velutina (Vespa velutina nigotorax) inicia o ninho, na primavera. Esta espécie mata as abelhas na colmeia e come-as. Chegou a Portugal em 2011 - Crédito imagem: wikipédia

De acordo com dois relatórios publicados pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), o número de espécies exóticas invasoras está a crescer na Europa e pode provocar danos nas espécies autóctones, para além de poder prejudicar também a saúde humana.
Estas espécies exóticas constituem também uma grande ameaça à biodiversidade. Das 395 espécies nativas da Europa que estão classificadas como "criticamente em risco de extinção" na Lista Vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, 110 estão nessa situação devido às espécies invasoras.
Para os seres humanos, um dos efeitos mais perigosos das espécies exóticas invasoras é serem portadoras de doenças. É o caso do mosquito-tigre, acusado de transmitir 20 doenças diferentes, como a febre amarela e a febre chikungunya, ou plantas como a ambrósia-gigante, que potencia alergias como a febre-dos-fenos, duas das espécies estudadas pela AEA.
Os estudos da Agência Europeia do Ambiente ajudam a conhecer melhor as espécies invasoras e os impactos que podem causar na biodiversidade, saúde e economias europeias, fornecendo pistas para o seu controlo.

Tempo Espacial: Vento solar através de buraco coronal

O Sol visto pelo Observatório Solar Dinâmico através de filtros ultravioleta extremos - Crédito: NASA/SDO / AIA

Um "buraco coronal" na atmosfera do Sol está a lançar um fluxo de vento solar para o espaço. O Observatório Solar Dinâmico fotografou a abertura desta área escura nas primeiras horas de 24 de Fevereiro.
Os buracos coronais são locais onde o campo magnético do Sol se abre, permitindo que o vento solar escape. Espera-se que o fluxo de vento solar que escapa deste buraco coronal, em particular, chegue à Terra por volta de 2 de Março, com formação de auroras nas regiões polares.
A imagem também mostra os arcos magnéticos de um grupo de manchas solares que se aproximam por detrás do lado nordeste, acompanhando o movimento de rotação do Sol. A região activa deve surgir nas próximas horas.
Mais informações em http://spaceweather.com/

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Vídeo: Gorilas divertem-se nas folhas secas


No Zoo de Atlanta, nos Estados Unidos, os gorilas divertem-se "à grande" nos amontoados de folhas secas. Segundo a bióloga do zoo, os primatas, para além de se divertirem, fazem exercício e mantém o cerébro activo.

Abelhas são capazes de detectar e distinguir sinais eléctricos emitidos pelas flores

A descoberta que as abelhas são capazes de detectar o campo eléctrico produzido pelas flores abre uma nova compreensão sobre a percepção nos insectos e a comunicação nas flores.

As flores têm métodos de comunicação tão sofisticados como uma agência de publicidade, utilizando cores vivas, padrões e fragrâncias sedutoras para atrair os seus polinizadores.
Agora, uma pesquisa da Universidade de Bristol, no Reino Unido, publicada na revista Science, revela pela primeira vez que polinizadores, como as abelhas da espécie Bombus terrestris, também são capazes de detectar sinais eléctricos emitidos pelas flores, que permitem aos insectos distinguir entre as flores naturais pela sua carga eléctrica e encontrar as reservas de pólen e néctar.
Quando uma abelha se aproxima de uma flor, surge um pequeno campo eléctrico que potencialmente transmite informação que o insecto polinizador capta. Estes sinais eléctricos podem trabalhar em conjunto com outros sinais atraentes da flor e aumentar a sua publicidade. No entanto, os cientistas ainda não sabem de que forma as abelhas detectam esses campos eléctricos.
“Este novo canal de comunicação revela como as flores podem potencialmente informar os seus polinizadores sobre o verdadeiro estado das suas reservas de néctar e pólen”, disse Heather Whitney, co-autora do estudo.
Mais informações em Publico.pt e Science Daily

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Projecto Hypatiamat pretende promover o sucesso dos alunos do 2º e 3º ciclos, na disciplina de Matemática

A aprendizagem pode ser acompanhada por um tutor digital e o desempenho monitorizado pelos professores, alunos e encarregados de educação

O projecto Hypatiamat, pretende contribuir para a promoção do sucesso escolar dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, na disciplina de Matemática.
É um portal de divulgação online com diversas ferramentas e aplicações hipermédia de apoio ao ensino e à aprendizagem desta disciplina; milhares de tarefas interactivas e dinâmicas; problemas com pistas e propostas de resolução; e fichas de avaliação e exercícios de exames nacionais e internacionais.
Também pode ser uma ferramenta para os professores, pois permite a marcação de trabalhos para casa.
O Hypatiamat possibilita ainda uma aprendizagem acompanhada por um tutor digital, bem como uma monitorização de desempenho pelos professores, alunos e encarregados de educação.
A iniciativa resulta de uma colaboração entre o Grupo Universitário de Investigação em Auto-regulação da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e o Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra e, ainda, está em fase de teste em diversas escolas. No entanto é disponibilizada a toda a comunidade educativa, com a garantia da qualidade e correcção dos conteúdos.
Fonte: Via Ciência Hoje

Vulcão Etna entra em erupção mais uma vez

Vulcão Etna, da Itália, visto do espaço após a primeira erupção explosiva, em 19 de Fevereiro de 2013 - Crédito: NASA Earth Observatory/Jesse Allen and Robert Simmon

Após dez meses de calma, o vulcão Etna da Itália teve a primeira erupção de 2013, em 19-20 de Fevereiro, com três explosões em 36 horas.
De acordo com o Istituto Nazionale di Geofísica e Vulcanologia de Itália, cada explosão provocou "emissão de fluxos de lava, fluxos piroclásticos, lahars, e nuvem de cinzas."
O satélite Earth Observing-1 (EO-1) captou uma imagem do Monte Etna, em 19 de Fevereiro de 2013, pelas 9:59 a.m. (horário da Europa Central), cerca de 3 horas depois da primeira explosão.
A imagem é em cor falsa para que seja mais fácil distinguir entre lava fresca, neve, nuvens e floresta. A lava fresca aparece em vermelho brilhante, enquanto a superfície quente emite energia suficiente, tornando-se mais escura quando arrefece. A neve é ​​azul-verde e as nuvens feitas de gotas de água (não de cristais de gelo) aparecem em branco. Florestas e outra vegetação próxima são verdes. As áreas cinzentas escuras são fluxos de lava com pouca vegetação, de há 30 a 350 anos.
As diferentes cores têm a ver com a luz que cada material é capaz de reflectir.

Magnetosfera terrestre

Magnetosfera terrestre. Durante mais de seis anos no espaço, cinco naves espaciais da missão THEMIS, da NASA, ajudaram a mapear essa área com o objectivo de melhorar a capacidade de prever eventos climáticos espaciais que, embora não prejudiquem a vida, podem afectar satélites no espaço Crédito: NASA

A Terra é cercado por uma bolha magnética gigante, chamada de magnetosfera. Esta bolha demarca a região do espaço à volta do nosso planeta onde se faz sentir a acção do campo magnético terrestre. As linhas representam as direcções em que actuam as forças do campo magnético.
A magnetosfera protege a superfície da Terra dos raios cósmicos e partículas carregadas do vento solar ou outras partículas resultantes de eventos eruptivos do Sol. É comprimida no lado diurno (voltado para o Sol), devido à força das partículas que chegam, e alongada no lado nocturno.
Quando a magnetosfera terrestre é atingida por partículas carregadas resultantes, por exemplo, de ventos solares, tempestades solares como erupções solares ou ejecções de massa coronal(CMEs), podem formar-se as auroras polares - conhecidas por auroras boreais (no norte) e auroras austrais (no sul) - e tempestades geomagnéticas, que podem afectar os satélites no espaço, as comunicações e até as redes de distribuição de energia eléctrica na superfície da Terra.

Mercúrio visto a cores pela sonda MESSENGER

Mercúrio visto a cores pela sonda MESSENGER, revelando as diferenças geológicas da sua superfície. A cratera no canto superior direito, cujos raios atravessam o planeta, é Hokusai - Crédito:NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington

Visão colorida de Mercúrio, obtida através de imagens a cores tiradas pela sonda MESSENGER que orbita o planeta.
Mas, Mercúrio não tem todas essas cores. Aos olhos humanos, o planeta mais interior do Sistema Solar teria uma cor cinzenta acastanhada. Nas milhares de fotografias captadas pela Messenger foram usados filtros de várias cores para salientar as diferenças químicas, mineralógicas e físicas entre as rochas da superfície de Mercúrio.
“Existem áreas a laranja – essas são as planícies vulcânicas. Há regiões com um azul mais escuro que são ricas num mineral opaco que é, de alguma forma, misterioso – e que, na realidade, não sabemos muito bem do que se trata”, explicou à BBC News David Blewett, investigador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade de Johns Hopkins. “E depois pode-se ver as lindíssimas estrias azuis claras que riscam a superfície de Mercúrio. Essas linhas são raios de crateras formados durante os impactos de meteoros, quando a rocha do chão é arrancada e espalhada pela superfície do planeta.”

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cientistas usam poderoso scan para criar mapa do cérebro humano


Cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, na cidade de Boston (nordeste dos Estados Unidos), estão a desenvolver um projecto destinado a criar o primeiro mapa do cérebro humano.
O projecto, que visa mapear todo o sistema de ligação neural humano examinando o cérebro de 1,2 mil americanos, pode ajudar a esclarecer a razão de algumas pessoas possuírem um talento natural para ciência, outras para a música ou artes.
Algumas das primeiras imagens obtidas já foram apresentadas na Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston. Para isso, os pesquisadores usaram um poderoso scanner fabricado especialmente para este tipo de exame. A nova tecnologia para produzir as imagens está a ser desenvolvida como parte do projecto para mapear o cérebro humano, chamado Human Connectome Project (HCP).
O repórter da BBC Pallab Ghosh foi convidado a submeter-se ao novo exame. O vídeo mostra a imagem de computador 3D, revelando em pormenor o seu cérebro, em cores vivas.
Um dos principais pesquisadores, Professor Van Wedeen, faz uma visita guiada, mostrando algumas partes, por exemplo, a ligação que ajuda a ver e outra que ajuda a compreender a fala, ou, a estrutura que liga os lados esquerdo e direito do cérebro, para que cada um saiba o que anda a fazer o outro.
Os investigadores esperam que o projecto ajude a conhecer a estrutura do cérebro e também como funciona a mente humana, para além do que acontece quando algo está errado, como no caso dos problemas de saúde mental.
Fonte: BBC Brasil

Primeira colherada de rocha pulverizada do robô Curiosity

A imagem do robô Curiosity, da NASA, mostra a primeira amostra de rocha em pó, extraída pela broca do robô, do interior da rocha "John Klein", e não tem a cor vermelha da superfície marciana - Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

O robô Curiosity, da NASA, mostra a primeira amostra de rocha em pó extraída pela broca situada na extremidade do seu braço. A rocha pulverizada já está na colher do robô, com cerca de 4,5 centímetros de largura. Posteriormente, a amostra será peneirada e transferida, em porções, para o laboratório científico, onde será analisada.
A amostra foi retirada de uma rocha sedimentar, chamada de "John Klein," em memória de um cientista da missão que morreu em 2011. A rocha foi seleccionada para ser a primeira a ser perfurada, pois pode conter evidências de condições ambientais com água, no passado de Marte. As análises do pó podem fornecer informações sobre essas condições.
A imagem foi obtida pela câmera do mastro do Curiosity, em 20 de Fevereiro de 2013, ou Sol 193, o 193º dia de actividade do robô em solo marciano.
Fonte: NASA

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Espectacular "chuva" em arco na atmosfera do Sol


Os eventos eruptivos do Sol podem ser muito variados. Alguns são apenas erupções solares, outros são acompanhados por uma ejecção adicional de material solar, chamada de ejecção de massa coronal (CME), e ainda outros por complexas estruturas móveis, em associação com mudanças nas linhas de campo magnético que formam arcos na atmosfera do Sol, a corona.
Em 19 de Julho de 2012, ocorreu uma erupção no Sol que produziu os três eventos. Uma erupção solar moderada explodiu na parte inferior direita do sol, produzindo luz e radiação. Seguidamente, formou-se uma CME, que foi projectada para o espaço. E em seguida, o Sol presenteou-nos com uma das suas deslumbrantes exibições magnéticas - um fenómeno conhecido como "chuva coronal".
Durante o dia seguinte, o plasma quente na corona arrefeceu e condensou ao longo dos fortes campos magnéticos na região. Os campos magnéticos, em si, são invisíveis, mas o plasma carregado é forçado a mover-se ao longo das linhas, mostrando-se muito brilhante no comprimento de onda ultravioleta extremo de 304 Angstroms, o que evidencia o material a uma temperatura de cerca de 50.000 Kelvin. Este plasma funciona como um marcador, ajudando os cientistas a observar a dança dos campos magnéticos no sol, delineando os campos à medida que cai lentamente de volta para a superfície solar.
O vídeo foi obtido com imagens do Observatório Solar Dinâmico, de modo que cada segundo corresponde a seis minutos de tempo real de observação.
Fonte: NASA

Observatório espacial solar detecta mancha solar de rápido crescimento

Duas manchas solares apareceram rapidamente ao longo de 19-20 Fevereiro de 2013. Elas constituem um mesmo sistema, com uma extensão maior que seis diâmetros da Terra.A imagem é uma combinação de imagens do Observatório Solar Dinâmico, da NASA - Crédito: NASA / SDO / AIA / HMI / Goddard Space Flight Center 

Enquanto os campos magnéticos do Sol se reorganizam e alinham, podem aparecer manchas solares na sua superfície. Ao longo de 19-20 Fevereiro de 2013, cientistas observaram a formação de uma mancha solar gigante, em menos de 48 horas. Ela cresceu numa extensão superior a seis diâmetros da Terra.
O local rapidamente evoluiu para o que se chama "uma região delta", em que as áreas mais claras em torno da mancha solar, a penumbra, apresentam campos magnéticos que apontam na direcção oposta dos campos do centro, a área escura. Esta configuração é considerada bastante instável e os cientistas sabem que pode originar erupções solares.
Fonte: NASA

Cientistas da missão Kepler descobrem o menor exoplaneta conhecido, do tamanho da Lua

A ilustração compara os planetas do sistema Kepler-37 com a Lua e planetas do sistema solar - Crédito:NASA/Ames/JPL-Caltech

O sistema, chamado Kepler-37, está situado a cerca de 210 anos-luz da Terra, na constelação de Lyra. O menor dos seus planetas, Kepler-37b, é um pouco maior que a Lua e menor que Mercúrio, medindo cerca de um terço do tamanho da Terra. Kepler-37c, o segundo planeta, é um pouco menor do que Vénus, medindo quase três quartos do tamanho da Terra. Kepler-37d, o terceiro planeta e o mais distante, é o dobro do tamanho da Terra.
Os três planetas foram encontrados dentro ou perto da "zona habitável", a região de um sistema planetário onde a água líquida pode existir na superfície de um planeta em órbita.
Embora a estrela Kepler-37 possa ser semelhante ao Sol, o sistema é diferente do nosso sistema solar. Os astrónomos pensam que Kepler-37b não tem uma atmosfera e não pode suportar a vida como se conhece, mas é quase certamente rochoso.
Todos os planetas têm as suas órbitas a uma distância inferior à distância entre Mercúrio e o Sol, sugerindo que são mundos inóspitos muito quentes. Para os cientistas, a descoberta do minúsculo Kepler-37b sugere que tais planetas pequenos são comuns.
Fonte: NASA

Lagosta cósmica observada pelo telescópio VISTA

A Nebulosa da Lagosta observada, em infravermelho, pelo telescópio VISTA do ESO - Crédito:ESO/VVV Survey/D. Minniti. Acknowledgement: Ignacio Toledo

Nova imagem infravermelha da maternidade estelar NGC 6357, revelando uma paisagem celeste de nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira que rodeiam estrelas quentes jovens.
A imagem foi captada pelo telescópio VISTA do ESO (Observatório Europeu do Sul), que actualmente está a mapear a Via Láctea, de modo a criar uma enorme base de dados que ajudará os astrónomos a obter a sua estrutura e a explicar como é que se formou a nossa galáxia.

Turistas observam uma grande concentração de golfinhos


Durante um passeio de barco, ao largo de San Diego, na Califórnia, os turistas apreciaram um espectáculo único de milhares de golfinhos nadando na área.
Estimativas apontam para cerca de 100.000 golfinhos, concentrados numa vasta faixa com 11 quilómetros de comprimento, por oito de largura.
Os golfinhos são animais sociáveis e podem ser vistos em grupos com algumas centenas. Especialistas em mamíferos marinhos dizem que a abundância de alimentos, como sardinhas, arenques e lulas, pode explicar a grande concentração dos golfinhos na região.

A nossa bonita Terra vista da Estação Espacial Internacional


O vídeo, editado por Brian Tomlinson, mostra imagens lindíssimas do nosso planeta, captadas a partir da Estação Espacial Internacional. Inicia com a Lua a esconder-se na atmosfera terrestre, seguindo-se uma visão nocturna de Portugal, Península Ibérica e Europa. Podemos apreciar tempestades de relâmpagos, brilhantes auroras, a galáxia Via Láctea e uma série de vistas da mais incrível nave espacial que é a nossa maravilhosa Terra.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lagartixas tripeiras


Um pequeno buraco num muro de cimento e tijolo, na cidade do Porto, é a moradia destas lagartixas, que observam atentamente a intrusa - eu!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um coração celestial

A imagem em infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, mostra a complexa região de formação de estrelas, de nome W5, onde se podem observar várias gerações de estrelas. No centro da cavidade oca em forma de coração, as estrelas mais velhas surgem como pontos azuis (outros pontos azuis são estrelas de fundo e de primeiro plano, não associados com a região).
Estrelas jovens estão alinhadas nos limites das cavidades, e algumas podem ser vistas como pontos rosa nas extremidades dos pilares de criação tipo tromba de elefante. Nas áreas brancas nodosas estão a formar-se as estrelas mais jovens. A cor vermelha indica poeira quente que impregna as cavidades da região, enquanto as verdes revelam nuvens densas.
Crédito: NASA / JPL-Caltech / Harvard-Smithsonian

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Explosão rara criou o buraco negro mais novo da Via Láctea

Remanescente de supernova W49B. Pode conter o mais novo buraco negro formado na nossa galáxia Via Láctea - Crédito:X-ray: NASA/CXC/MIT/L.Lopez et al.; Infrared: Palomar; Radio: NSF/NRAO/VLA

Novos dados do Observatório de Raios X Chandra sugerem que o remanescente de supernova altamente distorcido da imagem pode conter o buraco negro mais recente, formado na galáxia Via Láctea.
O remanescente, chamado W49B, tem cerca de mil anos de idade, quando visto da Terra, e está localizado a cerca de 26.000 anos-luz de distância. É o primeiro do seu tipo descoberto na galáxia.
Estes restos parecem resultar de uma explosão rara, em que a matéria é ejectada a velocidades mais elevadas ao longo dos pólos do que do equador de uma estrela em rotação.W49B tem mais forma de barrilque outros remanescentes.

"Uma gota de tinta num céu luminoso" ou uma estranha lagartixa cósmica?

O enxame estelar NGC 6520 e a nuvem escura de estranha forma Barnard 86, surgem num dos campos mais ricos de estrelas em todo o céu - a Grande Nuvem Estelar de Sagitário, na nova imagem captada pelo telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla do ESO, no Chile - Crédito: ESO

O brilhante enxame estelar NGC 6520 e a sua vizinha, a nuvem escura com uma estranha forma de lagartixa Barnard 86, tendo como pano de fundo milhões de estrelas situadas na região mais brilhante da Via Láctea, aparecem no centro da nova imagem do instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.
Esta parte da constelação do Sagitário é um dos campos do céu mais rico em estrelas - a Grande Nuvem Estelar de Sagitário. A grande quantidade de estrelas que ilumina a região, faz sobressair as nuvens escuras como a Barnard 86. Foi descrita pelo seu descobridor Edward Emerson Barnard como sendo “uma gota de tinta num céu luminoso”.

Tartaruga marinha usa nadadeiras artificais no Japão

 

Funcionários do Suma Aqualife Park, na cidade de Kobe, no Japão, conseguiram colocar umas nadadeiras artificiais numa tartaruga, fazendo que ela possa nadar. O animal foi encontrado por pescadores, em 2008, já sem os membros, provavelmente devido a ataque de tubarão.
Fonte: ÚltimoSegundo

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Novas evidências sugerem que um asteróide (ou cometa) deu o golpe final nos dinossauros

Ilustração do impacto de um grande objecto espacial com a Terra - Crédito: wikimédia commons

Cada vez se acredita mais que o impacto de um asteróide ou cometa, com alguns quilómetros de diâmetro, devastou os ecossistemas da Terra há milhões de anos, e vitimou boa parte dos seres vivos da época, incluindo os dinossauros e outros répteis gigantes.
Utilizando uma técnica de datação de alta resolução, cientistas do Centro de Geocronologia da Universidade de Berkley, na Califórnia, e de universidades holandesas e britânicas conseguiram determinar com mais precisão as datas de extinção dos dinossauros e do impacto do asteróide ou cometa, que ocorreu por volta do mesmo período.
O evento aconteceu no norte da província Yucatán, no México, e é conhecido por impacto de Chicxulub, nome de uma pequena cidade mexicana perto do local, no mar, onde caiu o objecto espacial.
Os resultados obtidos, publicados na revista Science, mostram que as datas estão tão próximas, que os pesquisadores acreditam que o corpo espacial que atingiu a Terra, se não foi totalmente responsável pela extinção a nível mundial, pelo menos deu o golpe final nos dinossauros.
A nova data do impacto, 66.038 mil anos atrás, é a mesma, dentro dos limites da margem de erro, daquela que é sugerida para a extinção em massa, ocorrida há cerca de 66.043 mil anos atrás. A descoberta esclarece as dúvidas existentes sobre se o impacto ocorreu, de facto, antes ou após a extinção, caracterizada pelo desaparecimento quase imediato de registos fósseis de dinossauros terrestres e muitas criaturas marinhas.

Asteróide próximo da Terra pode ser observado em Portugal, sexta-feira (15)

Asteróide 2012 DA14 vai passar através do sistema Terra-Lua, sexta-feira (15 de Fevereiro de 2013) - Crédito: NASA (reprodução)

Nesta sexta-feira (15 de Fevereiro de 2013), o asteróide 2012 DA14 vai passar muito perto do nosso planeta, fazendo a maior aproximação à Terra que se conhece, para um corpo deste tamanho, embora sem perigo de colisão.
A passagem de 2012 DA14 perto da Terra inicia-se, pelas 19:40, na direcção da Constelação de Virgem, terminando, às 02:00, próximo da Estrela Polar.
Em Portugal, a rocha espacial metálica poderá ser observada como um pequeno ponto luminoso no céu, apesar do seu tamanho, entre as 19:40 (hora de Lisboa) de 15 de Fevereiro e as 02:00 do dia seguinte, de acordo com informações do Centro Ciência Viva (CCV) de Constância.
Por essa altura, o asteróide estará "mais mais brilhante e perto da Terra pelas 19:40, podendo ser visto, com céu muito escuro, até de madrugada com uns binóculos de "boa abertura", normalmente usados para observação de aves".
No céu, o asteróide distingue-se das estrelas por ser um pequeno ponto de luz - luz reflectida do Sol - em movimento.
Para observar o asteróide durante a madrugada, já deverá ser preciso um telescópio amador, pois a magnitude do asteróide aumenta ao longo da sua trajectória.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Lançamento do satélite Landsat 8 para observação da Terra

O Landsat Data Continuity Mission (LDCM) foi lançado com sucesso da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, a bordo de um foguetão Atlas 5, esta segunda-feira (11 de Fevereiro de 2013). A nave vai observar a Terra a partir do espaço, dando continuidade ao Programa Landsat - Crédito: NASA/United Launch Alliance

O mais recente satélite de observação da Terra, o Landsat Data Continuity Mission (LDCM ou Missão de Continuidade de dados Landsat), foi lançado da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, esta segunda-feira (11 de Fevereiro), para acompanhar as mudanças ambientais e o uso dos recursos em todo o planeta.
O Landsat (LDCM), que é uma colaboração da NASA e do Serviço Geológico dos EUA (U.S. Geological Survey (USGS), é o oitavo satélite do Programa Landsat, que há 40 anos monitoriza a Terra a partir do espaço, funcionando continuamente desde o lançamento do primeiro satélite, Landsat 1, em 1972.
Ao acompanhar a expansão urbana, o uso dos recursos naturais, o recuo dos glaciares ou a perda de florestas, o Landsat 8 ajudará a entender como o crescimento da população humana está a afectar o planeta.

Terceiro aniversário do observatório solar SDO


Em 11 de Fevereiro de 2010, a NASA lançou a sonda Solar Dynamics Observatory (SDO) (Observatório Solar Dinâmico), para observação do Sol em alta resolução. Desde então, os dados enviados pela sonda mostram, em pormenor, todo o esplendor dos eventos eruptivos da nossa estrela. Mais do que bonitas imagens, elas representam tudo o que os cientistas estudam.
Através de observações em diferentes comprimentos de onda, os cientistas podem acompanhar como se move o material no Sol, o que pode ajudar a compreender melhor a causa das grandes explosões solares que, quando dirigidas à Terra, podem perturbar a tecnologia no espaço.
O objectivo da missão SDO é desenvolver os conhecimentos científicos necessários para lidar com esses aspectos do sistema Sol-Terra que afectam directamente as nossas vidas e a sociedade.
O vídeo celebra o terceiro aniversário do observatório SDO, mostrando uma série das imagens mais sensacionais captadas pela sonda entre Fevereiro de 2012 e Fevereiro de 2013, incluindo o trânsito de Vénus, em 5 de Junho de 2012.
Fonte: NASA

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Robô Curiosity recolhe a primeira amostra do interior de uma rocha de Marte

No centro da imagem, captada pelo Curiosity, está o furo de onde foi recolhida a amostra de pó para análise. Com 1,6 cm de diâmetro e 6,4 cm de altura, é mais profundo que o orifício de teste, à esquerda, que tem o mesmo diâmetro e apenas 2 cm de profundidade, feito dois dias antes. A histórica perfuração realizou-se em 8 de Fevereiro de 2013, o 182º dia marciano de actividade do robô Curiosity - Crédito:NASA/JPL-Caltech/MSSS

O robô Curiosity, da NASA, finalmente usou a broca na extremidade do seu braço robótico para fazer um furo suficientemente fundo numa rocha, e recolher uma amostra de pó do seu interior para análise. A perfuração, com cerca de 1,6 centímetros de largura e 6,4 centímetros de profundidade, foi feita numa rocha de sedimentos muito finos, mas atravessados por veios claros do que poderia ser sulfato de cálcio. Acredita-se que pode guardar evidências de ambientes húmidos do passado. Por isso, o material recolhido será analisado no laboratório científico do robô, nos próximos dias.
"Este feito é o marco mais importante para a equipa do Curiosity, desde o desembarque no passado mês de Agosto, outro dia de orgulho para a América", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa para a ciência.
A rocha perfurado pelo robô Curiosity foi chamada de "John Klein", em memória de um engenheiro da missão falecido em 2011. Está localizada a cerca de meio quilómetro do local de pouso do robô, no interior da cratera Gale, uma bacia profunda situada no equador de Marte.
A perfuração da amostra de rocha foi a última nova actividade do projecto Mars Science Laboratory Project, que usa o robô Curiosity para investigar se a área no interior da cratera marciana algum dia já foi um ambiente favorável à vida.
Fonte: NASA

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Mais de 2,5 milhões de pessoas pedem para que o Árctico seja um santuário protegido

Campanha "Salve o Árctico"

A organização ambientalista Greenpeace já recolheu mais de 2.500 milhões de assinaturas para que toda a área do Pólo Norte seja declarada um santuário ecológico protegido.
Hoje é o último dia em que é possível assinar a petição através da página da internet http://www.savethearctic.org/pt/, que representa uma declaração de compromisso pessoal para proteger o Árctico, onde sejam proibidas as prospecções petrolíferas e a pesca industrial.
A organização também pede aos estados membros do Conselho do Árctico, como a Rússia, Canadá e Estados Unidos, que apoiem a protecção das águas internacionais em relação às actividades humanas mais contaminantes.

Forte tempestade de neve afecta os Estados Unidos

A imagem captada pelo satélite NOAA GOES-13, este sábado, 9 de Fevereiro, mostra os dois sistemas de baixa pressão que se uniram e formaram um sistema gigante  nor'easter centrado mesmo por cima de New England, provocando a queda de fortes nevões desde Massachusetts a Nova York - Crédito: NASA / GOES Projecto 

 Uma enorme tempestade está a afectar as populações do Nordeste dos Estados Unidos, desde esta sexta-feira (8 de Fevereiro).
Um forte nevão e rajadas de vento, atingindo os 120 quilómetros por hora, obrigaram a cortar estradas, encerrar aeroportos e provocaram cortes de energia. Prevê-se o agravamento do estado do tempo durante o fim-de-semana.
A tempestade, que já matou duas pessoas, resulta da convergência de duas frentes de baixa pressão, que se fundiram na costa leste dos Estados Unidos, o que pode dar origem a uma poderosa tempestade "histórica", segundo os meteorologistas.
Os Estados de Massachussetts, Rhode Island, Connecticut, Maine e Nova Iorque, onde vivem cerca de 25 milhões de pessoas, decretaram o estado de emergência, perante a possibilidade do maior nevão desde 1978.
As populações destas regiões enfrentam a tempestade quando ainda estão a recuperar dos danos causados pelo furacão Sandy, em Outubro de 2012.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Boas notícias para os abutres ameaçados da Índia

Abutre-indiano-de-dorso-branco (Gyps bengalensis), uma das aves mais ameaçadas do Sul da Ásia. Os necrófagos alimentam-se de carcaças, um serviço muito útil numa região onde abundam as vacas sagradas - Crédito imagem: wikipédia

Os abutres, com uma envergadura que pode chegar aos dois metros, prosperaram no Sul da Ásia. São aves necrófagas e desempenham um papel importante na limpeza dos ecossistemas, pois alimentam-se de animais mortos ou em decomposição, que constituem um perigo para a saúde.
Mas, em meados da década de 1990, as populações de abutres da Índia, e países vizinhos, sofreram reduções catastróficas, caindo para menos de 1 por cento do que eram há algumas décadas, resultando numa quantidade enorme de carcaças de gado não comidas e um aumento no número de ratos, cães selvagens e casos de raiva humana por mordidas de cão.
Três espécies de abutres indianos ficaram à beira da extinção: o abutre-indiano-de-dorso-branco (Gyps bengalensis), o abutre-de-bico-longo (Gyps indicus) e o abutre-de-bico-estreito (Gyps tenuirostris).
Descobriu-se que as aves estavam a ingerir uma droga anti-inflamatória veterinária - diclofenaco - quando comiam o gado morto. Os agricultores usavam o produto para tratar o gado e foi considerado o principal causador do declínio dos abutres.
De acordo com um artigo publicado na revista Science, esta quinta-feira (7 de Fevereiro), ainda pode haver esperança para estes animais. O seu declínio desacelerou, parou ou mesmo reverteu em algumas áreas do subcontinente indiano.
Por fim, cientistas e políticos tentam resolver o acidental, mas catastrófico envenenamento dos abutres da região pelo uso generalizado de uma droga veterinária.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Telescópios da NASA descobrem clarões luminosos numa misteriosa protoestrela binária


O vídeo, obtido a partir de uma sequência de imagens do Telescópio Espacial Hubble, mostra uma protoestrela misteriosa que se comporta como uma luz intermitente. A cada 25,3 dias, o objecto, designado LRLL 54361, desencadeia uma explosão de luz que se propaga através da poeira e do gás à sua volta. Esta é apenas a terceira vez que este fenómeno cósmico raro é observado. Pode constituir uma oportunidade de estudar a formação de estrelas e a sua evolução inicial. Segundo os cientistas, duas jovens estrelas binárias próximass, ou ligadas gravitacionalmente, podem ser a fonte das explosões luminosas periódicas do objecto LRLL 54361.
Os astrónomos propõem que os clarões de luz são causados por interacções periódicas entre as duas estrelas e que acontecem quando o material, num disco circundante, cai subitamente sobre as jovens estrelas em formação e desencadeando uma explosão de radiação, cada vez que elas se aproximam uma da outra nas suas órbitas.

Onze mil elefantes-da-floresta foram mortos no Gabão, em menos de dez anos

Nos últimos nove anos, mais de dois terços dos elefantes-da-floresta do Gabão foram dizimados por causa do marfim das suas presas - Crédito: wikipédia

Caçadores clandestinos mataram mais de 11 mil elefantes das florestas do Parque Nacional de Minkébé, no Gabão, desde 2004, segundo um comunicado da agência que gere as áreas protegidas do país (Agence Nationale des Parcs Nationaux).
Um estudo realizado pelo governo do Gabão, juntamente com as organizações ambientalistas World Wildlife Fund (WWF) e Wildlife Conservation Society (WCS), descobriu que só resta um terço dos elefantes-da-floresta (Loxodonta cyclotis)que havia no parque Minkébé, há nove anos. Os restantes dois terços - cerca de 11 mil - foram massacrados para alimentar o crescente comércio ilegal de marfim.
O Gabão, com 13% da floresta tropical africana, acolhe uma população estimada em 40.000 elefantes, cerca de metade da população mundial de elefantes-da-floresta em África.
A ocupação humana no interior do parque de Minkébé tem aumentado nos últimos anos. Esta espécie de elefante, de menor tamanho, é cobiçada pelas suas presas. A procura de marfim para jóias e objectos ornamentais está a crescer rapidamente no Extremo Oriente.
Fonte: Via Publico.pt

Link relacionado:

Foram abatidos mais de 500 elefantes em parque nacional dos Camarões

Hello Kitty no espaço


Lauren Rojas, de 12 anos, e o pai lançaram um balão para o espaço levando como passageira a boneca Hello Kitty.
Pai e filha, trabalhando em conjunto, conseguiram a ajuda de uma empresa especializada que cedeu os instrumentos para a viagem e, assim, concretizaram o projecto criado pela aluna para a feira de ciências da escola, na cidade de Antioch, na Califórnia (USA).
A Hello Kitty chegou a 28 km de altitude, na estratosfera, quando o ar rarefeito fez rebentar o balão, trazendo a boneca de volta à Terra, embora a 75 Km do ponto de lançamento. As imagens captadas durante a viagem são muito bonitas, e vale a pena ver.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Terramoto da grande intensidade provoca tsunami nas Ilhas Salomão

Um forte terramoto atingiu as Ilhas Salomão, no Pacífico Sul, causando um tsunami (reprodução)

Um tsunami, provocado por um forte terramoto de 8 graus na escala Richter, atingiu a cidade de Lata, capital da província de Temotu, no extremo leste das Ilhas Salomão, esta quarta-feira (5 de Fevereiro de 2013) (pode ver aqui um vídeo).
Segundo as autoridades locais, o tsunami gerou ondas até 1,5 metros de altura na parte oeste da ilha de Santa Cruz, destruindo dezenas de casas em quatro aldeias atingidas e provocando, pelo menos, cinco mortos confirmados. Muitos moradores refugiaram-se nas partes mais altas da região. Outras áreas das Ilhas Salomão não foram afectadas

Dados do telescópio Kepler sugerem que existem "Terras alienígenas" próximas do nosso planeta

Planeta Anão Vermelho: A ilustração mostra um hipotético planeta com duas luas que orbitam na zona habitável de uma estrela anã vermelha - Crédito: D. Aguilar / Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics

Com base em dados públicos do Telescópio Espacial Kepler, da NASA, astrónomos do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA) estimam que, na nossa galáxia, seis por cento de estrelas anãs vermelhas têm planetas de tamanho semelhante à Terra na sua "zona habitável", a área do sistema estelar, onde a temperatura da superfície de um planeta em órbita permite manter água no estado líquido.
Três em cada quatro estrelas na nossa galáxia são anãs vermelhas, num total de pelo menos 75000 milhões. Apesar de pouco brilhantes, essas estrelas são bons lugares para procurar planetas semelhantes à Terra, e Kepler é a primeira missão da NASA capaz de encontrar planetas do tamanho da Terra dentro ou perto da zona habitável.
A maioria das estrelas vizinhas mais próximas do Sol são anãs vermelhas, cerca de 75% das estrelas mais próximas. Agora, os pesquisadores acreditam que podem encontrar uma "Terra alienígen" apenas a 13 anos-luz de distância.

Sonda Deep Impact da NASA observa ISON, o potencial "cometa do século"

Diagrama da órbita do cometa C/2012 S1 (ISON). Actualmente, ele está localizada no interior da órbita de Júpiter. Em Novembro de 2013, ISON vai passar a menos de 1,8 milhões km da superfície do Sol. O enorme aquecimento que sofre, durante esta aproximação do Sol, poderá transformar o cometa num objecto brilhante visível a olho nu - Crédito: NASA / JPL-Caltech

A sonda espacial Deep Impact, da NASA, captou as suas primeiras imagens do cometa C/2012S1 (ISON), durante um período de 36 horas, em 17 e 18 de Janeiro de 2013, a uma distância de 793 milhões de quilómetros.
De acordo com os cientistas da missão, este é o quarto cometa onde a sonda realiza observações científicas e também o ponto mais distante da Terra em que tentam transmitir dados de um cometa.
Deep Impact executou voos rasantes próximos nos cometas Tempel 1 e Hartley 2 e realizou observações científicas em mais dois - cometa Garradd e agora ISON.
O vídeo do cometa ISON foi gerado a partir dos dados iniciais adquiridos durante as observações. Os resultados preliminares indicam que, embora o cometa ainda se encontre muito afastado, no Sistema Solar exterior, ele já está activo. A partir de meados de Janeiro, a cauda do ISON já tinha mais que 64400 km.
O cometa ISON, um conglomerado de poeira e gelo, está a criar muitas expectativas entre cientistas e astrónomos, e muitos pensam que poderá ser o "cometa do século" com um brilho espectacular no final de Novembro próximo, na sua maior aproximação ao Sol. Alguns cientistas dizem que, no final do ano, quando ele voar mais perto do Sol, pode ser tão brilhante como a Lua e até pode ser visível em plena luz do dia.
ISON não será uma ameaça para a Terra, com uma maior aproximação ao nosso planeta a cerca de 64 milhões de quilómetros, em 26 de Dezembro de 2013.

Cientistas apresentam o primeiro homem biónico completo em Londres


Especialistas em robótica apresentam no Museu da Ciência de Londres o protótipo completo de um homem biónico. Chama-se Rex - abreviatura de exoesqueleto robótico - e foi construído com recurso a órgãos e membros artificiais em funcionamento, os mais avançados vindos de diversas partes do mundo.
Muitas das próteses usadas no projecto também são utilizadas na vida real, para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Fonte: ÚltimoSegundo

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Seres humanos vêem e ouvem em estéreo, mas a toupeira oriental também cheira em estéreo

A toupeira oriental (Scalopus aquaticus) é capaz de usar o olfacto em estéreo para localizar as presas - Crédito: wikipédia

Os seres humanos vêem e ouvem em estéreo. O mesmo acontece com a maioria dos outros mamíferos. No entanto, as opiniões científicas não são unânimes quanto à possibilidade de também poderem usar o olfacto em estéreo.
Um novo estudo, publicado na revista 'Nature Communications', mostra que a toupeira-oriental (Scalopus aquaticus), encontrada nos Estados Unidos, Canadá e México, é capaz de cheirar em estéreo para localizar as presas (identifica de que lado vem o odor).
"O facto das toupeiras utilizarem sinais de odores em estéreo para localizar os alimentos sugere que outros mamíferos, que dependem em grande medida do sentido do olfacto, como os cães e os porcos, também podem ter esta capacidade", afirmou Kenneth Catania, professor de Ciências Biológicas da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, no Tennesse (Estados Unidos), que dirigiu a investigação.
O professor Catania também participou na investigação sobre o olfacto da toupeira-de-nariz-estrelado, que tem um conjunto de tentáculos que rodeia o nariz, o que o torna um dos mais sensíveis do reino animal.
Relativamente aos seres humanos, o professor considera que "estes estudos sugerem que só um odor suficientemente forte para irritar a mucosa das fossas nasais faz que os seres humanos possam dizer que lado está mais fortemente estimulado".
Fonte: Europapress

Sonda Cassini ajuda a conhecer o nevoeiro acastanhado de Titã

A imagem mostra o primeiro reflexo de luz solar num lago de Titã, lua de Saturno, confirmando a presença de líquido no hemisfério norte da lua, onde os lagos são mais numerosos e maiores que os do hemisfério sul. O Sol só começou a iluminar directamente os lagos do norte com a aproximação do equinócio de Agosto de 2009, quando se inicia a primavera no hemisfério norte de Titã. A imagem foi captada em 8 de Julho de 2009. Os cientistas já tinham confirmado a presença de líquido no Lago Ontário, o maior lago no hemisfério sul, em 2008 - Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona /DLR

Com base em dados da missão Cassini, da NASA, cientistas descrevem em pormenor como se dá o arranque inicial dos aerossóis na parte mais alta da atmosfera de Titã, a maior lua de Saturno. Eles querem compreender a formação de aerossóis em Titã, pois poderia ajudar a prever o comportamento das camadas de aerossóis de poluentes na Terra.
De acordo com o novo estudo, publicado esta semana na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, a neblina castanha avermelhada característica de Titã parece começar com a radiação solar incidindo sobre as moléculas de azoto e metano, na ionosfera, o que faz criar uma mistura de iões positivos e negativos. As colisões entre as moléculas orgânicas e os iões ajudam as moléculas a crescerem, tornando-se em aerossóis maiores e mais complexos.
Mais abaixo na atmosfera, estes aerossóis colidem uns com os outros e coagulam e, ao mesmo tempo, interagem com outras partículas neutras. Eventualmente, eles constituem o núcleo dos processos físicos que fazem precipitar hidrocarbonetos líquidos na superfície de Titã (como a chuva (água) na Terra), com formação de lagos, canais e dunas, revelados pela sonda Cassini.
Fonte: NASA

Robô Curiosity martelou uma rocha em Marte

Batendo com a broca de percussão e rotação do braço robótico, o robô Curiosity deixou a sua marca numa rocha de Marte, durante um teste realizado em 2 de Fevereiro de 2013. Os cientistas preparam a primeira perfuração de uma rocha pelo robô - Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS 

O robô Curiosity usou o seu sistema de perfuração pela primeira vez numa rocha marciana. A ferramenta, uma broca situada na extremidade do braço, martelou brevemente, sem rotação, uma rocha da cratera Gale, baptizada de "John Klein", deixando uma cavidade cinzenta com cerca de 1,7 centímetros, e que se pode ver na imagem.
A operação fez parte de um teste, realizado em 2 de Fevereiro de 2013, como preparação para a primeira perfuração de uma rocha, onde o robô usará a sua broca pela primeira vez. Os cientistas pretendem determinar se a rocha é a mais adequada para a experiência, assim como avaliar o comportamento da ferramenta robótica (a forma da ponta da broca  de perfuração pode ser vista aqui).
Outros testes serão realizados fazendo uma perfuração completa - utilizando o sistema de rotação da broca como também o de percussão - antes de ser retirada uma amostra de pó, para ser levada e analisada nos laboratórios a bordo do robô. Isto irá permitir uma avaliação do material, tentando descobrir se ele se comporta como um pó seco, que possa ser processado pelos mecanismos de manipulação de amostras do Mars rover Curiosity.
Mais informações sobre a missão Curiosity na sua página Web.
Fonte: NASA

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

União Europeia vai proibir cosméticos testados em animais

Os porquuinhos-da-índia (Cavia porcellus), são usados como cobaias para testar cosméticos, em todo o mundo - Crédito: wikipédia.

A partir de 11 de Março de 2013, a União Europeia vai proibir a venda e a importação de quaisquer produtos comésticos ou de produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais em qualquer lugar do mundo.
O anúncio foi feito a semana passada pelo comissário europeu Tonio Borg, numa carta dirigida aos activistas que lutam há décadas contra as experiências em animais nesta e noutras indústrias, nomeadamente a organização não governamental Cruelty Free International, que há mais de 20 anos desenvolve campanhas a favor da proibição de testes com animais na indústria dos cosméticos.
Tradicionalmente, estes produtos são ensaiados em animais para demonstrar a sua eficácia e segurança. Animais, incluindo coelhos, cobaias (porquinhos-da-índia), ratos-domésticos e ratazanas são constantemente injectados, asfixiados, alimentados à força e mortos para testes de cosméticos em todo o mundo.
De acordo com Cruelty Free International, mais de 80% do mundo permite que os animais possam ser usados em testes cruéis e desnecessários de cosméticos, que podem ser comprados em qualquer país, o que a organização considera eticamente inaceitável.
A decisão da União Europeia está a ser comemorada por ambientalistas e entidades de defesa dos animais. Os activistas acreditam que a proibição possa servir de inspiração noutras partes do mundo, onde ainda não há restrições aos testes com animais, como os Estados Unidos e Ásia.
Fonte: Naturlink e Cruelty Free International

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Asteróide, do tamanho de meio campo de futebol, faz uma aproximação à Terra recorde, em 15 de Fevereiro

Asteróide 2012 DA14 aproxima-se da Terra, atingindo a menor distância conhecida para um asteróide do seu tamanho (cerca de 45 metros de diâmetro), em 15 de Fevereiro de 2013, sem perigo de colisão. A rocha espacial passa dentro da órbita lunar e abaixo dos satélites geoestacionários, a cerca de 27.700 km - Crédito:NASA/JPL-Caltech

O asteróide 2012 DA14, com metade do tamanho de campo de futebol, vai passar muito perto da Terra em 15 de Fevereiro, a uma distância inferior à dos satélites geoestacionários de meteorologia e comunicações, muito mais perto do nosso planeta do que a Lua.
Segundo os especialistas da NASA, a órbita da rocha espacial está bem estudada e não há perigo de colisão com a Terra. Esta passagem tão próxima é uma oportunidade única de analisar melhor o asteróide.
Com base no seu brilho, os astrónomos estimam que 2012 DA14 tem cerca de 45 metros de diâmetro. Mesmo perto da Terra, ele vai aparecer apenas como um ponto de luz no maior dos telescópios ópticos.
O asteróide estará mais próximo da Terra em 15 de Fevereiro, por volta das 23:24 CET (02:00 EST e 19:24 UT), quando estiver a uma distância de cerca de 27.700 km (17,200 milhas) - ou perto de 1/13 da distância à Lua - acima da superfície da Terra.
Embora passando dentro do anel de satélites geoestacionários, localizado a cerca de 35.800 km (22,200 milhas) acima do equador, 2012 DA14 ainda estará bem acima da grande maioria dos satélites, incluindo a Estação Espacial Internacional. Passará rapidamente, a uma velocidade de cerca de 7,8 quilómetros por segundo, no sentido sul-norte em relação à Terra.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Terra e Lua vistos pelos tripulantes do vaivém espacial Columbia na sua última missão

Terra e Lua captadas pela tripulação do vaivém espacial Columbia, na sua fatídica missão STS-107, em 22 de Janeiro de 2003 - Crédito:NASA/Earth Observatory/Tripulação do Columbia ( voo STS-107)

Há dez anos, os astronautas do vaivém espacial Columbia perderam a vida, no voo STS-107, quando a nave se desintegrou ao reentrar na atmosfera da Terra, apenas a 16 minutos de pousar na superfície, em 1 de Fevereiro de 2003.
Durante a sua última missão no espaço, em 22 de Janeiro, eles captaram esta bela imagem da atmosfera terrestre e a Lua e, ainda, as muitas formações de nuvens que cobrem o Oceano Atlântico e que ajudam o nosso Berlinde Azul (Blue Marble) a ficar tão bonito e hospitaleiro.
Sexta-feira (1 de Fevereiro), o "Day of Remembrance" (Dia da Memória), a agência espacial americana NASA homenageou os astronautas e todos aqueles que perderam a vida na exploração espacial, nomeadamente: a tripulação (3 astronautas) da Apollo 1, quando a nave se incendiou na plataforma de lançamento, em 27 de Janeiro de 1967; os sete tripulantes do vaivém espacial Challenger, que explodiu apenas 73 segundos depois do lançamento, em 28 de Janeiro de 1986 e, ainda, os sete astronautas do Columbia.
Fonte: NASA/Earth Observatory/Tripulação do Columbia (voo STS-107)